DB Multiverse

Dragon Ball Multiverse, o romance

Escrito por Loïc Solaris & Arctika

Adaptado por Virgílio212, Rafael & comunidade

Com muito mais detalhes, redescubra a história de DBM. Esta romantização é verificada por Salagir, ela também contém adições próprias, que não foram contadas no mangá, por isso é um verdadeiro anexo da HQ!

Este comic está em pausa. A continuação virá em breve...

Intro

Parte 0 :0
Parte 1 :12345

Round 1-1

Parte 2 :678910
Parte 3 :1112131415
Parte 4 :1617181920
Parte 5 :2122232425
Parte 6 :2627282930

Lunch

Parte 7 :3132333435

Round 1-2

Parte 8 :3637383940
Parte 9 :4142434445
Parte 10 :4647484950
Parte 11 :5152535455
Parte 12 :5657585960
Parte 13 :6162636465
Parte 14 :6667686970

Night 1

Parte 15 :7172737475
Parte 16 :7677787980
Parte 17 :8182838485
Parte 18 :8687888990

Round 2-1

Parte 19 :9192939495
Parte 20 :96979899100

Round 2-2

Parte 21 :101102103104105
Parte 22 :106107108109110
Parte 23 :111112113114115

Night 2

Parte 24 :116117118119120

Round 3

Parte 25 :121122123124125
[Chapter Cover]
Parte 18, Capítulo 87.

Capítulo 87

Traduzido por Virgílio212


Nos corredores mal iluminados da arena, vários namekuseijins do Universo 1 estavam caminhando, todos com seus sentidos alertas. Patrulhando uma certa área, o pequeno grupo mantinha seus olhos atentos. Eles eram certamente os mais poderosos entre seu povo, mas apesar disso, eles não detectaram nenhum tipo de ameaça.

Durante a noite, quase todos esses namekuseijins sentiram breves correntes de ar, uma coisa estranha já que as instalações dos vargas não tinham sistema de ventilação. Essas correntes de ar eram estranhas, mas nenhum dos namekuseijins ficou alarmado. Eles não viram nada e nem sentiram ninguém. E não seriam os pequenos vargas, seres muito mais fracos, que iriam sentir alguma ameaça no lugar deles.

Cooler era o autor desses movimentos aéreos quase imperceptíveis. Ele era esmagadoramente forte, mas era ofuscado no mar de enormes poderes presentes na arena, o filho de Cold se movia extremamente rápido pelos corredores. Rapidamente, praticamente não gerando som algum. Ele era bem eficiente.

Ele estava procurando por algo e entrando em todos os cômodos que podia. Isso explicava os poucos casos em que vargas, que tinham pequenos apartamentos nesse espaço, encontravam suas portas da frente totalmente abertas. Mesmo com tudo, Cooler não conseguiu encontrar o que estava procurando: as esferas do dragão. Mas não admitiu a derrota. Ele ainda tinha muitos locais para explorar.

Ele continuou se movendo rápido até a curva de um dos corredores, onde foi acertado na bochecha esquerda por algo que ele pensou ser um soco. O choque foi violento, inesperado. Cooler foi jogado três metros para trás. Mas, ele caiu de pé, uma mão em sua bochecha dolorida:

— O que é...? — ele disse antes de receber um chute. Ele tinha certeza desse porque tinha visto de relance uma bota branca sob seu queixo.

O irmão de Freeza girou no ar, bateu a cabeça contra o teto do corredor, girou um pouco mais e então recuperou sua postura.

— Quem está aqui? — ele gritou, olhando ao seu redor mas sem ver nada.

— Hehe! Para quem você vai reclamar? — disse uma voz atrás dele.

Mas Cooler não teve tempo de se virar. Ele levou uma cotovelada acima da cabeça, um golpe bruto que o fez perder a consciência instantaneamente. Ele caiu no chão.

— Vamos, para o irmão agora... — Vegetto sussurrou para si mesmo, apontando os dois dedos para a testa para detectar o Ki de seu antigo inimigo. — Huh? Ele não está sozinho. — ele comentou antes de se teletransportar.

De fato, Freeza não estava sozinho, mas ele mesmo não sabia disso. Ele estava em uma sala pequena e escassamente decorada com apenas uma cadeira, algumas estantes, armários e algum tipo de cofre que abria sem a necessidade de um código.

Mas assim como os armários, este cofre estava vazio, desprovido de interesse. Freeza murmurou xingamentos para si mesmo, frustrado quase ao ponto do desespero. Ele havia procurado em tantos lugares... Ele fechou os olhos, mais uma vez pensando em onde os vargas poderiam ter colocado as esferas do aragão... Foi quando ele sentiu uma presença bem atrás dele. Ele se virou para encarar o estranho.

— Você está perdendo seu tempo, eu já sondei todo o prédio. — Buu do Universo 4 disse, sentado na cadeira, braços cruzados, uma perna sobre a outra, um sorriso casual no rosto. Sua longa antena estava entre a parede e a cadeira, chegando até sua cintura. — Eles não estão aqui. — Freeza se levantou para ficar de frente com o gênio, que continuou. — Na verdade, é bem siples, eles apenas as mantêm em outro universo. Eu teria feito o mesmo.

— Você sondou todo o prédio? — Freeza se perguntou com total ausência de confiança em Buu. Esse cara seminu, sozinho em seu universo, não parecia em posição de sondar nada.

Buu assentiu.

Freeza estava em dúvida. Esse ser estranho era então seu aliado? Estariam os dois procurando mais poder através das esferas?

— Ah, já que estamos sozinhos, tenho uma informação interessante para você. O poder de troca de corpo do capitão Ginyu, você tem outros homens que o possuem?

— O quê? Não! — disse Freeza, que começou a se fazer milhares de questionamentos.

— Se você quer sua armadura de volta, você terá que procurar através de todo o meu corpo. — Buu retrucou.

— Quê?

— Huh? — Buu disse, parecendo voltar para si. — Oh, desculpe, não era com você. O que eu queria dizer era: eu sei em que corpo está Ginyu. Porque um dos membros do Universo 8 não está em seu corpo real. — ele continuou.

— O que... Quem?

Freeza ficou sem palavras. Muitas perguntas surgiram em sua mente desde a aparição repentina de Buu, mas esta era a que ele mais queria a resposta.

— Ah, isso cabe a você descobrir! — Buu disse sorrindo mais uma vez, acenando com a mão antes de se levantar. Buu conhecia o Capitão Ginyu através das memórias de um grupo de aventureiros namekuseijins que ele havia absorvido. E, quando ele percebeu que uma pessoa no Universo 8 agia de forma suspeita, ele pensou rapidamente em seu poder de "Troca".

Buu achou o máximo o fato que esse guerreiro leal veio a trair seu mestre, mas ainda assim decidiu permanecer ao seu lado, se escondendo. E isso, obviamente, por anos! Buu não resistiu a tentação, a situação parecia uma ótima forma de entretenimento, e a melhor forma de começar o show era ir atrás de Freeza e plantar as sementes da dúvida.

Este último ficou atordoado. Ele tinha certeza de que o demônio a sua frente não estava mentindo. Não havia motivos para tal, além de que ele parecia saber muita coisa sobre tudo.

— Em que corpo ele está? — repetiu Freeza.

— Vamos, eu não vou simplesmente te soprar a resposta! Que tal voltarmos ao nosso objetivo anterior, nossos sete objetivos que concedem desejos. É perda de tempo procurar aqui, não há nada pra cá.

Buu sentiu a aura de Vegetto, que se tornou ativa por um microssegundo, no momento em que acertou Cooler. Certamente havia patrulhas de namekuseijins constantes na fortaleza ultra-guardada dos vargas, mas tanto Vegetto quanto Buu sabiam que eles não seriam capazes de pegar ninguém que valesse a pena parar. Isso lhe deu uma ideia.

— Você quer algumas esferas do dragão, Freeza? Eu posso te conseguir algumas.

— O quê?!

Freeza estava realmente começando a se perder na conversa.

— Você quer as de Namekusei? As da Terra?

— Terra? — o filho de Cold viu-se questionando mais uma vez enquanto Buu continuou.

— De duas estrelas, oito estrelas...?

Buu magicamente fez toneladas de esferas de tamanhos e estrelas diferentes aparecerem. Freeza a princípio ficou feliz em ver três ou quatro delas, mas agora que eram dezesseis, ele estava começando a pensar que aquilo tudo era uma piada.

Então alguém se convidou para a festa. Vegetto apareceu lá de repente e sem a menor surpresa pegou uma das esferas de Buu, uma esfera namekuseijin de nove estrelas.

— Legal! Você pode me fazer uma de quatro estrelas? É a minha favorita.

A sala continuou a se encher de esferas de cristal. Freeza estava seriamente começando a entrar em pânico, quando de repente Buu e Vegetto se viraram para a porta da frente e disseram ao mesmo tempo:

— Oh! Alguém está vindo!

Vegetto se teletransportou para longe enquanto Buu pareceu afundar no chão e desaparecer. A porta se abriu no momento que a sala havia sido finalmente preenchida por esferas do dragão falsas, o monte de objetos alcançando os dois metros de altura. O pequeno varga, que havia aberto a porta, foi pego pela avalanche de esferas que escaparam pela porta, já Freeza aproveitou da distração para escapar antes de ser visto.

Ele decidiu retornar imediatamente a sua nave. Sua fuga foi sem dúvidas muito arriscada: se outros guerreiros tivessem encontrando-o eles poderiam tê-lo seguido, ou pior, teriam armado uma plano para desqualificá-lo! Além disso, ele agora tinha outros assuntos ocupando sua mente: Ginyu.

Havia alguns homens na nave da família Cold. Mas nenhum era realmente um lutador, eram todos subalternos. O único combatente de verdade era Recoome, e ele ainda estava suspenso em uma das cápsulas de cura. Pensando rápido, Freeza decidiu chamar um de seus técnicos aleatoriamente, cujo nome ele sequer sabia, juntos eles se dirigiram até uma sala cheia de computadores. Freeza levou seu servo até um dos computadores no final da sala e perguntou:

— Você se lembra quando a capital do meu império foi destruída em uma grande batalha? Lá estávamos eu e o Capitão Ginyu.

— Sim mestre, eu sei. Aprendi sobre na escola.

— Desculpe?

— Eu não era nascido, mestre.

— Pfft! Bem, abra todos os arquivos relacionados a esse evento. Eu matei Ginyu. Quem recolheu o corpo dele?

— Uh... eu... mas, não há informações sobre isso... Eu sinto muito Lorde Freeza, é impossível saber essa informação!

Freeza deu a ele o olhar que muitos de seus homens conheciam, um olhar que indicava a perda um século ou dois de expectativa de vida. No império dos demônios do frio, os métodos para prolongar sua expectativa de vida eram comuns e conhecidos, embora normalmente reservados aos mais ricos. A maioria dos homens de Freeza se beneficiavam desses metódos e facilmente viviam duzentos anos em plena juventude, exatamente como os membros das Forças Especiais Ginyu. É por conta disso que os participantes do universo 8 não mudaram nada mesmo depois de anos, já que diferentes de outros universos eles não foram mortos nem em Namekusei e nem na Terra.

Qualquer homem de Freeza que chegasse à idade da aposentadoria poderia se considerar sortudo. A principal causa de morte nos ranques de Freeza eram mortes por explosões violentas. Que nem sempre vinham da mão de um inimigo!

— O que você fez com o corpo, Mestre? Você o mandou para fornalha?

— Obviamente!

— Muito bem, então estou procurando nos registros da fornalha da antiga capital... Sim, aqui está. Ginyu foi cremado no 1 de Janeiro, ano 763. O encarregado deixou sua assinatura, quem assinou foi... Pôar.

— Temos certeza que foi ele?

— Bem, sim. Veja, ele assinou. Olhe.

Eles viram na tela nome completo de Pôar, seu número de identificação e sua assinatura em uma caixa. Para confirmar a realização de uma ação importante, como se livrar de um corpo de elite, era preciso uma assinatura eletrônica. Esse individuo havia escrito "Pôar" à mão. A maioria das pessoas com nomes curtos assinavam com o nome e não com um desenho. Mas, Freeza sentiu que estava se aproximando da verdade.

— Mostre-me os documentos desse soldado!

Na tela, apareceu um cartão com a foto tridimensional de Pôar. E entre as informações apresentadas, havia a assinatura dele... que não era a mesma. Era o desenho de uma espécie de círculo, cujo topo formava uma saliência longa e não muito larga.

Se Freeza acreditasse em algo além de si mesmo, ele teria abençoado os céus que a tecnologia deles ainda necessitava de assinatura manual, mesmo que muitas pessoas já vinham dizendo que a carteira de identidade era suficiente para qualquer tipo de ação.

"Não são as mesmas assinaturas..." pensou o tirano. Ele olhou para as informações exibidas. Pôar havia morrido... duas semanas depois, em uma batalha em outro planeta. Uma conquista que Freeza sequer lembrava...

— Esta batalha, me mostre as informações sobre ela! Quem era nosso soldado mais forte?

Sem entender bem o que ele estava procurando, com a testa pingando de suor, o jovem lacaio vasculhou as listas até encontrar o que seu mestre procurava.

— Capitão Nemokid, senhor. Sua força era de 2600 unidades.

— O que aconteceu com ele?

— Uh...

Ele digitou freneticamente no teclado.

— Ele se aposentou logo depois. E ele morreu em 6 de Junho de 784, de velhice.

— Hum, estranho que não fomos informados. Todas essas informações não deveriam ser classificadas e arquivadas pela sede?

— Sim senhor.

— Hmm... Ginyu deve ter chegado a conclusão que ele seria muito rastreável se matasse as outras pessoas logo após trocar de corpos... Há muitos soldados que dariam de tudo por uma aposentadoria antecipada... Ele podia trocar com qualquer um, mesmo com os mais fracos, com consentimento... Talvez foi com alguém que ele já conhecia... e cujo corpo teria morrido algum tempo depois... Há muitas possibilidades para checar... Pfft! Maldito idiota roxo! Ele poderia ter me contado mais! Mas, eu não posso voltar e perguntar a ele.

— Mestre, se eu entendi bem o Capitão Ginyu ainda está vivo? Mas o que isso tem a ver com esses outros soldados?

— Ei! Poucas pessoas estão sabendo disso, Ginyu tem o poder de trocar sua alma com a de outra pessoa. Ele pode, assim, mudar seu corpo. Ele obviamente pegou o corpo de Pôar, assinado em seu lugar, e ele mesmo jogou seu velho corpo na fornalha.

— Oh! No entanto, o capitão era conhecido por sua submissão total a você! Além disso, seu rossto nunca mudou em seus documentos. Eu não sabia que ele podia mudar de corpo!

— Seu corpo roxo com chifres pertencia a um demônio mutante muito poderoso em um planeta que atacamos. Ginyu era um soldado simples na época. Ele pegou seu corpo. Ele foi promovido e nunca encontrou um corpo mais poderoso desde então. Mudamos sua foto em seus papéis, e foi assim que ele se tornou conhecido do público em geral apenas dessa forma.

— É um poder perigoso! Por que ele nunca fez isso com você?

Freeza deu-lhe o mesmo olhar assustador e o servo começou a tremer.

— Idiota! Você realmente acha que essa técnica de troca mixuruca teria algum efeito em um demônio do frio?! Ginyu sabia seu lugar. Ele tinha respeito por seus mestres e esse pensamento nunca sequer passou pela sua cabeça!

De fato, a admiração e respeito de Ginyu por Freeza era enorme, mas não apenas por ele. Em muitos universos no momento em que ele suspeitou que Son Goku fosse o lendário super saiyajin em Namekusei, todo o seu ser entrou em pânico. Mas, quando ele percebeu que seu adversário era apenas "tremendamente forte", a ideia de trocar de corpos imediatamente veio a sua cabeça. O Capitão Ginyu era um lutador honesto e respeitoso, não permitindo que ninguém o ajudasse em um duelo. E os demônios do frio, junto com outras lendas raras, eram muito sagrados para ele ousar pensar em tomar seus corpos.

— Mas você o matou injustamente, talvez ele estivesse ressentido, e...

Percebendo o que ele havia acabado de dizer, o homenzinho suou profusamente ao sentir a morte pairando sobre ele. Ele olhou lentamente para seu senhor, aterrorizado. O olhar de Freeza não era o mesmo das outras duas vezes. Agora, ele carregava genuina raiva. E não existia nada pior do que ser a criatura viva mais próxima de Freeza quando o imperador estava sem paciência alguma.

— Me... Mestre, me desculpe, eu quis dizer que talvez fosse isso que ele estivesse pensando! Claro que ele estava errado! Estou apenas tentando entender a maneira dele de pensar!

Não houve nenhuma reação de seu senhor e mestre.

— Vou começar uma investigação, senhor! Não é querendo me gabar, mas eu sou muito bom nisso! Vou estudar toda a nossa informação atual e descobrir qual corpo ele pode ter escolhido baseado nas datas de óbito. Irei atrás das informações minimamente suspeitas, como por exemplo um soldado que pediu alteração de senha porque não se lembra mais! Eu realizarei uma investigação, garanto que descobrirei em qual corpo Ginyu está hoje. E, claro, não vou contar a ninguém sobre isso. Você pode contar comigo!

O olhar de Freeza suavizou. Era uma boa ideia. A princípio, ele pretendia matá-lo no final da conversa, mas deixá-lo investigar também funcionava pra ele.

— Tudo bem, faça isso. Se você tiver sucesso, será promovido e muito bem recompensado. Mas, se houver qualquer tipo de vazamento, encontrarei uma maneira de fazer você desejar poder acabar com sua vida você mesmo!

Freeza saiu do pequeno quarto para deixar seu novo investigador sozinho. Mas ele não se juntou imediatamente aos membros de sua família. Ele não ia dizer nada a eles, pelo menos não por agora agora. De momento, ele preferiu se acomodar em seu pequeno quarto e pensar sobre tudo isso.

Desenhado por:

BK-81       64 65

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