DB Multiverse
Dragon Ball Multiverse, o romance
Escrito por Loïc Solaris & Arctika
Adaptado por Virgílio212, Rafael & comunidade
Com muito mais detalhes, redescubra a história de DBM. Esta romantização é verificada por Salagir, ela também contém adições próprias, que não foram contadas no mangá, por isso é um verdadeiro anexo da HQ!
Este comic está em pausa. A continuação virá em breve...
Intro
Parte 0 :0Parte 1 :12345
Round 1-1
Parte 2 :678910Parte 3 :1112131415
Parte 4 :1617181920
Parte 5 :2122232425
Parte 6 :2627282930
Lunch
Parte 7 :3132333435Round 1-2
Parte 8 :3637383940Parte 9 :4142434445
Parte 10 :4647484950
Parte 11 :5152535455
Parte 12 :5657585960
Parte 13 :6162636465
Parte 14 :6667686970
Night 1
Parte 15 :7172737475Parte 16 :7677787980
Parte 17 :8182838485
Parte 18 :8687888990
Round 2-1
Parte 19 :9192939495Parte 20 :96979899100
Round 2-2
Parte 21 :101102103104105Parte 22 :106107108109110
Parte 23 :111112113114115
Night 2
Parte 24 :116117118119120Round 3
Parte 25 :121122123124125Capítulo 118
Traduzido por Virgílio212
Buu retirou-se do quarto para ir ao encontro do prodígio do Universo 18, o garoto cujo potencial julgou ser maior que o seu próprio; a reencarnação daquele que era a própria destruição encarnada. Aproximando-se, ele observou-o atentamente. Quando o viu pela primeira vez, sentiu imediatamente parte de sua essência vindo dele: "tem um pouco de mim dentro de você", como disse quando interagiram pela primeira vez. Mas o que ele sentia era referente ao ser que originalmente era apenas a criatura infantil, incontrolável e desprovida de inteligência real. Vendo-o assim de perto, Buu não pôde deixar de lembrar de quem ele já foi um dia. Uma sensação de alívio tomou conta dele; estava verdadeiramente feliz por ter evitado no passado que Vegeta, após separar-se de Goku, desprendesse o casulo que prendia o Buu gordo de seu corpo. Voltar a ser o que ele era inicialmente era, sem dúvidas, o seu maior medo, e por uma boa razão: naquele estado, ele já não seria mais capaz de apreciar tudo aquilo que o universo tinha a oferecer, principalmente os prazeres ligados à luta e a viver em si. Felizmente, Uub era o oposto de todo esse horror que o afligia. Este jovem tinha o potencial destrutivo de Kid Buu sem todos os seus pontos negativos; muito pelo contrário, ele era dotado de um grande sentido de justiça e bondade. Quando percebeu isso, o Gênio passou a criar certo afeto por este jovem, de quem agora planejava liberar todos os seus poderes latentes, insinuando-lhe habilidades inerentes de sua origem Majin. Sendo sua encarnação, ele possuía tais habilidades, sem dúvida. Buu pensou:
"Hum, vamos ver... eu adoraria ter a oportunidade de conversar com você. Acho que com uma amiga de infância está bom; imagino que em seus sonhos não haverá problemas."
Parando de enrolar, a criação de Bibidi transferiu sua consciência para dentro da do menino, procurando por um cenário e uma cena de sua juventude. Analisando-a, Buu deparou-se com uma jovem de beleza apreciável por quem Uub tinha mais do que simples sentimentos de amizade.
"Hehe", ele zombou. "Hora do show..."
Ele assumiu a aparência da humana e se materializou no sonho atual de Uub, onde este caminhava por sua deserta aldeia natal, enquanto gritava:
— Olá! Tem alguém aí? Para onde foi todo mundo?
— Só nós dois estamos aqui; isso é um sonho. — respondeu uma voz feminina atrás dele.
— Anju?! — Uub exclamou enquanto se virava, revendo sua paixão de infância em sua frente. — O que... o que está acontecendo?
Ele imediatamente se calou, reconhecendo que estava frente a frente com alguém com quem nunca foi capaz de conversar diretamente e que, as palavras que acabara de dizem, haviam sido as primeiras ditas a ela em anos. Algo que aquele que controlava as marionetes percebeu e, visivelmente irritado, proclamou:
— Então, mesmo sendo agora um adulto poderoso, independente, adquirido superpoderes e se tornado o ser humano mais poderoso do planeta Terra... sempre que você retorna para a aldeia, você não ousa falar comigo. Você pode falar comigo aqui, agora, isso é um sonho!
— Er... — disse Uub, desviando seu olhar para encarar o solo.
— Mas ora... pare de fazer isso! — Anju disse abruptamente.
Uub levantou a cabeça de repente, finalmente encarando-a nos olhos.
— Sei que você é tímido, — disse sua amiga de infância. — mas pense um pouco no impacto que sua forma de agir tem! Desde que comecei a me desenvolver, você sempre fez de tudo para me evitar! É enfurecedor!
— Sinto muito... é só que...
— Ah, já sei! Você pretende dizer que está muito impressionado com minha aparência para começar uma conversa! Mas não se atreva! Isso não é culpa minha! E escondido atrás desse seu escudo de timidez, você não só me insulta como me faz chorar!
— O-O quê? Mas eu nunca te insultei...!
— Oh, você tem certeza? Quando você passa pela aldeia e me vê mas ao contrário de se aproximar, você se afasta imediatamente, sem sequer me dizer um oi... Você não acha isso um insulto? Eu acho que você me odeia! Que você está me evitando!
Uub ficou sem palavras. Ele arregalou os olhos. Seu raciocínio nunca seguiu por esse caminho! Na verdade, ele nem tinha considerado o impacto que suas ações tinham naqueles ao seu redor... reagindo com tamanha timidez... ele estava sendo extremamente egoísta! E por medo de se aproximar, ele simplesmente a machucou.
— Bem, ao menos acho que você entende tudo isso agora.
— Sim, e eu sinto muito.
— Isso é bom. Mas você deve pedir desculpas à verdadeira Anju.
Uub coçou a nuca enquanto vasculhava o ambiente à sua volta, parte dele esperando que outra Anju aparecesse pela aldeia.
— Bem...? — disse ele.
— Estamos em um sonho! — disse sua amiga com um sorriso travesso. — A verdadeira Anju está a anos-luz de distância daqui, em outro universo...
— Mas então você... quem é você?
— Um amigo. Passando pela sua consciência. E como o tempo aqui é maleável, temos bastante tempo para discutir, para aprender um com o outro!
— Oh, sério?
Uub sorriu. Essa Anju, seja quem fosse, deixou-o à vontade e graças a isso ele tinha certeza de que conseguiria falar com ela normalmente quando retornasse.
— Bem... podemos sentar por ali...
O jovem sentou-se num banco próximo, e Anju seguiu para sentar-se próxima dele. O ar escapou de seu peito quando ele imaginou que ela sentaria ao seu lado, mas seus receios dissiparam-se quando ela sentou-se perto, a uma distância próxima e respeitosa dele. Sem saber muito como começar a conversa, ele permaneceu encarando sua pacata aldeia por alguns segundos, notando mais uma vez que ninguém passava por ali. O silêncio, entretanto, não durou. A falsa Anju perguntou-lhe:
— Diga, você é capaz de usar magia, como Buu?
— Er? Não. Sendo apenas um ser humano no fim do dia, eu não tenho tais poderes...
Uub ficou surpreso. Este ser sabia tudo sobre ele, sua aldeia, suas origens... ele tinha certeza de que até mesmo esta pergunta era apenas retórica. Que o ser não só já sabia qual era a resposta, como estava apenas direcionando a discussão até os tópicos que interessavam a ele. Independentemente, ele sabia que não era capaz de tais coisas. Uub sempre esteve próximo de Buu em seu universo e já o viu usar magia: isso claramente não era possível para um ser humano!
E, como esperado, aquele ser que carregava as feições de sua amiga de infância não parecia surpreso com a resposta. Do contrário, a resposta fez-lhe sorrir e encarar Uub com seus grandes olhos castanhos, exibindo um olhar travesso e ao mesmo tempo brincalhão. Ela questionou-o, quase como se confiasse a ele um segredo, se ele gostaria de aprender como usufruir desses truques...
— Uh... — Uub hesitou. — Bem... eu não diria não... você poderia me ajudar com tal coisa?
Com um estalar de dedos, a jovem fez aparecer um coelho entre eles e disse:
— Estique o braço na direção dele. Em seguida, concentre-se no que você deseja que ele se transforme. Provavelmente, você sentirá algum desconforto percorrer seu corpo ao fazer, mas terá que aprender a lidar com isso. Trata-se da energia dos Majins que fluirá dentro de você. Você não é capaz de se regenerar como Buu, mas poderá, pelo menos, usar magia assim como ele. Vamos, tente!
Relutante, mas relativamente convencido, ele seguiu as instruções, pensando fortemente em uma cenoura. Um calafrio percorreu seu corpo, seguido por uma sensação como se um líquido anormal fluísse através de seus músculos e nervos. Dando seu melhor para ignorar o impulso de cessar sua ação, ele permaneceu concentrado. Um brilho roxo tremeluzente apareceu sobre a palma de sua mão aberta, seguido por um tremor que percorreu todo seu corpo. Apoiando um de seus joelhos no chão, utilizou seu outro braço para segurar o primeiro e fez surgir uma espiral mágica do brilho que logo atingiu o coelho. Este último, em vez de transformar-se em vegetal, começou a crescer exponencialmente, ficando maior até mesmo que a cabana a poucos metros deles. Em pânico, Uub voou para longe quando o mamífero avançou contra ele, sem dúvidas com a intenção de devorá-lo. O jovem estava pronto para lançar uma onda de energia contra o monstro, quando este foi atingido por uma mesma onda de energia roxa e transformou-se em um biscoito gigante cujos olhos extremamente treinados poderiam distinguir o rosto de Buu cravado em seu peito, algo que Uub não viu, atordoado por toda a situação. Anju teleportou-se ao lado dele, ao mesmo tempo que, decepcionada com seu aluno, também estava orgulhosa de seus poderes.
— Não se preocupe, — ela disse a ele. — vamos continuar trabalhando nisso, pelo menos agora sabemos que você pode usar magia. Você ainda precisa dominá-la, entretanto. Passaremos a noite aqui se for necessário, mas já é meio caminho andado.
— Tudo bem. — suspirou Uub, ainda em choque com esse poder que acabara de se revelar para ele.
Se fosse capaz de controlá-lo, abrir-se-ia um vasto horizonte de possibilidades, que seriam bastante úteis diante do poder de seu professor, contra quem teria que lutar, desde que ambos vencessem suas próximas lutas. Ele sabia muito bem que não era capaz de derrotar Goku, conhecendo o enorme poder que este possuía. Mas seu recém-descoberto trunfo, certamente, ao menos causaria-lhe certa dificuldade. Motivado, ele voltou a praticar.
Após longas sessões que usufruíram ao máximo da forma maleável que o tempo funcionava em sonhos, Buu deixou a mente do garoto com um resíduo dele próprio na forma de Anju para continuar treinando-o de forma independente. No momento que o fez, sentiu um movimento próximo. Em pânico, ele imediatamente se teletransportou, evitando por pouco Goku que, atento, levantou-se rapidamente. O saiyajin olhou ao redor, parecendo não entender ao certo o motivo de seu súbito despertar. Também acordado, Vegeta saiu de seu quarto, franzindo a testa, e sussurrou a este de forma a não acordar os outros:
— O que está acontecendo, Kakarotto? Pude sentir seu despertar, algo errado? Notou algo de estranho?
— Não sei ao certo. — Goku respondeu-lhe, ainda um pouco devagar por seu despertar precoce. — Achei ter sentido algo passando por mim, mas acho que deve ter sido minha imaginação... Deve ter sido o caso, afinal Uub não parece ter sentido nada, parece estar dormindo tranquilamente.
— Hum. — Vegeta grunhiu. — Nessa arena tudo pode acontecer, precisamos ter cuidado redobrado. Vou voltar a dormir, mantenha-se atento caso isso volte a acontecer.
Ele trancou-se em seu quarto novamente. Goku permaneceu pensativo por mais alguns momentos, ainda tomado pelos arrepios por seu despertar repentino, voltando a deitar-se logo depois. Buu, que havia teleransportado seu pequeno fragmento para o canto da sala de forma a ainda ser capaz de monitorar o desenrolar da situação, deu um suspiro — silencioso — de alívio. Ele deveria ter imaginado que os saiyajins poderiam perceber sua presença de forma instintiva; ele teve sorte desta vez. Sem perder o ritmo, ele seguiu sua jornada. Seguindo-a com certa euforia, o Gênio começou a cantarolar:
— La, la-la... Ah, meus amigos do peito!
Advinha quem em seus sonhos vai estar,
Visitando-os com respeito
Para amanhã, a força de vocês aumentar!
O sandman é generoso,
Desejando que o restante do torneio seja grandioso!
Durma, que Buu velará por ti!
Em breve, o espetáculo estará aqui.
Seu sangue fluirá, a terra tremerá!
Seu corpo colapsará, a morte ocorrerá!
Mas não se preocupe, pois a genialidade garante equalidade!
Pois uma luta equilibrada é sempre prioridade!
Passando pela frente dos Universos 17 e 16, ele disse, monologando para si mesmo:
— Melhor eu ter cuidado, Cell nunca dorme, não faz sentido eu me aproximar. De qualquer forma, tenho certeza de que se sairá bem como está. O mesmo vale para aquela bomba-relógio do 16, ela não precisa de ajuda nenhuma também.
Ele se viu assim frente ao corredor do décimo quinto universo, no qual encontrava-se a velha, já há algum tempo sem dar nenhum sinal de vida. O demônio parou por um momento, considerando suas opções. Ele até poderia parar para dar uma olhada por simples curiosidade, mas já não tinha mais tempo a perder, eram muitos universos para visitar com e este não apresentava interesse algum em seus olhos. Ele sentiu uma presença manifestar-se próxima e, em um centésimo de segundo, transformou-se em uma convenientemente colocada planta rosa, seus dois olhos escondidos sobre as folhas mantiveram-se atentos quanto ao Kaioh-shin do Sul, que nada mais fez além de olhar ao redor antes de se teleportar novamente. Buu bufou, recuperando sua forma original. Essa tal "patrulha noturna" que ele e Vegetto formaram era um pé no saco de se lidar. Sem perder mais tempo, ele dirigiu-se ao corredor e, em sequência, ao apartamento do Universo 14, onde os dois ciborgues já estavam em sono profundo. Ele parou acima de #18, lembrando-se do que ouvira algumas horas antes.
"Então, parece que você precisa de reparos e de uma fonte de energia nova."
Ele estendeu sua antena em direção a ela e lançou um raio mágico que envolveu a jovem, cuja pele tornou-se até mais brilhante. Orgulhoso, Buu exclamou interiormente:
"Aí está, novinha em folha!
O mesmo poderia ter feito ao seu irmão gêmeo, mas como este já não era mais um participante, ele já não tinha mais valor algum aos seus olhos. Ele tinha certeza de que apenas os reparos já seriam surpresa o bastante para o dia seguinte. Mantendo seu trajeto, ele seguiu para o próximo universo, cantarolando outra música, enquanto girava sua cabeça alegremente pelo ar:
— Quando dos céus Buu descer... Com milhares de poderes, para dar e vender... Não se esqueça de presenciá-lo vencer...!
Enquanto isso, no Universo 1, os demais Kaioh-shins foram verificar seu líder, cuja mão ainda segurava firmemente o demônio prisioneiro, que parecia ter sua atenção voltada para outro lugar. Preocupado, o Kaioh-shin do Norte questionou:
— Está tudo bem? Ele não tentou escapar?
— Não, está tudo bem! — respondeu o Grande Kaioh-shin, com um grande sorriso nos lábios. — Eu o tenho sob controle, não se preocupe. Ele é sábio o suficiente para manter-se tão sereno quanto a nossa escapada sagrada, cravada até hoje sobre a mesma rocha.
Desconfiados, seus companheiros preferiram não dizer nada, apenas trocando olhares entre si. O Kaioh-shin do Leste acrescentou:
— Se me permitir, gostaria de ficar ao seu lado para ajudá-lo a cuidar dele.
— Claro, por que não? — ele respondeu. — A companhia sempre torna toda situação mais agradável.
— Obrigado. — disse o jovem Kaioh-shin.
Ainda cauteloso, ele continuou a analisar o ser rosa. Este, que nem mesmo olhou para ele, parecia completamente absorto em seus pensamentos. Então, que conexão poderia haver entre os dois? Estava claro que o Grande Kaioh-shin não estava sendo diretamente manipulado; isso era algo que agora eles tinham certeza. A primeira dúvida, entretanto, permaneceu, mas ninguém ousou perguntar diretamente ao líder.
Universo 13. O único lutador ainda de pé aqui é Kakarotto. De acordo com suas estimativas, Buu sabia que o saiyajin enfrentaria Vegeta do Universo 18, que o superava — mas não exclusivamente — em poder sem sombra de dúvidas. Se ele fosse fazer uma estimativa, ele não duraria mais que alguns segundos contra o ex-príncipe. Ele precisava de algo que tornasse a luta um pouco mais justa e desse algum tipo de desafio a Vegeta.
"Vamos ver", pensou o Majin, "O que posso fazer por você... deixe-me ver... Ah, tive uma ideia! Se bem me lembro, você tem essas minilâmpadas nos olhos que permitem que se transforme em um Oozaru. Tudo que posso fazer para ajudá-lo é fazer com que seu rabo cresça novamente e... bem, por que não, ensiná-lo a se transformar em super saiyajin enquanto neste estado? Me soa divertido!
Com seu trabalho feito, ele seguiu rumo aos apartamentos do Universo 16, sabendo bem que Trunks e #16 do 12 já não estavam mais na competição. Ao entrar na sala, viu sua contraparte sentada com as mãos sobre a mesa central, encarando uma das paredes. Não acontecia com muita frequência, mas quando necessário, Buu não dormia por mais que alguns segundos. Então imaginou que veria sua contraparte sozinha, esperando que seus mestres finalmente acordassem. Durante anos, Babidi insistiu que Buu permanecesse em repouso por esse tempo, mesmo que não necessariamente dormindo. Ele não queria ver o mundo virado de cabeça para baixo outra vez, com doces gigantes no lugar de todas as árvores!
O Gênio suspirou ao vê-lo: como diabos ele já foi assim um dia? Amaldiçoou internamente o Grande Kaioh-shin que não só reduziu drasticamente suas forças como o privou da menor partícula de inteligência que fosse. Porém, paradoxalmente, foi graças a esse ato que ele acabou tornando-se o que é hoje, tendo a oportunidade de enfrentar adversários cada vez mais fortes um que o outro, tornando-se eventualmente a entidade mais poderosa que já existiu. No entanto, diante dele estava ele mesmo de outra realidade, e não podia deixá-lo sozinho à mercê das artimanhas de seus futuros adversários. Especialmente porque seu próximo seria seu herdeiro, o jovem que estava atualmente treinando em seus próprios sonhos para aprimorar seu uso de magia. Ele iria, portanto, garantir que esse confronto não terminasse prematuramente devido a alguma estupidez por parte de sua contraparte ingênua. Vendo a cabeça flutuante se aproximando, este exclamou, alegremente:
— Amigo!
— Shh! — Buu susurrou, em pânico. — Fale mais baixo, ninguém pode saber que estou aqui!
— Ok, ok! — respondeu o Buu gordo ingenuamente. — Então, você veio brincar? Vamos brincar de esconde-esconde! Você se esconde e eu tenho que te encontrar. Tá pronto?
A cabeça flutuante olhou para baixo, desanimada. Definitivamente não seria fácil, mas ele o ajudaria não importa o tempo que levasse.
— Mais baixo... — murmurou o demônio. — Escute, é melhor eu explicar as regras do torneio para você, do contrário, você com certeza vai fazer algo estúpido...
Durante os minutos que se seguiram, ele explicou as regras às quais sua contraparte deveria prestar atenção. Buu do Universo 4 integrou brincadeiras em suas frases e soube bem atrair a atenção de sua versão gentil para que ela se lembrasse de seus conselhos. Baseando-se nas técnicas adquiridas por ele de muitas civilizações, cortesia dos inúmeros professores que absorveu em sua jornada, ele garantiu que tudo que entrasse por um ouvido não iria sair pelo outro! Aconselhou-o também a fazer como ele, ou seja, a espalhar pedaços de si mesmo por toda a superfície do ringue. Assim, ele não ficaria mais preocupado com seu corpo principal acabar desaparecendo ou sendo desintegrado. Apesar das poucas interrupções que o maior dos demônios causava, dado por seus constantes bateres de palmas vendo-se entretido na explicação, ele parecia ter assimilado bem tudo aquilo que sua contraparte julgou como essencial. Satisfeito, o viajante do Universo 4 deixou o apartamento, sem nenhum arrependimento aparente. Contudo, uma vez viajando pelo corredor, ele parou e deu o seu máximo para evitar voltar lá outra vez. Quando ele fez toda a arena de refém, ele literalmente mostrou a Buu do Universo 11 como se livrar de Babidi... Faça-o parar de falar, acabe com ele! Mas ele claramente não entendeu a alusão e estava a caminho de permanecer sob o domínio do feiticeiro por centenas de anos. Será que ele deveria voltar e explicá-lo claramente o que deveria fazer? Não, sua escapada essa noite tinha apenas um objetivo: revelar algumas habilidades ocultas aos participantes. Ele não deveria afastar-se desse objetivo.
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