DB Multiverse

Dragon Ball Multiverse, o romance

Escrito por Loïc Solaris & Arctika

Adaptado por Virgílio212, Rafael & comunidade

Com muito mais detalhes, redescubra a história de DBM. Esta romantização é verificada por Salagir, ela também contém adições próprias, que não foram contadas no mangá, por isso é um verdadeiro anexo da HQ!

Este comic está em pausa. A continuação virá em breve...

Intro

Parte 0 :0
Parte 1 :12345

Round 1-1

Parte 2 :678910
Parte 3 :1112131415
Parte 4 :1617181920
Parte 5 :2122232425
Parte 6 :2627282930

Lunch

Parte 7 :3132333435

Round 1-2

Parte 8 :3637383940
Parte 9 :4142434445
Parte 10 :4647484950
Parte 11 :5152535455
Parte 12 :5657585960
Parte 13 :6162636465
Parte 14 :6667686970

Night 1

Parte 15 :7172737475
Parte 16 :7677787980
Parte 17 :8182838485
Parte 18 :8687888990

Round 2-1

Parte 19 :9192939495
Parte 20 :96979899100

Round 2-2

Parte 21 :101102103104105
Parte 22 :106107108109110
Parte 23 :111112113114115

Night 2

Parte 24 :116117118119120

Round 3

Parte 25 :121122123124125
[Chapter Cover]
Parte 22, Capítulo 108.

Capítulo 108

Traduzido por Virgílio212


Em infinitas versão da Terra como a conhecemos, existiu apenas um único humano tão interessado em ciência, tecnologia e em progresso quanto. Sua vida inteira foi dedicada a seguir esse único sonho, coisa que ele perseguiu até o dia de sua morte. Não importavam as consequências de seus projetos, de suas criações, de suas invenções, de suas parcerias ou da origem de seu financiamento. O progresso era tudo que importava.

A loucura tomou conta de si quando um jovem incrivelmente poderoso derrotou sozinho toda a organização que lhe ofereceu as possibilidades e oportunidades de avanço: Red Ribbon. O desejo de vingança o levou ainda mais longe em suas pesquisas sobre humanos artificiais — ou ciborgues como também eram chamados, energia infinita e genética.

De suas proezas tecnológicas nasceu Cell: uma criatura dotada dos melhores genes dos melhores guerreiros do universo e que deveria livrar o mundo do incômodo, do destruidor de sonhos. Gero havia, antes dele, criado ciborgues a partir de seres vivos, incutindo-lhes muitos dispositivos tecnologicamente avançados. Mas Cell era uma criatura nascida do nada, tendo a genética como a única responsavél por sua criação. Cell era uma criatura geneticamente perfeita de destreza extraordinária que só poderia ser igualada por bruxos ou deuses vis. Ainda assim, Cell não surgiu perfeito.

Ele nasceu imperfeito, porque como qualquer outra criatura biológica, ele teve que nascer, viver, crescer, aprender e, claro, ficar mais forte. Para fazer isso, ele teve que passar por vários estágios de sua evolução. De uma espécie de grande inseto rastejante, ele teve que ganhar energia para quebrar sua casca e se libertar dessa forma rudimentar. Tendo se tornado bípede, dotado da capacidade de se comunicar e desenvolver seu ki, ele ainda precisava ganhar energia. Mas acima de tudo, o seu DNA levou-o a buscar pelos dois ciborgues concebidos com o propósito de possibilitá-lo avançar para o seu próximo estado.

A criatura, Cell como veio a ser chamada, deveria absorver os andróides #17 e #18. Uma tarefa difícil, considerando o poder extraordinário de ambos! Mas em uma quantidade infinita de universos, contra todas as chances, Cell teve sucesso. Sua evolução fez com que ele adquirisse uma aparência um pouco mais humana. Uma ambiguidade quando se considerava que em sua busca para perfeição, ele teria que tornar-se fisicamente mais humano, espécie que como um todo era considerada extremamente falha.

Cell passou a detestar as imperfeições que nasceram consigo. Somente depois que ele se livrou delas, se libertou de seu código genético pré-estabelecido, é que ele pôde realmente começar a fazer suas próprias escolhas. Como o futuro era incerto, Gero não queria que sua criação final estivesse presa a um único objetivo — a eliminação de um único guerreiro.

Cell percorreu um longo caminho por duas realidades diferentes para chegar até este ponto. Ele quase morreu, mas voltou mais forte. No fim, ele venceu, mas, claro, ele ainda era capaz de progredir. Ainda havia espaço para crescer, evoluir. Não era o fim. Então voltar ao seu estado original e começar tudo de novo? Com o risco de nunca chegar lá novamente?

Jamais!

Então essa luta obrigatória contra Son Gohan, aquele que ele já o havia derrotado há quase trinta anos antes, aquele que também o havia derrotado em outros universos, ele com certeza daria tudo de si. Não importava se ele, assim como todos os outros guerreiros presentes na arena, estava à mercê desse tal Buu do Universo 4. A razão pela qual ele decidiu participar foi sua busca incessante por desafios. E agora teria outra chance contra seu maior inimigo, Gohan.

Um enorme sorriso apareceu em seu rosto, preparando-se para a batalha e concentrando sua energia ao máximo ele explodiu sua aura dourada, relâmpagos percorreram seu corpo a toda velocidade em meio a agitação de sua energia.

Ao contrário de seu adversário, Son Gohan não via satisfação neste jogo que envolvia não só o destino de sua família, mas também o do multiverso. Ele se viu confrontado com o combate desde muito jovem, desde os quatro anos de idade. Testemunhou horrores nas lutas e participou de um confronto fatídico e fratricida. Passou um ano terrível, sozinho e aterrorizado pela ameaça dos saiyajins invencíveis contra os quais sabia que não tinha a menor chance. Viu amigos de seu pai serem mortos diante de seus olhos. Seu mentor, Piccolo, também não escapou desse destino. Para ressuscitá-los, teve que viajar até um planeta distante, onde enfrentou seres cada vez mais poderosos. Mais uma vez, ele confrontou o perigo, a morte e a quase onipotência de um tirano.

Mais um ano ele se viu separado do pai, e o reencontro foi seguido rapidamente por três anos de treinamento para enfrentar uma ameaça futura que acabou dando origem a um terrível adversário, o despertar de seu próprio potencial, mas também a segunda morte de seu pai. Então, os trinta anos de paz que se seguiram foram interrompidos apenas por um breve período de tempo com o surgimento de Majin Buu. Esse encontro também levou ao desenvolvimento de sua força, ultrapassando tudo o que o grupo já havia presenciado.

Paz e força, para Gohan, eram duas faces da mesma moeda. A força que ele adquiriu ao longo de suas aventuras permitiu-lhe proteger sua família, seus amigos e manter a paz na Terra, defendendo-a das forças do mal.

Hoje, ele mais uma vez se viu confrontado com a necessidade de lutar. Sua família e o multiverso estavam em perigo, e ele teria que lutar pela paz e pela sobrevivência destes. Nada realmente havia mudado. A luta inevitavelmente o alcançou. Como escapar desse destino com um pai que dedica sua vida ao combate, ao treinamento, à superação, enfrentando adversários cada vez mais poderosos desde os quatro anos de idade? Quando a morte e o sofrimento faziam parte de sua vida desde tão jovem? Quando todos ao seu redor dependiam dele para escapar da aniquilação de um mundo, de uma galáxia, de um universo?

Son Gohan possuía um poder imenso, mas nunca gostou de lutar. Ele nunca escolheu essa vida de combate, mas foi forçado a ela pela necessidade. Agora, deixou sua energia fluir ao seu redor, uma aura branca emanando de seu corpo.

Ele assumiu sua posição, e por um breve momento, sua mente voltou trinta anos no passado. Então, uma única palavra de Buu deu início à luta.

Cell e Gohan avançaram um em direção ao outro, ambos com os punhos cerrados e usando toda a sua força. Os dois inimigos trocaram um único golpe, seus punhos colidindo e causando uma explosão de energia que abalou toda a arena. A onda de choque fez com que a massa rosa que compunha Buu vibrasse, mas não causou nenhum dano visível a ele. Em seguida, a onda atingiu o escudo da arquibancada, que quase cedeu sob a pressão.

Os dois adversários se encararam por um momento, seus punhos ainda em contato, antes de retomarem a luta. Movimentos rápidos como raios, defesas seguidas de contra-ataques, esquivas realizadas com saltos para trás que foram rapidamente seguidos por rajadas de energia que eram facilmente refletidas pelo oponente. Aos olhos de um espectador inexperiente, o lutador verde desapareceu, e alguns segundos depois, o outro o seguiu. Houve sons semelhantes a trovões, seguidos por mais e mais, criando uma salva de aplausos estrondosos, como se uma multidão de milhares estivesse aplaudindo a algum evento. Cada batida das palmas dos espectadores representava uma onda de choque causada por um golpe.

Se Gohan tinha a vantagem em força e velocidade, faltava-lhe técnica contra Cell, que tinha os genes básicos e o conhecimento de Goku, Piccolo, Vegeta, como também de Freeza, Cold... Além disso, Cell manteve-se em forma durante esses anos, enquanto Gohan, por sua natureza, mas também por sua vida familiar, não o fez.

Cell se adaptou rapidamente, aprendendo a se esquivar dos golpes mais perigosos ou a desviá-los de forma a evitar a força assustadora que os acompanhava. Por outro lado, com esse estilo de luta seus contra-ataques se tornavam cada vez mais raros. Algo que estava rapidamente o tirando do sério. Gohan, por sua vez, achou toda a situação bem conveniente: se ninguém fosse capaz de desferir um golpe realmente perigoso ou fatal, a luta por si só viria a durar muito tempo, o que permitiria que Vegetto retornasse antes que toda a situação ficasse ainda pior.

Por outro lado, com Gohan entendendo que sua vitória contra Cell não viria de forma fácil, ele encontrava-se perguntando se teria alguma chance Buu. Ele havia percebido, um dia antes, durante o confronto contra a criatura, o qual estava acompanhado de Bra e do pai, que não era páreo para ele. Buu saiu ileso de tal conflito. Enquanto a eles? Bra se transformou em super saiyajin 2 e causou ferimentos sérios a seus aliados!

De qualquer forma, Gohan já havia passado do seu apogeu há vinte anos, quando Buu absorveu Gotenks. A versão do Universo 4 possuía em cima disso o seu poder, o de Goku e Vegeta, sem falar que com certeza haviam outras inúmeras outras vítimas do universo que devem lhe ter concedido incontáveis habilidades.

Estava claro que Gohan não tinha chances contra essa versão definitiva de Buu. Mas, ele ainda poderia comprar algum tempo precioso nessa situação, talvez... Até mesmo trabalhar em conluio com outros universos, quem sabe até mesmo criar alguma oportunidade com algum sacrifício... um conceito que Cell conhecia bem. Suicidar-se para levar todos consigo: confere! Embora na época ele tenha falhado, ele voltou muito mais forte! Sorte nem mesmo começa a descrever o desenrolar de tais eventos. De toda forma, seu potencial sempre foi sua maior arma, sempre lhe permitindo evoluir com certa facilidade. Foi ele quem lhe permitiu atingir seu nível de poder atual, uma força que o Dr. Gero nunca poderia ter sequer previsto em sua vida, mesmo que tecnicamente tenha tido duas!

Então ele sabia que este fatídico confronto com Gohan iria levá-lo a um nível ainda maior. Não importa se fosse por muito ou pouco. O simples fato de melhorar, o conceito de seguir em frente, era melhor que a ideia de manter-se estagnado. Melhorar, ir além de sua própria perfeição, de seus próprios limites. Quem sabe? Talvez algum dia ele pudesse se aproximar até do nível do próprio Gênio, ou de Vegetto. Um saiyajin, seja ele uma fusão resultante da junção de dois seres excepcionais, continuava sendo apenas um saiyajin. Tal conceito não deixava de se aplicar a ele por conta de suas origens, de seus genes. Então, se Vegetto pôde alcançar tal nível de poder, ele também seria capaz de fazê-lo!

Este era seu objetivo de vida, aquele do qual ele dedicou tudo a alcançar.

Nesse combate, ele se viu batendo vez após vez em Gohan, cada golpe mais forte que o anterior. Um soco, seguido de um chute, uma esquiva, um bloqueio e um contra-ataque, um golpe de Ki concentrado... Cada célula de seu corpo fervia com a excitação desta luta contra esse saiyajin, que sequer precisava se transformar em super, seja no tal nível um, dois ou aquele com cabelo comprido. Mesmo sem toda a apresentação pela qual sua raça veio a ser conhecida, ele continuava sendo um adversário digno, sabendo como receber golpes, por mais poderosos que fossem. Sua velocidade e resistência eram imensuráveis e não mostravam sinal de diminuir, mesmo após vários minutos de combate intenso.

Mas Cell, por sua vez, sempre foi capaz de mudar suas estratégias para desestabilizar seus inimigos. Concentrando sua energia e lançando-a através de um enorme kamehameha, Son Gohan se viu obrigado a bloquear o ataque, fazendo-o sem se mover nem mesmo um centímetro. Contudo, quando a fumaça da energia se dissipou, a criatura verde já não estava mais em sua visão. Os olhos do saiyajin desceram até o solo, onde seu adversário disse:

— Tenho certeza de que isso te trará uma sensação de nostalgia!

Em um único instante, ele havia criado quatro miniaturas azuis de si mesmo, que cresceram rapidamente e já estavam preparadas para lutar. O poder daqueles que Gohan havia destruído no passado sequer chega perto destes.

O meio-saiyajin não demonstrou interesse na situação em si, mantendo sua expressão séria e indiferente enquanto se aproximava do grupo devagar e em linha reta, pronto para desferir golpes certeiros e fatais. E, então, os Cell Jrs. atacaram-no. Dois deles se aproximaram com o intuito de iniciar uma luta corpo a corpo, enquanto os outros dois permaneceram afastados. Uma decisão sábia? Definitivamente não. Ambos já se encontravam carregando o que aparentavam ser diversas esferas de Ki. Não havia risco de acertarem uns aos outros, pois os movimentos do grupo aparentavam uma sincronia perfeita.

Gohan se esquivou do primeiro deles movendo-se ligeiramente para o lado, refletindo uma das esferas de energia com as costas de sua mão esquerda enquanto usava o outro braço para defender o chute do segundo. Em seguida, ele se abaixou para evitar outras duas esferas antes de agarrar o punho do segundo, que parecia querer continuar a pressioná-lo, arremessando-o contra o primeiro Jr., que decidiu atacá-lo por trás desta vez.

Os dois Cell Jrs. seguiram até atingir o chão de forma violenta. Outras duas esferas de energia falharam em atingir Gohan, explodindo atrás dele enquanto ele se movia rapidamente em direção aos seus inimigos mais distantes. O primeiro nem mesmo viu o soco que recebeu no estômago. O segundo, por sua vez, achou que tinha a oportunidade de disparar um makankosappo, mas o fez tarde demais. Seu golpe atingiu em cheio seu irmão, mas antes mesmo que pudesse entender o que havia feito, ele acabou inconsciente devido a uma cotovelada em seu pescoço. Gohan pretendia esperar que os dois primeiros se levantassem, pretendendo prolongar a luta ao máximo, mas alguém jogou uma enorme esfera de energia que os explodiu imediatamente. Gohan, surpreso, viu a figura de sua irmã se aproximando.

— Gohan! — ela gritou enquanto se aproximava dele.

Seguindo-a, estava Vegeta do Universo 13.

Juntos, ambos trabalharam para se defender do chiclete rosa. O príncipe não parecia muito animado com a ideia, mas ele sabia muito bem que existiam seres muito mais fortes que ele neste torneio. Aliar-se temporariamente com Bra não era do seu feitio, mas era a melhor estratégia dada a situação em que estavam. Seguir a liderança dela enquanto ela se reunia com seu companheiro do Universo 16 também era a melhor saída para tudo isso, de tal forma que ele não se opusesse sozinho a esse tal "Buu".

— O que diabos você está fazendo? — Bra gritou com Gohan. — Ande logo, pulverize esse Cell! Você já fez isso antes! Não podemos perder tempo com os insignificantes!

Buu se divertiu assistindo ao show, ele disse em voz alta, relembrando uma de suas regras:

— Vocês podem ajudá-lo, se quiserem!

Bra olhou acima dela para um dos avatares de Buu que permanecia flutuando no ar, observando toda a arena. Ela iria obedecê-lo? Não, isso não! Mas considerando, talvez ela devesse...

— Certo, vou te ajudar com esse seu probleminha, Gohan, e depois vamos lidar com aquele ali em cima!

— Bra, não! Ele é muito forte para nós dois! Devemos ganhar tempo! Quem sabe até mesmo poderíamos convencer Cell a lutar ao nosso lado!

— Você está delirando, Gohan? Não é uma relíquia do passado que vai nos ajudar agora! Assim como não será esse Vegeta patético, que não parece sair da minha sombra independentemente do que eu faça!

Vegeta, diante do comentário provocativo, estremeceu:

— Ei, pirralha, você quer que eu acabe com a sua raça?! Se quiser, não precisamos esperar pela vontade de Buu! Posso eu mesmo acabar com você agora!

— Parem! Não deveríamos estar brigando entre nós! O inimigo é Buu! — Son Gohan gritou.

Cell encarou Vegeta com um sorriso, vendo uma oportunidade, e declarou lentamente, estendendo uma mão em sua direção:

— Vegeta, junte-se a mim, vamos acabar com esses insetos que não fazem ideia do que você realmente é capaz, e depois desafiaremos Buu juntos. Unidos, poderemos forçar todo o multiverso a se curvar diante de nós!

— Eu sou Vegeta, o Príncipe dos Saiyajins! Não pretendo receber ordens de você, criatura verde e asquerosa! Só porque sinto minha inferioridade quando você demonstra o seu poder, não significa que devo me curvar diante de você! Todos vocês me dão nos nervos!

A raiva de Vegeta tomou forma através da explosão de sua aura dourada, que se agitava de forma tempestuosa ao seu redor. Todos pareciam desprezá-lo! Frustrado, Vegeta voou até Buu a toda velocidade, gritando.

Pouco antes de fazer contato, ele estendeu a mão para enviar uma rajada de energia azul que atingiu Buu e perfurou seu peito, embora o monstro não perdesse seu eterno sorriso. Em seguida, seu punho atingiu o rosto de Buu, uma, duas vezes e, por último, uma joelhada neste. No entanto, mesmo assim, Buu não parecia ter sentido nada.

De seu corpo ainda furado pela energia previamente lançada surgiram bizarras versões em miniaturas do Gênio que saltaram do mesmo e agarraram o Príncipe do Saiyajins por todos os seus membros, retendo-o.

Incapaz de lutar com essas pequenas criaturas assustadoramente poderosas, Vegeta se viu sendo levado até o ringue com uma velocidade monstruosa, vendo-se preso no mesmo devido ao fato de que os quatro mini-Buus liquefizeram metade de seus corpos para prenderem-no à superfície do ringue.

Gohan observou tal investida falhar. Ele não esperava que Vegeta conquistasse nada com aquilo, era praticamente impossível que seus ataques causassem qualquer tipo de dano. No entanto, ele não pôde deixar de ser pego de surpresa de certa forma, com a velocidade com que Vegeta atingiu o ringue próximo a ele e a Bra. Assim que Gohan tomou a decisão de tentar libertá-lo das garras das miniaturas do Gênio, ele sentiu uma presença ameaçadora atrás dele. Não havia situação em que ele seria capaz de desviar de tal ataque surpresa vindo de Cell, que pretendia acertar seu rosto com um golpe violento no momento em que ele começou a se virar.

Entretanto, o punho de seu adversário foi parado por Bra. Diferente de seu irmão, ela nunca tirou sua atenção de Cell, ou de qualquer pessoa na arena. Quando Cell avançou, Bra fez o mesmo para intervir. Ela se colocou entre a criatura e o irmão e, com sua mão esquerda, agarrou o punho de Cell. Este último ficou surpreso com a velocidade de reação da garota e permaneceu na mesma posição por alguns segundos. Bra encarou-o, dizendo:

— Você está ultrapassado e já não serve mais de nada, mas se você fizer questão de fazer o primeiro movimento hostil contra nós, farei questão de dar a você o que merece, inseto!

Bra tentou chutar o queixo do mesmo, que foi rápido o suficiente para se esquivar com um salto para trás. Contudo, seu movimento foi interceptado pela própria Bra, que já estava esperando-o antes mesmo de ele atingir o chão!

Seus pés nem mesmo tocaram o chão, e Bra já tinha agarrado ambas as suas asas com as mãos. Então, apoiando os pés nas costas do mesmo, ela aplicou força nas pernas. Não só uma, mas ambas as suas asas foram arrancadas em um movimento limpo. Cell gritou, caindo sobre seus joelhos antes de voar rapidamente, ganhando altitude e evitando um golpe que viria em sequência, o qual poderia facilmente tê-lo derrotado. Pairando no ar, seu olhar se encontrou com o da garota por um breve momento. Bra estava sorrindo!

Nas áreas inferiores, especificamente no Universo 7, o grande namekuseijin pertencente a tal universo permaneceu impassível durante todo este tempo, intocado pelo melaço rosa. No entanto, diante do conflito que os vargas e até mesmo os Kaioh-shins pareciam incapazes de solucionar, ele tomou a decisão de intervir.

Pelo menos todo esse tempo deu a ele a oportunidade de descobrir muito bem o que Buu era e como cuidar dele de forma rápida e fácil; a facilidade se assemelhando a um simples estalo de dedos.

— Pare. — ele disse calmamente, estendendo de seus braços para frente.

E, então, sua magia entrou em ação. Ao redor do namekuseijin, o melaço rosa pareceu se contrair por um breve momento, como se resistisse a uma forte atração, antes de ceder à mesma. Célula após célula, a matéria rosa juntou-se na mão do namekuseijin que, com a palma aberta, reuniu gradualmente todos os pedaços da criatura ali presentes. Ao mesmo tempo, todo o restante de Buu espalhado pela arena pareceu recuar em direção ao corpo mais próximo do Gênio, prezando sua auto-preservação. Seus dois avatares, aquele que pairava como uma divindade acima da arena e aquele que permaneceu imóvel no Universo 4, também não foram capazes de resistir por muito tempo, sendo atraídos pela imensa força de atração gerada através da conjuração de uma magia misteriosa.

— O quê? O que...

Ele tentou resistir com todas as suas forças, mas em vão. A sua única certeza neste momento, era que ele absolutamente não conhecia a magia que estava atraindo-o até o namekuseijin. Ele não sabia como se livrar dela e não se viu com nenhuma escolha a não ser a de desistir e acabar em uma bola de chiclete. Levitando dez centímetros da mão verde de quatro dedos, prisioneiro, suspirou:

— Como isso é possível?

— Mantenha-se calmo, agora. — o namekuseijin ordenou a ele, como um pai punindo seu filho.

Toda a arena, antes ocupada por diversas concentrações do melaço rosa, agora parecia estar limpa de sua presença. Os prisioneiros de Buu foram libertados e todas as suas partículas reunidas em um só lugar. Gast derrotou o Gênio em um instante e salvou todos!

Todos começaram a recuperar o fôlego e verificar se seus amigos, sua família, seu clã ou seus capangas (ah não, ninguém se importa com os capangas) estavam todos bem.

— O poder deste namekuseijin é incrível! — declarou Son Goku, que não conseguia acreditar no que havia acabado de presenciar. — Se tivesse sido tão fácil derrotar Buu há vinte anos, a Terra não teria sido destruída (entre muitos outros exemplos dos problemas que ele causou...).

— Rápido, mande-o de volta ao seu universo! — ordenou um namekuseijin da torre de controle... recebendo uma resposta negativa:

— Sinto muito, mas ainda está quebrado...

O namekuseijin, recuperando o fôlego ele mesmo após tal situação, ordenou que uma equipe fosse enviada ao seu universo para coletar peças de reposição, e várias delas!

A Kaioh-shin do Oeste foi até a torre para ser informada dos eventos recentes pela organização. Esse Gênio que teve a audácia de bater nela... ela desejava mandá-lo para casa imediatamente. Mas era impossível. Restava apenas esperar que Gast pudesse contê-lo pelo tempo necessário. Dado isso, ela foi ver como ele estava imediatamente e aproveitou para agradecê-lo:

— Devemos muito a você, Gast Carcolh. Você salvou a todos nós, talvez até o multiverso inteiro.

— Vocês não conseguem mandá-lo de volta? — perguntou o gigante verde, já temendo a resposta.

— Nosso equipamento está quebrado. As peças de reposição que trouxemos também foram sabotadas. Estamos enviando um grupo ao nosso universo para buscar novas.

— Certo.

— Poderíamos nós mesmos ir ao universo dele e deixá-lo lá, se quiser. Por quanto tempo você ainda consegue mantê-lo preso?

O namekuseijin pensou por um momento enquanto olhava para a bola rosa com olhos sérios antes de responder:

— Tempo suficiente para sua equipe consertar o dispositivo de transporte, não se preocupe.

Por muito tempo, todos discutiram o que acabara de acontecer. Todos recuperaram a calma e ocuparam seus lugares nas arquibancadas ou em seus espaços reservados. Bra, sempre um pouco alerta, ainda permaneceu em super saiyajin, até mesmo quando Vegetto finalmente retornou.

A fusão notou imediatamente a tensão circundante. Percebendo que, pela primeira vez em sua vida talvez, não havia detectado nenhuma perturbação mesmo durante seu isolamento. Ele que geralmente sentia coisas a bilhões de quilômetros de distância...

— Por que todos estão tão tensos? — ele se atreveu a perguntar.

Enquanto a maioria do seu grupo fazia cara feia para ele, Gohan deu um passo à frente:

— Eu cuido disso, explicarei tudo a ele...

No Universo 11, Babidi parecia pensativo. Sua mente brilhante deixou-se levar enquanto imaginava muitos planos, com muitas equações, probabilidades... mas teve seu raciocínio interrompido por seu capanga, Dabura...

— Mestre. Você tem o poder de aprisionar esse Buu para sempre. Esta é uma boa oportunidade para agradar os organizadores.

— Boa ideia, Dabura. Posso usar isso mais tarde. Agora cale a boca.

— Uh... Sim, mestre.

"Que idiota, como se eu já não soubesse que você é estúpido! Mas minhas magias certamente prenderiam meu Buu também! É uma pena, mas não vou correr esse risco."

Babidi olhou para o Universo 7 à sua esquerda. Buu ainda estava preso. Mas por quanto tempo?

Que magia o namekuseijin usou? Buu não conseguia parar de perguntar-se. Aquele que era certamente o mago mais poderoso do multiverso não conseguia entender como estava sendo preso de tal forma. Ele não conseguia liberar seus poderes. Ele não conseguia exercer sua força, controlar seu corpo. Um mistério muito emocionante que ele pretendia resolver!

Não sendo capaz de se libertar à força, o Gênio decidiu tentar outro de seus truques:

— Desculpe!

— Como é? — questionou, muito surpreso, Gast Carcolh.

— Por favor, me dê uma segunda chance!

— Você está brincando comigo? — respondeu seu carcereiro. — Depois de tudo que você disse e fez, você...

— Tenho milhares de personalidades em mim! Não vou deixar essa sair de novo, eu prometo!

— Suas promessas não me valem de nada, criatura.

Desta vez, Buu levou sua voz ainda mais longe para ser ouvido pelos membros do Universo 1.

— Deixe-me participar de novo! Vou consertar todo o equipamento que quebrei e prometo me comportar direito. Vocês podem me mandar de volta se eu fizer algo estranho.

Enquanto Gast coçava a orelha, o Universo 1 permaneceu sem palavras.

— Não há como permitirmos tal coisa! — gritou o Kaioh-shin do Sul.

Ao mesmo tempo, Vegetto declarou:

— Ei! Concordo que devemos perdoá-lo! Podem deixar que vou ficar de olho nele!

Felizmente, os deuses não o ouviram. Trunks se atreveu a comentar:

— Cale a boca, pai.

O Grande Kaioh-shin deu um passo à frente. Todos ficaram em silêncio para ouvi-lo:

— Assumir riscos tem sido o oposto da nossa política desde o início dos tempos.

— Ah, finalmente, ele concordou comigo! — disse, alegremente, o Kaioh-shin do Sul.

— Contudo... Este é um evento único. — acrescentou o líder dos deuses. — E esse participante tem, no mínimo, uma infinidade de aspectos.

— Hum...

— Buu sempre esteve acostumado a ser o deus onipotente de seu universo. — ele continuou. — Não havia regras que valessem para ele. Devíamos dar-lhe uma oportunidade. Só vamos liberá-lo para suas lutas, nada mais.

Os outros Kaioh-shins não conseguiam acreditar no que tinham acabado de ouvir. Como poderia seu líder perdoar esse perigo ambulante?

Após a surpresa, Gast expressou suas objeções:

— Venerável Grande Kaioh-shin, não serei capaz de retê-lo por tanto tempo assim.

— Não se preocupe, vou ficar com ele. — respondeu o mesmo, aproximando-se do Universo 7.

— Você pode replicar aquilo? — perguntou o Kaioh-shin do Leste atrás dele.

— Claro. Consegui compreender a técnica que Gast Carcolh usou, irei fazer o mesmo.

O Universo 18, não muito longe dali, ouviu tudo, todos ficando surpresos com tal afirmação:

— Essa super técnica pode ser copiada? — disse Goku. — Pensei que fosse algum tipo de magia namekuseijin!

— Mesmo que fosse, ele é o maior dos deuses. — Piccolo o lembrou. Mas até ele mesmo ficou surpreso com a afirmação.

O deus estava na frente de Gast. Ele estendeu a mão e o namekuseijin passou a mão sobre a dele, como se estivesse largando a bola rosa. A transferência correu bem: Buu não se libertou. Quando ainda nem havia chegado ao seu espaço 1, o Grande Kaih-Shin declarou:

— Resumiremos normalmente com as partidas!

Baddack e Cold não saíram do ringue durante todo esse tempo. O saiyajin não tinha amigos fora do ringue com quem se preocupar depois do ataque de Buu. E Cold, por sua vez, não se importava com seus asseclas. Talvez um pouco com seus filhos... mas bem, eles eram meninos grandes e independentes.

— Cof! Que desagradável... — ele disse, suspirando.

Baddack pensou:

"Isso é fato... Ambos somos superados de longe por esse tal de Buu! Mas se até mesmo Vegetto foi eliminado, quem sabe o que ainda pode acontecer... Pelo menos nessa luta... Cold vai perder e vai acabar em péssimo estado!"

Não podendo deixar de se gabar, ele disse:

— Eu previ sua derrota, e não foi uma visão bonita... Mas é possível mudar o futuro, sei disso melhor do que ninguém. Por exemplo, você pode desistir.

— Não tenho medo de um adversário que veja o futuro… Porque os meus oponentes nunca têm futuro!

Esta curta justa verbal marcou o início da luta entre os dois adversários...

Desenhado por:

BK-81       64 65

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