DB Multiverse

Capítulo 70

Traduzido por Virgílio212

Todos estavam esperando por isso, mas poucas pessoas sabiam quem realmente iria se enfrentar nesta última partida. Ainda haviam muitos outros lutadores de diferentes universos que poderiam ou não estar registrados. Talvez outro Kaioh-shin do Universo 1 estaria participando? No universo 2, havia pelo menos quinze espectadores. Um deles poderia estar registrado. Quatro deles já haviam participado: Mary Sue, Arale, Nékomajin Z e Sun Wukong. No espaço 9, restava um jovem de cabelos roxos que poderia muito bem estar participando também, assim como um ou ambos os Universos 16 e 18 com os homens chamados Son Gohan.

O Varga, armado com seu microfone, pôs fim às especulações e apostas de todos os espectadores. Gritando alegremente, ele anunciou a batalha final da primeira rodada:

— E aqui está a última luta da rodada! — ele começou tentando trazer um toque de suspense, que apenas não funcionou com alguns.

No espaço do Universo 3, o chamado Raichi, ainda sentado em sua esfera luminosa, se virou levemente para a entrada de seu espaço, dizendo:

— É a última luta da primeira rodada... Pode sair, estranho.

Havia apenas três deles neste universo, pelo menos era o que Raichi e Tapion pensavam a princípio, antes do súbito aparecimento do saiyajin Bardock que havia solicitado que sua presença fosse mantida em segredo.

Eles eram quatro. E quando ele saiu, finalmente mostrando seu rosto aos milhões de espectadores, o apresentador completou seu anúncio:

— Última luta da rodada, Beelzebub do Universo 2 contra, er... o Grande Rei Demônio Piccolo do Universo 3.

"Bom, foi nome que ele se deu... Mas ele não deve acreditar mesmo nisso..." pensou o Varga após desligar o microfone.

Piccolo, um nome bem conhecido por vários participantes deste torneio, principalmente por ambos os Piccolos dos Universos 16 e 18. Uma diferença óbvia existia entre eles: este Grande Rei Demônio Piccolo era seu pai, já eles eram sua reencarnação. Concebidos de um ovo gerado durante o último suspiro de vida de Piccolo Daimaoh após sua derrota para Son Goku.

O grande Rei Demônio aparentava ser jovem e apto para a batalha. Sem dúvidas, ele conseguiu obter a juventude eterna através de Shenlong, assim como suas contrapartes em muitos outros universos.

No Universo 2, um certo Paifu do mundo de Cowa, muito feliz, exclamou para si:

— Sério? Vou pedir um autógrafo para os dois!

Paifu era um monstro e se orgulhava disso! Ele achou que havia muitos humanos neste torneio, mesmo quando todos sabem que eles são fracos e que os monstros são muito mais fortes! É verdade que esses humanos trocadores de cabelo eram impressionantes, tanto quanto seu amigo Mako. Essa viagem terminaria em grande estilo já que o anúncio era promissor: dois monstros da mais alta qualidade! Beelzebub era bem conhecido entre monstros e demônios. Ele era uma das lendas, e era muito mau. Ele havia acabado com o sol que estava devastando seu mundo! Entre os monstros, nós preferimos a noite... Quanto a este Grande Rei Demônio, ele não o conhecia, mas o título falava por si só.

O famoso Beelzebub subiu no muro baixo, sua capa ao vento graças ao seu bom e velho Ladrão que abanava o ar com muita energia com a ajuda de um leque. Ele já estava cansado e suado, mas o efeito que teve em seu príncipe valeu a pena!

— Rei demônio, hein? Eu conheço o Rei Demônio, e ele não se parece com isso! Você vai se arrepender de fingir ser meu pai! — disse o oponente de Piccolo.

No espaço 11, outro demônio, da mesma cor de pele de Beelzebub, embora um pouco mais escura, comentou:

— Belo demônio, eu gostaria de ter um filho como ele!

Ele estava quieto, sentado em um banco. O buraco em seu estômago, o resultado de sua partida contra Cell, havia desaparecido. Ele estava completamente curado. Será que um namekuseijin havia o ajudado?

— Huh? Como você se curou? — exclamou Babidi, muito surpreso ao vê-lo assim recuperado e não morrendo no chão.

— Uh...

Dabura gostaria de ter sido mais discreto, mas agora....

— Eu o curei! — disse Buu, muito feliz. — Ele me deu esse doce em troca!

Ele mostrou o que segurava: entre dois de seus grandes dedos havia um doce, ainda enrolado em seu pequeno papel colorido. Estava orgulhoso por não ter acabado com ele ainda.

Babidi, histérico, respondeu com a mesma gentileza de sempre:

— Idiota, é um doce que você mesmo criou na hora do almoço!

Majin Buu perdeu seu sorriso. Com um olhar mal-humorado no rosto, ele se virou para olhar o ringue enquanto engolia seu doce de uma só vez.

— Ele me deu mesmo assim...

De sua parte, Babidi não podia fazer nada. Bem, claro que ele tinha um feitiço ou dois para fazer Dabura sofrer, mas qual seria a razão agora? Ele deixaria essa passar, apesar de ainda ressentir o fato de ter sido contrariado.

No espaço 13, os quatro guerreiros comentavam entre si:

— Tss, outra criatura deste Universo 2. — Nappa resmungou, não contente em assistir a outra partida desinteressante.

— E outro namekuseijin. — Raditz adicionou. — Eles ainda não entenderam que o nível deste torneio está muito além deles?

No espaço 18, Piccolo e os outros participantes e espectadores também comentavam:

— Olha só, ele parece o Daimaoh! — Son Goku disse com um sorriso no rosto.

Ver o assassino de Kuririn novamente, a quem ele havia se vingado de, não o perturbou tanto.

— Então é ele, o famoso Piccolo Daimaoh… — sussurrou Son Gohan.

Ele tinha ouvido muito sobre ele, tanto do próprio Piccolo, quanto também de seu pai sobre sua infância. Era obviamente a primeira vez que o via em carne e osso. Este torneio multiverso era definitivamente um lugar cheio de surpresas.

— Há algo diferente nele, eu posso sentir isso. — disse Piccolo.

— Sim, agora que você diz isso... — acrescentou Goku, perdendo o sorriso. — Eu sinto isso também.

No espaço 16, outro guerreiro também sentiu isso:

— Sim, não é o Piccolo que Son Goku enfrentou e derrotou. Eu me lembro dele muito bem. Esse ai é muito mais forte… Mas tem outra coisa… Ele não é só Piccolo Daimaoh…

No ringue, pronto para lutar, mas não em posição de luta de artes marciais, com um sorriso malicioso, o lutador do Universo 3 viu seu oponente pousar no ringue.

— O que é esse duende ridículo?

— Kuff! Você não é um demônio, você é um "Namecoisa" como os organizadores! — respondeu o pequeno demônio.

"Diga, estou muito pesado ​​nessa bola!" pensou ao mesmo tempo. Mas o lutador não hesitou. Ele continuou a insultar seu adversário:

— Eu sou um verdadeiro demônio! — ele disse, apontando o polegar com orgulho para si, sorrindo. — Por exemplo, alguns dias atrás me deram chocolates e eu sequer compartilhei com meus amigos!

Ele deixou passar alguns segundos antes de dizer mais para que o choque passasse.

— Além disso, eu comi antes da refeição!

No espaço 2, Paifun não conseguia acreditar:

— Uau! Que demônio! Aposto que ele não escovou os dentes depois! Belzebu pode fazer de tudo!

O Velho Ladrão, para ajudar na reputação de seu príncipe, acenou com a cabeça ao lado do monstrinho.

— Ah, sim sim. — disse ele. — Nosso príncipe é terrível!

Piccolo realmente teve um choque, embora discreto. Ele se perguntou como o que acabara de ouvir tinha que ser algo impressionante. Então ele percebeu que seu adversário era apenas uma criança. Ele não tinha ideia da realidade do mundo. Perfeito! Piccolo Daimaoh adorava quebrar crianças. Ele não viu problemas em colocar Beelzebub no seu devido lugar, ainda armado com seu sorriso maligno:

— Matei milhões de pessoas.

— O quê? Você perdeu a cabeça! Você é doente! — gritou o pequeno demônio, chocado.

— Doente? Não! — gritou o namekuseijin, correndo em direção ao seu oponente. — Só pura maldade! — ele disse, socando Beelzebub que não teve tempo de se esquivar ou parar o golpe.

Beelzebub saltou do chão com os pés e partiu para a ofensiva. Ele sabia que não deveria se deixar intimidar ou amedrontar. Ele tinha que atacar, apesar da dor na bochecha, que tentou esquecer rangendo os dentes. Mas Piccolo o acertou com um grande chute vertical, que fez o pequeno demônio voar. Ele caiu pesadamente no chão.

"Ele é muito alto, esse trapaceiro!"

Piccolo atacou novamente, quando de repente ele pensou ter ouvido uma voz lhe dizendo para ter cuidado à esquerda. Ele parou de repente, virou-se para a esquerda, em guarda. Mas não havia nada.

Beelzebub deu-lhe um soco forte na orelha direita, depois afastou-se rapidamente.

— Maldito anão…

O namekuseijin enviou uma bola de energia, mas o pequeno demônio se esquivou com um salto para o lado, como se tivesse adivinhado o que ia fazer. Piccolo ouviu uma voz em sua cabeça novamente: "Cuidado atrás!"

Instintivamente, ele a ouviu e se virou. Ele rapidamente sentiu uma dor na panturrilha direita, então recebeu um soco na cavidade das costas. Ele tinha sentido, mas não era forte o suficiente para desequilibrá-lo. Ele se virou, batendo o pé no chão, que não atingiu o alvo. O demônio já tinha se afastado.

"Olhe para cima!"

— Ah, entendo. — disse o Grande Rei Demônio. — Você sabe se comunicar pelo pensamento, não sabe? Pode ser útil. Eu vou te dizer uma coisa...

"Se ele adivinhou, vou usar minha arma secreta contra ele: vou dizer a ele para olhar exatamente de onde estou vindo! Ele não vai olhar, então eu acabo com ele!"

— Eu posso ler mentes também, mais ou menos. Não tente me dizer de que lado você vai vir da próxima vez, porque eu vou te pegar.

— Isso não é verdade! Está mentindo! — Beelzebub disse, completamente surpreso.

— Imagino que você também saiba ler a minha, o que explica como você conseguiu evitar alguns golpes... Bem, eu só tenho que acelerar o passo, ou pensar em outra coisa!

Ele correu. Ele pensou em vários bons momentos de sua vida, como seu domínio da Terra, enquanto canalizava sua energia em seus dois braços, depois em suas duas mãos, que brilhavam em uma cor amarela.

Ele disparou na frente dele, estendendo o braço direito. Ele deliberadamente apontou para o chão, aos pés de Beelzebub, para forçá-lo a pular, o que ele fez. Com a outra mão, Piccolo atirou em seu inimigo. Ele não sabia voar, então ia receber o golpe de frente.

Mas o pequeno demônio rosa ainda tinha algumas surpresas! Ele abriu bem a boca quando a bola de energia correu direto para sua cabeça e respirou fundo... para engolir o ataque!

Ele não o guardou na boca por muito tempo: ainda queimava um pouco a língua! Beelzebub cuspiu a bola de fogo para baixo, em direção ao oponente. Surpreso, Piccolo não a evitou, apesar de que poderia, mas não importava.

Após a explosão no ringue, e a fumaça se dissipar, o Grande Rei Demônio Piccolo estava de pé, sua túnica levemente rasgada, sua pele levemente queimada em alguns lugares.

— Nada mal... Mas embora esse ataque teria te matado, não causou efeito em mim!

Piccolo rapidamente decolou com a ideia de chutar Beelzebub com o pé. Ele realmente não podia voar, não podia evitar o ataque. E ele estava ficando desesperado! O que agradou muito o Rei Demônio.

O golpe foi poderoso e enviou Beelzebub direto para o ringue, com a cabeça completamente enterrada, as pernas no ar. A contagem começou, mas depois de dez segundos, Beelzebub retirou a cabeça como um avestruz, cambaleou, olhou para o oponente e caiu de costas, inconsciente. A contagem recomeçou e desta vez chegou a trinta segundos sem mais nenhum movimento do jovem demônio.

— Vencedor da partida, Grande Rei Demônio Piccolo do Universo 3!

— Eu sou absurdamente gentil por deixar um mosquitinho como você viver. — comentou o demônio Piccolo. — Afinal, sem sobreviventes, quem testemunhará meu triunfo?

Deu alguns passos no ringue e logo se viu de cabeça para baixo, os olhos fixos nos espaços dos outros universos, que do seu ponto de vista, estavam agora em cima. Universo 7... Seu próximo oponente, um namekuseijin. E não era qualquer namekuseijin... Mas assim como ele, o Grande Demônio também não era.

Eles tinham muito em comum: eram dois Super Namekuseijins, dois guerreiros incríveis. Mas mesmo assim o Rei Demônio também não tinha nada em comum com ele. Gast não havia absorvido Piccolo.

Piccolo voltou ao seu espaço quando vários personagens do Universo 2 vieram à procura de Beelzebub. Um curandeiro namekuseijin chegou ao mesmo tempo e começou sua cura, colocando a mão no peito do demônio. Ele acordou em segundos, mas permaneceu no chão.

— É uma pena que você não tenha tido tempo de usar todos os seus poderes! — disse o Velho Ladrão, seu amigo.

— Sim, mas não sei se mudaria alguma coisa, ele era muito forte.

— Você foi ótimo de qualquer maneira! — disse Paifu. — E você é um grande demônio! Faz muito mal lanchar entre as refeições!

— Obrigado...

Após dois minutos de tratamento, Belzebu se sentiu em ótima forma. Levantou-se e, acompanhado por seus amigos e fãs, voltou ao seu espaço 2. Como muitos outros, ele agora se tornou um espectador, como a bela Mary Sue, ou o macaco Sun Wukong.

— Estou feliz por ter encontrado ele de qualquer maneira. — confessou Beelzebub. — Se eu fosse mais forte não teria chegado tão perto de morrer. Ainda tenho a possibilidade de ir ver se um desses quatro é algum clone do meu pai.

— Eu poderia ir com você? — Paifu perguntou a ele.

Isso permitiria que ele seguisse seu ídolo do momento e conhecesse outro demônio.