DB Multiverse

DBM Universo 16: A fusão de duas vidas.

Escrito por Syl & Salagir

Adaptado por Virgílio212 & comunidade

No momento em que Vegetto entrou no corpo de Buu, ele fez uma escolha: manter o escudo (U16) ou desfazê-lo (U18). Esta é a história do que aconteceu depois… Embora Vegetto tenha salvado o Universo, Son Goku e Vegeta, eles definitivamente desapareceram...


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Parte 2 :91011121314
[Chapter Cover]
Parte 1, Capítulo 6.

Capítulo 6: Quando você não está no clima...

Traduzido por Virgílio212


São em situações como essa que percebemos que pressa não é necessariamente a melhor escolha na hora de tomar uma decisão. Após esse exílio recente, Vegetto insistiu em ter seu próprio apartamento, pelo menos até que ele decidisse com quem poderia morar. Claro que era Bulma quem o estava bancando. Ele escolheu um apartamento modesto, nos subúrbios de Satan City, ficando muito raramente em casa de qualquer maneira. Ele tinha uma cama, uma cômoda e uma planta verde para móveis. Bulma, tendo insistindo muito, conseguiu arranjar-lhe uma mesa e cadeiras extras, "por precaução". Obtida sua casa, Vegetto aproveitou para meditar, feliz com sua solidão. Seus vizinhos não eram barulhentos, a vizinhaça era tranquila. O que mais ele poderia querer? Exceto que hoje, Vegetto sentiu pela primeira vez o peso da solidão o esmagando. A angústia revirou seu estômago. O pensamento de que ele poderia morrer de fome, algo que nunca havia considerado antes, o aperto a ponto de deixá-lo sem fôlego. Ele que nunca havia pensado na morte, em parte porque já havia morrido várias vezes antes de seu nascimento, estava começando a se preocupar com isso. Ele ainda queria ficar na Terra para saborear uma vida normal (algo que nunca tinha desfrutado mesmo quando ainda era Goku e Vegeta), e agora estava percebendo que talvez não fosse capaz disso. Não! Ele esperava muito que o mestre Karin encontrasse uma solução para seu problema. Seu estômago se contraiu e emitiu sons gorgolejantes. Vegetto colocou a mão nele, suspirando. A fome era um de seus maiores medos depois dos hospitais. Ele decidiu ligar para Chi-Chi e Bulma, para mantê-las informadas.

Bulma estava na cozinha preparando comida para o filho quando o telefone tocou. Ela abaixou o fogo deixando seu ensopado ferver antes de pegar o telefone.

— Alô? — ela disse, como de costume.

— Bulma? Sou eu. — respondeu Vegetto.

— Ah! Eu estava esperando você ligar! E então?

— Bem, eu fui ao palácio de Dendê, mas ele não soube me dizer o que está havendo. Então eu fui até o mestre Karin pegar algumas senzus… Foi o único jeito de satisfazer minha fome...

— Bom, se a senzu consegue te saciar, é uma boa notícia, não? Você só tem que sempre ter algumas com você…

— Essa é a questão… mestre Karin só tem três sementes de mês em mês…

— Você pediu a ele que aumentasse a colheita?

— Sim, e ele disse que iria ver o que consegue fazer…

— Bem, então você apenas vai ter que esperar…

Bulma ouviu Vegetto suspirar do outro lado da linha.

— Odeio esperar sem fazer nada, você sabe disso muito bem… Nós dois sabemos de quem eu puxei isso…

Bulma riu, apesar da situação trágica. Ela também não tinha medo da morte, pois graças aos seus amigos ela acabou conhecendo vários deuses, mas ter que se separar de Vegetto lhe causaria mais sofrimento. Ela propôs:

— Bem, se você está com fome, eu farei algo para você comer…

— Não, obrigado... Paradoxalmente, essa má notícia me deu um nó no estômago... Ao menos por enquanto...

— Você vai ligar para Chi-Chi?

— Sim, eu vou explicar tudo a ela. Ela também está preocupada.

— Então se apresse! Eu preciso desligar agora, estou com comida no fogo.

Depois da despedida, Vegetto ligou para Chi-Chi, para novamente explicar as mesmas coisas. A reação dela foi, claro, nada amistosa, mas o clima sombrio de Vegetto controlou isso. Depois que ele já tinha desligado, ele se sentou e nesse momento um enorme e agonizante som saiu de seu estômago. Seu corpo o estava avisando, mas ele não sentiu vontade de comer. Saiyajins eram seres que comiam quando estavam com vontade e podiam se banquetear, comer sem prazer não o atraía. Vegetto se deixou levar pelos pensamentos em seu sofá. A dor do estômago faminto reverberou por todo o corpo, deixando-o sem forças, subindo até o cérebro. A sensação era de que esse último estava se contraindo buscando por reservas de energia para se manter funcionando. O som de suas entranhas era tão desagradável que Vegetto tapou os ouvidos com as palmas das mãos, mas continuou a ouvi-lo ecoando dentro dele. Ele pensou nas ofertas de Bulma e Chi-Chi, mas seus membros estavam muito pesados para se mover e sua boca muito mole para sequer considerar engolir qualquer coisa. Goku tendia a enfraquecer excessivamente se não comesse, e infelizmente para Vegetto, ele parecia ter herdado essa característica. Seu telefone tocou, ele levantou sem entusiasmo e atendeu com o usual tom baixo:

— Alô?

— Goku? É o Kulilin! Há quanto tempo! Você gostaria de vir jantar aqui? Ficaríamos muito felizes em recebê-lo!

Mesmo que Vegetto não estivesse muito atraído pela comida, a oportunidade de ver seus dois melhores amigos o animou. Ele prontamente aceitou e teleportou-se para a casa do mestre Kame.

Apareceu bem em frente a Kulilin, #18 e a filha do casal. Ele os cumprimentou com um largo sorriso de orelha a orelha. Nada como visitar os amigos para relaxar. Kulilin disse:

— Venha, vamos nos sentar à mesa! Eu preparei um frango com leite de coco, você vai ver, está divino!

Vegetto não queria magoar seu amigo, e fez uma força por ele! Ele o devia isso. Ao colocar uma porção da comida na boca, o sabor estava tão delicioso que ele estremeceu de prazer. Suas papilas gustativas se encheram com o gosto da comida de Kulilin e seu estômago clamou por mais. As colheradas se seguiram uma após a outra. Kulilin parecia feliz. Depois da refeição, ele confessou:

— Na verdade Bulma me ligou pra me contar do seu problema, e eu pensei que mesmo que você não queira comer, você precisa. E aparentemente, deu certo.

Vegetto havia de fato devorado mais que quinze pratos seguidos. Sendo #18 uma ciborgue, não comia muito, Kulilin e Marrom tinham apetites normais. Vegetto deu a seus amigos um olhor agradecido. Ele tinha se divertido muito, o que definitivamente elevou seu ânimo. Ele voou para casa instantaneamente algumas horas depois e, embora ainda estivesse com fome, adormeceu como um bebê.

Na manhã seguinte… O saiyajin pretendia ir para a casa de Chi-Chi, como havia prometido. Mas quando ele estava a ponto de partir, ouviu uma voz em sua cabeça:

— Vegetto, sou eu!

— Mestre Kaioh-shin?

— Sim! Karin chamou Dendê, que chamou Kaioh, que me contatou sobre seu problema... de apetite...

— Oh! Sério? — gritou Vegetto, esperançoso.

— Vá para o templo de Kami, nós vamos te encontrar lá!

Dito e feito. O saiyajin apareceu na frente de Dendê e Piccolo, que lhe deram um sorriso (mais pronunciado em Dendê). Vegetto devolveu o gesto, aliviado por uma solução ter sido encontrada rapidamente.

Ao lado de Vegetto, apareceu Kibitoshin segurando o braço de Roh Dai Kaioh-shin. Vegetto acenou para eles. O mais velho pigarreou e disse:

— Não vamos demorar muito. Eu quero ser breve. Para viver, você vai precisar de uma quantidade enorme de senzus, Vegetto. Muito mais do que poderíamos cultivar neste planeta.

Vegetto acenou com a cabeça. Ele, é claro, estava ciente disso. Roh Dai Kaioh-shin, continuou:

— Por isso, será necessário plantá-las em outro lugar.

— Mas onde? — Vegetto perguntou.

— Deixe-me terminar minhas frases! — o velho expressou desdenho. — Bem, onde eu estava?

— Em “em outro lugar”. — respondeu Kibitoshin.

— Oh sim, obrigado. Então, você vai precisar de outro planeta para cultivá-las. Um planeta inabitado e com uma atmosfera adequada para o crescimento de senzus.

— Mas isso não existe. — disse Vegetto, desencorajado.

— Eu já disse para não me interromper! — Roh Dai Kaioh-shin estava com raiva. — É claro que existe! Se não existisse, nós não estaríamos falando sobre isso!

— Isso é verdade, desculpe... — Vegetto murmurou timidamente.

— Já encontramos um planeta que irá servir. Ele está a alguns milhares de anos-luz daqui…

— Mas como eu vou chegar lá? — perguntou um Vegetto em pânico.

O reitor lançou-lhe um olhar desagradável. Kibitoshin pôs uma mão em seu ombro, para acalmá-lo. Os ataques de ira de seu mestre nunca eram um bom presságio. O velho respirou fundo antes de dizer:

— Eu sei muito bem que o seu teletransporte só te permite ir a lugares onde você pode sentir a presença de alguém. Mas acontece que eu tenho a meu lado alguém que pode te ensinar a se teleportar para qualquer lugar que você possa visualizar.

Vegetto olhou para Kibitoshin, esperançoso. O último assentiu.

— Você ficará comigo no reino dos deuses até aprender a técnica. Mas primeiro, nós temos que te mostrar o planeta.

Vegetto sorriu. Ele tinha certeza que poderia aprender a técnica rapidamente. Mas a fala do velho Kaioh-shin interrompeu seus pensamentos:

— Escute, uma senzu leva um ano para crescer. Então, você adicionará esse tempo de crescimento ao tempo que irá levar para aprender o teletransporte junto ao tempo que levará para descobrir pessoas que possam ajudar você.

— Um ano? Isso significa que vou ficar com fome por... um ano ?!

— Eh, sim. — suspirou o velho deus. — Essas coisas acontecem.

Vegetto se sentiu cansado. Um ano… Isso era muito tempo. Ele sentiu uma mão em seu ombro e viu que Kibitoshin estava o dando seu suporte.

— Ouça, precisamos nos apressar. — disse o amigo. — Quanto mais rápido for feito, melhor.

— Tudo bem, mas eu preciso avisar a minha família antes…

— Certo! — Kibitoshin exclamou com um grande sorriso. — Eu também gostaria de ver Son Gohan de novo.

— Dendê, Piccolo, Roh Dai Kaioh-shin, vocês gostariam de vir com a gente? — sugeriu Vegetto.

— Eu não me importo, sim! — respondeu o jovem namekuseijin.

— Eu também irei. — disse Piccolo no tom neutro de sempre.

Vegetto pediu que todos o tocassem, e logo todos apareceram ao lado de Bulma.

— Oi. — disse o saiyajin.

— Vegetto, porque você trouxe tanta gente? — perguntou a terráquea — Eu não preparei nada!

— Você pode chamar Chi-Chi, por favor? Eu tenho um anúncio pra dizer a todos… — Vegetto estava sério.

Bulma pegou o telefone e ligou, sem dizer nada.

— Alô...? — uma voz sonolenta disse do outro lado da linha.

— Oi Chi-Chi, é a Bulma.

— Bulma, você sabe que horas são? — Chi-Chi perguntou com um tom ameaçador em sua voz.

— Ouça, venha o mais rápido possivél, Vegetto tem um anúncio a fazer.

— Tudo bem, estou indo.

Meia hora mais tarde, ela estava lá com seus dois filhos de terno e gravata.

— Chi-Chi, você está entre amigos, não é um noivado! — brincou Bulma.

— Eu quero que meus filhos estejam apresentáveis. E eu fiz bem, os deuses do universo estão aqui, é uma honra!

Bulma morreu de rir quando viu a cara de Gohan, vermelha como um tomate. Todos se acomodaram na sala de estar. Vegetto começou:

— Ouçam, eu… Vou ter que me ausentar por um tempo.

— O quê? Como assim? — exclamou a assembleia.

— Eu vou ter que aprender uma nova técnica no reino dos deuses… Para sobreviver, eu vou ter que plantar senzus em um outro planeta distante…

— Mas como você vai fazer isso? — perguntou Trunks.

— Bem, eu vou ter que contratar pessoas, eu acho…

Gohan o observou. O saiyajin continuou:

— Bem, vou contratar algumas pessoas eu acho...

— Você já pensou sobre aliens?

— Eu vou considerar isso depois das primeiras colheitas…

Bulma suspirou. Ela realmente não tinha gostado do que ouviu, mas se era o único jeito, então que assim fosse. Chi-Chi diz:

— Mas você tem alguma noção de agricultura?

— Bem, você fez algumas plantações junto com Goku. Eu lembro como plantar, regar, extrair…

— Sim, mas você não sabe os métodos que te dão a melhor qualidade na maior quantidade possível, sabe?

— Er… — murmurou Vegetto, coçando a cabeça.

— Não se preocupe, eu vou te ensinar tudo o que precisa saber. Você tem sorte de me ter perto de você, porque, do contrário, provavelmente você teria feito de qualquer jeito.

Bulma encarou Chi-Chi:

— Qualquer um pode fazer isso.

— Porque você sabe tudo sobre solo e colheita, certo?

Desta vez Bulma ficou em silêncio, porque ela simplesmente não sabia. Vegetto tratou de acalmar os ânimos.

— Calma, não é nada de mais. Chi-Chi vai me explicar depois que eu tiver aprendido o teleporte. Nesse meio tempo, não se matem, por favor.

As duas mulheres suspiraram. Kibitoshin apressou Vegetto.

— Nós temos que nos apressar. Eu não quero encurtar a despedida, mas os seus dias estão contados, meu amigo.

Vegetto olhou tristemente para sua família e deu-lhes um último sinal antes de desaparecer junto com os dois deuses. Bulma disse:

— Você acha que ele vai aprender rápido?

— Sim. — respondeu Chi-Chi. — Ele tem os genes de Goku e Vegeta, então certamente ele vai.

E toda a família fez um profundo suspiro, rezando a Dendê que Vegetto se safasse disso.

Desenhado por:

Arcady Picardi       41 78

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