PARTE DEZENOVE: PROSSEGUINDO A SEGUNDA RODADA!

Capítulo 91

Traduzido por Virgílio212

No Universo 13, Nappa estava se aquecendo. Seu oponente, Freeza, não se mexeu.

— Oh! É agora que Nappa será esmagado por Freeza! — Kakarotto disse com um sorriso. — Isso se ele não for esmagado pelo ringue primeiro... — ele disse novamente para seu irmão mais velho na frente dele.

— Idiota! Nappa pode lidar muito bem com esta gravidade. Todos nós treinamos em muito maiores que esta.

De fato, todos os saiyajins estavam originalmente acostumados a uma gravidade dez vezes maior que a da Terra. Mas durante suas viagens pelo universo e por décadas, eles tiveram a oportunidade de melhorar seus corpos. Nenhum deles era realmente afetado pela gravidade de 100G. Além disso, Raditz e Nappa poderiam usar sua forma Oozaru para ganhar mais força se a gravidade fosse realmente muito alta.

Mas Raditz já havia perdido, quanto a Nappa... A menos que ele conseguisse derrotar Freeza, eles nunca seriam capazes de ver como se sairiam em uma gravidade cem vezes maior que a do planeta Vegeta.

— Nós acabamos de preparar um pequeno plano, você vai ver... — acrescentou Raditz depois de alguns segundos, vendo Nappa deixar o espaço 13 em direção ao espaço 8.

Freeza estava conversando com seu irmão e seu pai. Ele estava de costas para toda a arena e para Nappa que o chamou quando chegou em frente a mureta:

— Ei, bola de bilhar!

Freeza imediatamente reconheceu a voz e se virou.

— Haha! Ele logo olha! — zombou o guerreiro saiyajin. — Ele sabe quando é chamado, esse baixinho.

Cooler riu atrás de Freeza que cerrou os dentes e abaixou a cabeça ligeiramente. Ele tinha que deixar essa humilhação passar por causa das regras do torneio! Ele preferiu não responder. Mas Nappa não parou por aí.

— Não se preocupe, eu também sou careca. Mas pelo menos não sou um anão. Em suma, tendo a propriedade, venho me apresentar ao meu oponente e ao meu ex-chefe. Mas acho que chefinho seria mais adequado.

Uma veia apareceu na têmpora de Freeza. Seu nível de nervosismo tinha acabado de chegar ao limite.

Nappa, no entanto, continuou como se nada estivesse acontecendo.

— Tantos universos com saiyajins... E apenas um com demônios do frio. Não é vergonhoso?

Aquilo tudo era muito para Freeza, cuja cota de paciência acabou de ser excedida!

— Eu vou te matar em um minuto, seu macaco arrogante.

Ele estava fazendo um esforço sobre-humano para não atacar o saiyajin imediatamente, mas era apenas uma questão de segundos. Onde estava aquele maldito varga que iria anunciar sua luta?!

— De modo algum! Você nem vai conseguir me tocar! — Nappa disse com gestos de mão claramente desrespeitosos que só alimentaram a fúria de seu oponente. — Todos aqui estão além de você. — acrescentou novamente. — E não estou falando apenas de altura. Você não será capaz de acertar um único golpe em todo este torneio.

— Eu vou te machucar tanto que você vai se arrepender de não ter simplesmente desistido! — Freeza gritou, determinado a silenciar Nappa.

Ele estava planejando fazer com que Nappa não pudesse mais falar, para que ele não fosse capaz de desistir. Então ele iria machucá-lo, muito, faria tudo lentamente para que pudesse se divertir com ele! E Nappa não teria escolha a não ser implorar por sua vida!

— Primeira luta! Nappa do Universo 13 contra Freeza do Universo 8! — finalmente gritou o anfitrião.

A plateia vibrou e aplaudiu os dois lutadores. Nappa começou a levantar voo, mas virou-se a apenas dois metros do chão:

— Você ainda tem seu assento voador? Nós pensamos por muito tempo que você era deficiente! — ele disse a Freeza que foi totalmente tomado por impulsos assassinos.

— Você vai sofrer! — ele gritou.

Freeza não aguentava mais. Ele desapareceu de seu espaço e apareceu no ringue em um instante. Nappa estava tomando seu tempo com um pequeno sorriso nos lábios.

— Mas olha só, o anãozinho está irritado!

— Apresse-se e toque o ringue para que eu possa te destruir, macaco imundo!

— Oh céus, você é muito sensível! Relaxe e divirta-se, amigo!

Nappa estava alguns centímetros acima do ringue. Os olhos de Freeza estavam arregalados. Ele estava furioso, tomado por uma raiva que ele não sentia há anos... seus punhos estavam cerrados com tanta força que chegava a doer.

— Maldito... macaco... imundo! Eu vou reduzir você a uma polpa! Eu vou aniquilar você! Você vai se arrepender de ter nascido!

Era como se Freeza não conseguisse pensar claramente mais, como se sua mente tivesse tomada pela loucura e pelo desejo assassino. "Esses malditos saiyajins!" pensou o tirano, fechando os olhos e contraindo quase todos os músculos. "Fiz bem em aniquilar esses macacos insuportáveis!”

Nappa teve um breve momento de hesitação. Poderia ele...? Ele arriscou. Ele tocou o ringue com a ponta dos pés, então avançou na direção de Freeza que arregalou os olhos ao ver o saiyajin que estava agora a poucos metros dele. Mais especificamente, foi o punho de Nappa que ele viu atingir sua bochecha.

Freeza caiu para o lado, Nappa aproveitou para se afastar. Ele colocou as mãos nos quadris e sorriu. Vitória! Que satisfação derrubar o terrível tirano Freeza! Quando Vegeta o matou, Nappa estava longe de imaginar que ele também teria direito à sua vingança pessoal.

Freeza se levantou rapidamente e explodiu de raiva. Uma grande aura roxa instantaneamente o cercou enquanto ele gritava de raiva e vergonha. Ele tinha sido completamente ridicularizado e odiava isso! Além disso, ele não esperava que Nappa fosse tão rápido. Seu nível estava mais próximo de um membro das Forças Especiais Ginyu do que dos saiyajins de elite que ele conhecia na época.

Sua aura desapareceu, mas não sua raiva, que era quase palpável. Freeza avançou contra Nappa gritando:

— Você vai sofrer!

A hora da vingança havia chegado! O saiyajin era dele. Completamente à sua mercê...

— Ah, a propósito, eu desisto. — Nappa disse rapidamente.

— O... O quê? — disse o demônio do frio quando estava a apenas um metro de distância de seu oponente.

— Se você encostar sua mão em mim... você será desqualificado. — ele adicionou zombeteiramente.

— Mi... Miserável!

Sua raiva cresceu ainda mais. Seu corpo todo tremeu por conta da raiva e da humilhação.

— Vitória de Freeza por desistência! — disse o anfitrião varga

Nappa saiu do ringue para se juntar a Raditz, que o ajudou a fomentar esse plano para tirar Freeza do sério e o impedir de se acalmar. Nappa sabia que ele não estava à altura. Mas não existia uma forma melhor de perder que essa.

— Isso! — disseram os dois saiyajins realizando um toca aqui. Uma vitória esmagadora para ambos!

Freeza permaneceu no ringue por mais alguns segundos, imóvel, incapaz de se mover ou reagir adequadamente. Nada saiu de sua boca, mas ele tinha uma enorme vontade de gritar, de destruir tudo... Por um breve momento a ideia de acabar com esse torneio ridículo passou por sua cabeça. Usando um de seus ataques ele poderia explodir aquela maldita rocha e todos nela!

Mas ele conseguiu se acalmar por um momento e voltou ao seu espaço, em silêncio. Cooler e Cold não disseram nada, eles entenderam a situação. Era melhor eles não fazerem nada...

— Senhor, está tudo bem? — Butta perguntou timidamente.

Essas foram suas últimas palavras. Exasperado, Freeza balançou seu braço na direção de Butta. Sua cabeça explodiu imediatamente, seu corpo ficou parado por alguns segundos e então caiu na frente de Jeece, que parecia aterrorizado.

Atrás de Freeza estava o varga encarregado do Universo 8. Ele estava completamente atordoado, uma mão estendida. Nada saiu de seu bico, ele não reagiu. Ele tinha que protestar, mas sabia que perderia a vida. Freeza percebeu isso e disse:

— O que foi? É o meu universo, tenho o direito de matar quem eu quiser do meu exército!

Então pensou:

“Além disso, existe uma pequena chance de eu ter acabado de matar Ginyu! Isso é literalmente a única coisa coisa boa disso tudo.'

O demônio do frio entrou no corredor para ir em direção a sua nave. Ele precisava de calma, muita calma.

O anfitrião anunciou a segunda luta:

— Então, Son Goku do Universo 18 contra o #17 do Universo 14!

— Hehe, essa antiga frustração finalmente morrerá! — disse o ciborgue.

#17 estava pronto. Atrás dele, sua irmã gêmea tinha acabado de aparecer. Pelo menos para luta de seu irmão ela poderia se esforçar. E acima disso, era contra Son Goku que ele iria lutar.

— Ah finalmente! — disse Son Goku. — É a minha vez, e logo contra um ciborgue! Eu quis lutar com um por tanto tempo! Ah só de pensar, fiquei frustrado na época!

Goku se lembrou do relato que recebeu do Trunks do futuro, avisando-o de dois ciborgues invencíveis. Goku ficou ansioso para enfrentá-los, mas recebeu um banho água fria quando o filho de Bulma e Vegeta revelou que ele estava fadado a morrer de uma doença cardíaca! Mesmo com o remédio que havia recebido de Trunks ele ainda ficou de cama por muito tempo, perdendo sua chance de lutar contra eles. #19 realmente não era nada se comparado com #17 e #18, de acordo com o que Vegeta disse, e Cell não era o mesmo que eles... E após tudo ele acabou morto, sem ter tido uma oportunidade de enfrentar a esposa de Kulilin, #18. E depois de Buu... Ele não pensou mais nisso. Hoje ele teria sua vingança, vingança contra a doença que o derrubou e o frustrou por anos.

— Você vai ficar desapontado. — Vegeta disse a ele enquanto começava a voar em direção ao ringue.

— Sério? Acho que não, mas vamos ver!

E ele acelerou seu vôo. #17 já estava esperando por ele no ringue.

— Matar o Goku, não estou fazendo isso por Gero, estou fazendo isso por mim!

Os gêmeos ciborgues foram criados pelo Doutor Gero, um cientista genial afiliado a Red Ribbon. Quando Son Goku ainda era criança, ele sozinho desmantelou o exército Red Ribbon que estavam atrás das esferas do dragão para dominar o mundo. Gero havia escapado por acaso, mas o ataque de Goku e o desmantelamento do exército haviam retirado todas as concessões do cientista. Seu trabalho foi perdido. O trabalho de uma vida inteira, horas de trabalho intensivo reduzidas a nada por uma criança!

Ele jurou vingança e melhorou seus andróides. A missão deles: eliminar Son Goku. #16 era extremamente poderoso, mas depois de vários testes, ele só pôde concluir que o robô era muito pacífico para obedecê-lo. Foi só depois que veio a capturar dois gêmeos com o objetivo de criar ciborgues ao invés de maquínas. Eles não tinham a mesma força do #16, mas tinham mais que o suficiente para matar Son Goku.

No entanto, logo surgiu a questão de que eles eram difíceis de controlar. Mesmo a lavagem cerebral não os tornou obedientes. No final, ele se viu sem escolha. Oprimido pela situação, ele acordou #17 e #18 – e eles o mataram. Ainda assim, mesmo livres do controle de Gero, os ciborgues sempre se agarraram ao desejo de matar Goku, um de seus programas que definitivamente os afetou.

Hoje, #17 tinha a oportunidade de satisfazer esse desejo latente, mas por outro lado, ele não podia se dar ao luxo de aceitar que esse era um desejo de Gero, seu "criador", um homem que ele odiava mais do que qualquer outra coisa.

— É estranho para mim também. — disse Goku para o ciborgue. — Afinal, eu nunca lutei com você.

Goku entrou em posição de luta. #17 fez o mesmo. Ambos estavam sorrindo. Em seguida, ambos correram um na direção outro. Os primeiros golpes de cada um foram defendidos pelo outro. Eles permaneceram assim por um breve momento, olhando um para o outro, sorrindo, e então a briga realmente começou. Vários golpes dividiram o ar na superfície do ringue. As técnicas dos dois adversários foram reveladas aos poucos, e os golpes foram se conectando cada vez mais rapidamente. Logo, #17 ganhou uma vantagem em termos de velocidade e força, embora não fosse necessariamente óbvio. Goku estava se divertindo, esquivando e aparando muitos golpes. Ao desviar de um gancho, ele se afastou alguns metros do oponente, que ficou parado. Goku ficou satisfeito com essa troca de golpes por agora. Finalmente, ele estava lutando contra um ciborgue!

— Minha irmã deve ter enfraquecido por quase perder para um mero humano como Yamcha. Já eu, não tenho nenhum problema contra o grande Son Goku!

— Você está usando todo seu poder?

— Há! Ha! Nem pensar! Não estou nem usando metade do meu poder! E você?

— Também não.

Son Goku se transformou em super saiyajin, o que não incomodou #17. Ele já tinha visto três antes do torneio. Por outro lado, o que o surpreendeu foi a velocidade com que seu oponente veio até ele e a força do soco que recebeu na bochecha esquerda. Esse golpe, muito poderoso, o derrubou no chão e o deixou inconsciente...

Para Son Goku, aquilo também foi uma surpresa. Ele não esperava vencer um ciborgue com um único soco, especialmente porque ele nem tinha colocado toda a sua força nisso... Vegeta estava certo: essa luta foi decepcionante.

— Trinta segundos inconsciente! Vitória de Son Goku! — anunciou o anfitrião.

— Então, querida. — disse Yamcha da borda do espaço 14, um largo sorriso em seu rosto. — Ainda não está interessada na minha ajuda?

#18 estava chocada demais para responder. Ela ainda estava de olho no ringue, onde seu irmão estava agora sendo carregado por um namekuseijin. Como eles poderiam ser tão fracos, eles que destruíram a humanidade, depois de derrotar a resistência de Vegeta, o namekuseijin Piccolo, os terráqueos Tenshinhan, Yamcha e Kulilin e Son Gohan? Agora Yamcha era mais forte que eles, e Son Goku imensamente superior!

A ajuda oferecida por Yamcha era séria? Ela deveria considerar isso de verdade?

— E então? Eu te disse que o ciborgue não era tudo isso. — Vegeta disse ao amigo e rival que acabava de voltar.

— Bem, sim... Mas eu não achei que eu era muito forte na verdade... É como eu fiz ontem, eu era muito rápido.