DB Multiverse

Hanasia, Rainha dos Saiyajins

Escrito por Salagir

Adaptado por Mulekda, Carinha, Gokan, Shadow e Virgilio

Esta história se passa no planeta dos Saiyajins, bem antes de eles serem a população assassina que pôs medo na galáxia inteira, na era do Rei Vegeta...
Se você já se perguntou como essas pessoas tão poderosas viviam em comunidade, se você quer conhecer qual foi destino dos guerreiros milenares antes do Broly, se as aventuras de uma lutadora frenética e emocional em um mundo de valentões tentá-lo, entre no mundo da saga de Hanasia.

Esse Comic está finalizada!


Parte 1 :123
Parte 2 :4567891011121314151617
Parte 3 :18192021222324252627282930313233343536373839404142434445
Parte 4 :464748495051
[Chapter Cover]
Parte 3, Capítulo 36.

No espaço, ninguém pode ouvi-lo gritar

Traduzido por Shadow the Hedgehog

 

Hanasia estava voando verticalmente.

Uma vez subindo alto o suficiente, ela sentiu uma dor característica em seus ouvidos e nariz, ela continuou em frente de qualquer maneira, e era cada vez mais doloroso. Ela então se transformou em uma Super Saiyajin, absteve-se de respirar e toda a dor foi embora. Ela foi então capaz de subir onde nenhum saiyajin havia subido sem se machucar, onde mesmo ao meio-dia o céu ficava cada vez mais escuro. E já era noite. O dia havia ficado embaixo, no chão.

Tornou-se surpreendente: o sol ainda brilhava e, além disso, muito mais forte do que antes, mas nada ao redor dela, exceto ela própria, estava sendo iluminado, já que não havia nada além do chão abaixo. O dia não poderia continuar onde não havia mais ar… Ela olhou para as estrelas. Então, cada uma delas era na verdade um sol, ela foi informada. Os mundos ao redor desses sóis eram como ilhas para se alcançar, só que eram ainda mais fáceis de encontrar do que uma ilha, porque esta última geralmente ficava escondida (na curvatura do planeta, mas Hanasia não entendia), enquanto aqui bastava se mover em direção ao ponto luminoso.

Evidentemente… havia milhares delas! Mas os invasores certamente não estavam longe. Ela experimentaria a estrela mais brilhante e, a partir daí, simplesmente pediria informações. Ela saiu a toda velocidade para a escuridão, pensando consigo mesma que poderia passar uma ou duas horas sem respirar.

Sem gravidade para segurá-la, sem ar para retardá-la, Hanasia continuou a acelerar por alguns minutos, cobrindo distâncias monstruosas. Centenas de milhares de quilômetros depois, ela percebeu que precisaria respirar muito mais rápido do que pensava. No milhão de quilômetros, ela pensou em dar meia-volta. Ela virou a cabeça e viu seu ponto de partida, que agora era um pequeno círculo luminoso, menor aos seus olhos do que a lua cheia. E enquanto ela o observava, enquanto acelerava, ela percebeu que estava diminuindo. Sim, ela estava indo muito rápido. Imensamente rápido, no espaço, nada nos impede. Ela recuperou a esperança e acelerou em direção à estrela mais brilhante do que as outras que tinha visto.

Todo o seu corpo estava pedindo a ela para respirar insistentemente, e ela não podia mais ver o seu planeta atrás dela. Apenas, talvez, um ponto. Já o ponto que ela estava perseguindo, por outro lado, não havia crescido nem um pouco.

Seu corpo deu um reflexo, ela abriu a boca e inalou. Mas não veio nada. Então todos os seus instintos entraram em ação, em puro pânico. Era como se ela estivesse se afogando!

Então ela se virou para a direção oposta, mas o ponto que era o seu planeta não estava crescendo, ao invés disso, continuou a encolher! Na verdade, ela estava apenas diminuindo a sua aceleração, e a meia-volta que ela havia tomado demoraria, considerando a velocidade que ela havia alcançado antes. Ela ilogicamente tentou respirar de novo e de novo, mas só piorou.

A Super Saiyajin iria morrer de uma forma totalmente estúpida.

 

Quando souberam que a Rainha dos Saiyajins partiu "a pé" para alcançar outros planetas, os tsufurujins primeiro caíram das nuvens, depois dos seus assentos e depois em pedaços.

Eles decretaram uma nova emergência em meio a celebração de vitória. Seus detectores ainda estavam rastreando onde Hanasia estava. Mas o tempo que levou para eles encontrarem uma nave e lançá-la, ela já estava começando a deixar o seu sistema solar.

Ficou decidido que os rebeldes, que já possuíam uma nave furtiva dentro dos limites do sistema, iriam procurá-la. Eles estavam em uma posição melhor e, além disso, havia um tsufurujin na nave, então Hanasia podia confiar neles. Muito felizes em poder vê-la pessoalmente, e talvez salvar a vida do lutador mais forte do universo, os pilotos da nave avançaram na direção da suposta localização da saiyajin.

Quando eles chegaram, muitos pesados ​​minutos depois, e quando encontraram o corpo sem vida e apagado da saiyajin, seus rostos escureceram, cientes de que agora estavam na missão de recuperar um cadáver. Todos sabiam que mesmo um guerreiro poderoso só poderia sobreviver no espaço alguns minutos a mais do que uma forma de vida normal, mas eles ainda tinham esperanças por esta Super Saiyajin.

Uma manobra eficiente a fez entrar na câmara de descompressão. Ela foi preenchida com ar e iniciou a descontaminação por radiação. De fato, como um objeto estelar não é protegido por uma camada de ozônio, ele recebe constantemente todos os raios solares, inclusive os mais perigosos, que geralmente são filtrados pela atmosfera. Se a aura super-saiyajin também a protegia, assim que ela perdeu a consciência, todos os perigos do espaço caíram sobre ela. E se o seu corpo não foi destruído pelos efeitos do vácuo, foi graças à surpreendente resistência desse povo.

Eles então puxaram o leve corpo (eles haviam removido a gravidade artificial) da Rainha para o convés e se apressaram em dar-lhe o cuidado que tinham ao seu alcance. Após alguns choques elétricos, um navegador teve lágrimas nos olhos ao perceber que o coração dela estava batendo!

O máximo foi feito e, embora ela permanecesse inconsciente, sua pele estivesse queimada e ela tivesse muitos ferimentos internos devido a vasos sanguíneos explodidos, o médico de bordo ficou aliviado ao poder afirmar que, graças aos seus poderes, ela certamente se recuperaria disto.

Vocês leitores não duvidaram por um segundo, mas se imaginem por um momento na posição desta tripulação diante da dura realidade!

 

Um dia depois, a tripulação chegou a um espaçoporto tsufurujin no meio do oceano, e Hanasia já estava de pé.

— Que resistência! — comentou um oficial. — Mas ela parece tão frágil…

Os tsufurujins, sendo pequenos e largos, com seus grandes músculos para resistir à gravidade, sempre tiveram a impressão de que os saiyajins pareciam surpreendentemente magros.

A maior parte da tripulação permaneceu na nave. Apenas o mais forte deles, equipado com flutuadores portáteis que lhe permitiam dividir o seu peso por quatro, saiu com o tsufurujin e a Rainha. Quando ele caminhava, era perceptível que ele se esforçava para não cair no chão.

Chiin-Lee explicou para uma Hanasia que ainda tinha náuseas e uma forte dor de cabeça, que sua viagem não era uma boa ideia:

— A senhorita precisa entender, Rainha Hanasia, que os outros mundos estão muito, muito, mas muito longe do nosso. É por isso que vamos para lá em naves que têm ar respirável.

— Mas sou muito mais rápida que suas naves — disse Hanasia.

— Bem, éh… Para resumir… no espaço é o contrário.

— Então eu quero uma.

— A senhorita tem que se recuperar primeiro… Por favor! Seus ferimentos por radiação interna são muito mais graves do que os ferimentos do combate que acabou de terminar! É incrível que ainda esteja viva. A senhorita deve descansar e se recuperar minha… nossa Rainha.

Hanasia franziu a testa mesmo com sua visão turva.

— Vossa Majestade vai poder lutar contra os outros invasores antes que eles cheguem aqui. Eu prometo a você que evitar lutar em casa é o que todos nós queremos. Mas vamos deixar isso para depois. Nós sabemos onde eles estão e não chegarão aqui tão cedo. Aceite a nossa ajuda.

— Tudo bem… para depois… — disse ela enquanto caminhava até a borda da plataforma.

— Ei! Não vá voando para casa! Nós vamos trazê-la de volta!

“Ela é insuportável”, pensou Chiin-Lee. “Temos que lidar com isso, realmente chegamos perto do pior desastre!”

 

 

Na sala do trono, a notícia da morte do Ice Kurima foi muito dolorosa, especialmente para o mensageiro.

Se Blizzard, em sua aura terrível e poderosa, conteve sua cólera e não causou mais estragos do que esmagar o corpo do locutor, Frosty, o mais velho, deixou escapar seu ódio sem moderação.

— Que bando de incompetentes! — esbravejou ele. — Preparamos as melhores armadilhas, enviamos nosso melhor exército e não sobra nada! O General e nosso irmão, mortos! Nadamos em pleno delírio!

Frosty estava frustrado porque as naves-almirantes que haviam fugido da batalha foram rendidas ou destruídas pelo pequeno exército tsufurujin, não havia nenhum responsável aqui para ser descontado.

Ele só queria uma coisa. Que um dos ocupantes da corte o interrompesse ou tentasse responder aos seus gritos. Ele então o pulverizaria instantaneamente. Mas bem ciente do perigo, ninguém disse uma palavra e todos estavam bem atrás, forrando as paredes.

— E onde está Snower? — berrou ele para a sala e em parte para o seu pai.

— Snower está pacificando toda a zona leste da galáxia — disse Blizzard, porque ninguém mais na sala teria ousado responder a essa pergunta simples. — Ele está a duas semanas daqui.

Na verdade, os governos rebeldes eram cada vez mais numerosos e, nesta área, o império dos demônios era quase uma relíquia do passado. Snower, um contingente do exército e alguns guerreiros da corte foram refrescar suas memórias. Em dois dias, eles já haviam devastado três planetas, sem entrar em detalhes. Um quarto planeta, embora inteiramente habitado, tinha sido simplesmente destruído de longe pelo demônio. Essas poucas medidas já haviam esfriado fortemente esses novos rebeldes.

Na urgência da retaliação, Snower poderia retornar imediatamente, mas ainda demoraria semanas para chegar. E Frosty não planejava esperar.

— Sou mais forte do que meus dois cadetes juntos — disse Frosty calmamente, de repente equilibrado. — Nós destruiremos o planeta e então esmagaremos este Super Saiyajin no espaço. E que pena para ele se precisar respirar!!

Este plano era covarde? Ou simplesmente justificado?

— Mas não quer dizer que não tomaremos precauções contra este planeta e tudo que o rodeia, que são apenas armadilhas e arapucas. Eu trarei o estádio espacial comigo. Bem como Avoka. E Yikoun. E… vocês dez aí.

O estádio espacial lembrava em muitos aspectos o pequeno planeta do Kaioh do Norte que todos vocês conhecem. Muito maior, mas incomparavelmente pequeno em comparação com um planeta habitável, ele guarda sua própria atmosfera e se comporta como uma nave. Poucos lutadores são úteis no espaço, e um estádio como este era o lugar perfeito para lutar entre dois planetas. A partir daí, Avoka poderia destruir naves-almirantes. Quanto a Yikoun, ele poderia durar quase uma hora no espaço.

Eles partiram na mesma noite. Assim, os exércitos adversários não teriam tempo para se organizar e o Super Saiyajin não teria nenhum tempo para se recuperar da sua luta.

 

 

— Senhores, a oportunidade que esperávamos chegou.

Na nave furtiva que transportava a elite rebelde, o orador estava todo sorridente. Depois de dizimar apenas pequenos esquadrões para permanecerem discretos, eles finalmente teriam a oportunidade de reverter a situação. O plano com a espada do Krämm, acima de tudo, deu-lhes grandes esperanças.

— Blizzard estará sozinho em sua sala do trono. Da maior elite com ele, apenas Dijicharate permanecerá. Uma adversária poderosa, não vou negar, mas em comparação com nosso excelente time, nada insuperável. Os outros guerreiros da corte não serão um problema para vocês.

— Temos certeza de que isso não é uma armadilha de novo? Algumas pessoas suspeitam que tentaremos atacar o palácio do Imperador.

— Haha, não, nós verificamos e reverificamos. Snower está a duas semanas do palácio, enquanto nós estamos a oito dias. Frosty e as outras duas elites da corte estão a caminho de Plant. Para cada informação, verificamos em duas redes diferentes.

— Tudo bem, mas muitos bothans morreram para nos fornecer essas informações?

— Perdão?

— Não, eu… Não, nada, desculpe.

— Então — disse Krämm d'Istaal, erguendo o punho —, vamos matar o Imperador e tomar posse da capital! Será o maior golpe contra o império de todos os tempos! Com exceção, é claro, das duas lutas extraordinárias desse Lendário Super Saiyajin, que seja louvado! Desejamos a ele muita sorte em seu encontro com o maldito terceiro filho dos Senhores demônios!!

As tropas desconheciam o gravíssimo estado da Hanasia, que era mantido em segredo.

Todos eles gritaram um “urrá” e tomaram a direção do planeta capital.

— Onde está Bourgo, o namekuseijin? — perguntou um dos lutadores.

— Ele ficou para trás na nossa última parada, acho que ele pegou uma nave de um lugar só e partiu sozinho.

— Eu gostaria que ele não tivesse nos descartado assim… Os namekuseijins são hiper-receptivos, acho que ele teria sido o trunfo perfeito contra Dijicharate. Pessoalmente, serei morto sete vezes por ela antes de ver a sua sombra. Lembre-se de que sua velocidade e furtividade permitem que ela elimine oponentes muito mais poderosos do que ela!

— Não se apavore, ela não pode pegar todos nós. Existem heróis nesta nave, você sabe.

Yshar era chamado de "herói" no seu planeta, mas neste grupo ele se sentia muito pequeno. Não era Dijicharate que o assustava. Ele estava contando com Krämm ou outros para conseguir este feito (mesmo que ele também contasse com Bourgo, em particular). O que o assustava eram todos os outros guerreiros da corte! Não se conseguia esse título facilmente.

No império, a base da pirâmide era formada pelos soldados, acima estavam os “lutadores”, treinados em artes marciais e capazes de lançar bolas de energia, de voar e etc. Tal lutador já era capaz de destruir uma cidade inteira de pessoas normais, e geralmente comandava cerca de dez soldados, mas neste nível já é preferível lutar sozinho.

Acima dos lutadores, ou “guerreiros”, vinha a elite diretamente. A elite pode devastar uma região inteira com um simples movimento das mãos. O fato de as elites estarem sendo mortas uma a uma em Plant contra os saiyajins transformados em monstros gigantes dava uma ideia do poder que um exército saiyajin teria. Quem governasse conquistando esses seres, certamente seria invencível…

A elite só era superada pelos guerreiros da corte. Seus níveis variavam de um que poderia escurecer os céus de um país inteiro, até a destruição total de um planeta. Estes últimos podiam ser contados nos dedos de uma mão, e seus nomes eram conhecidos em todo o império.

Yshar nunca havia tentado destruir um país. Ele não achava que poderia. No entanto, ele foi admitido na rebelião como elite, diretamente. Tudo porque ele havia defendido o seu planeta contra um grupo de invasores, que mais tarde soube que continha dois guerreiros da corte. Os mais fracos, certamente.

Afinal, o comando do Chili era simplesmente quatro guerreiros da corte. Eles não reverteram sozinhos a batalha em Plant? E eles próprios não eram ridículos diante de um demônio do frio ou do Super Saiyajin? Sem ir tão longe, também se podia notar que o General Chatterton estava fazendo um trabalho tão eficaz, sozinho, quanto todo o comando.

Yshar ficou tonto pensando sobre tudo isso.

 

 

Hanasia, como qualquer saiyajin, odiava ficar deitada em uma cama.

Ela tinha que admitir, ela havia forçado demais o seu limite e quando se levantava, uma vontade de vomitar, uma crise de tontura e uma perda total das suas forças a levavam de volta para a cama, muitas vezes à força, outras vezes direto para o chão.

Mas ela já suspeitava — com razão — de que seus cuidadores deram a ela um produto que faz dormir.

No palácio do Rei saiyajin, não eram mais tsufurujins que cuidavam dela. A contragosto, Chiin-Leelocoisa se foi, e o grupo acabou de deixar outros robôs, aqueles seres frios e brilhantes que não falavam, mas eram muito eficientes na construção e nos cuidados médicos.

Graças à magia dos tsufurujins, Hanasia pôde ver as imagens do funeral de guerra. As pessoas fizeram isso muito bem, enquanto ela estava perdida no espaço. Mas ela foi informada de que sua ausência como rainha tinha sido um grande erro. Alguns rumores até afirmavam que ela estava morta, e ela não poderia, em seu estado, contradizê-los apresentando-se em público. Ela estava tão fraca que nem mesmo ganharia um desafio!

Felizmente, a reconstrução da capital, o luto por centenas de mortos (o luto é raro entre os saiyajins, mas com tantos mortos, sente-se o dever de fazer um pouco mais, como comunidade), os muitos feridos, e o choque desta batalha, deixaram os saiyajins bastante calmos sobre a questão política. Eles já tinham muito a dizer aos amigos, especialmente se estivessem entre os "Oozarus da luz do dia", eles tinham muito a ouvir, até mesmo a curar, para tentar se tornar rei.

Chiin-Lee tentava falar com ela todos os dias, mas em geral, Hanasia preferia evitar conversar com essa pessoa com quem ela não tinha nada em comum. Para o desgosto desta última, que sonhava em ser sua amiga.

 

Uma semana depois, Hanasia aproveitou a ligação diária para dizer que se ela ainda se sentisse estranhamente cansada no dia seguinte e soubesse que a culpa era deles, ela destruiria todos os robôs ao seu alcance.

Isso não incomodou muito Chiin-Lee, que já vinha pedindo há dois dias para pararem de drogá-la.

A chegada iminente do mais poderoso dos demônios do frio deixou todos nervosos, e todos os estrategistas estavam trabalhando juntos para que um novo plano brilhante tão eficaz quanto o anterior pudesse ser elaborado.

 

Mas com uma Super Saiyajin fora de forma, as chances de vitória desta vez pareciam muito, muito menores. Hanasia ainda não sabia disso. Os tsufurujins acreditavam, incluindo Tchin, que se preocupar reduziria suas chances de recuperação. Obviamente, eles não conhecem bem o seu temperamento, porque com esse tipo de pessoa, a promessa de um perigo iminente teria acelerado a sua recuperação!

Então, por enquanto, estavam todos roendo suas unhas, garras ou lóbulos das orelhas para aqueles que tinham lóbulos que cresciam indefinidamente.

 

Em uma sala de reuniões com líderes tsufurujins, ou rebeldes de outros mundos em hologramas e um robô servindo café (incluindo para os hologramas, embora desnecessariamente), ideias voaram e informações foram trocadas. Mas a solução permaneceu oculta.

— Devemos jogar uma bomba atômica na arena espacial deles! Seu escudo é tão impressionante assim?

— Primeiramente, sim. Mas também, os guerreiros presentes serão capazes de facilmente desviar e parar qualquer ataque de energia ou míssil vindo de longe sem dificuldade.

— De qualquer forma, não temos escolha, temos que enviar nosso exército de encontro com eles.

— Lutar no território deles?

— Nosso próprio território é destrutível e toda a tsufuritude vive nele. Esses demônios destroem planetas no café da manhã.

— Mas o nosso é muito mais resistente, não é? Eu li que os planetas habitados do império são menos densos e têm uma gravidade dez vezes menor que a nossa! Pode ser…

— Que nada, senhorita. No nível de poder deles, não faz diferença.

Eles ponderaram a ideia de enviar o seu exército ao espaço.

— Temos cargueiros para isso? Nossos caças funcionarão no espaço? — questionou um tsufurujin.

— Podemos transportar tropas, robôs e canhões… mas não, nossos aviões serão inúteis, todos eles voam graças ao magnetismo de Plant.

— Mas como vamos colocar os saiyajins nas nossas naves? — perguntou este mesmo tsufurujin.

— O quê, você está contando com eles? — indignou-se uma oficial, vendo o caos chegando.

— Os saiyajins não são bucha de canhão! — exclamou um terceiro.

— Eles devem participar do esforço de guerra! Com luas falsas, eles aumentam o nosso exército dez vezes!

— Os senhores não acham que eles já tiveram mortes o suficiente?

— Stop! Sem discussões estéreis. Continuem propondo ideias, por enquanto. Discutiremos depois.

— Depois da guerra, só se for! Nossos filhos viverão em cima dos cadáveres de uma espécie inteira sacrificada por uma causa além deles, manipulada por…

— Encare a realidade como ela é, nosso planeta inteiro está em perigo! A civilização saiyajin não vale a dos tsufurujins! E além do mais, é normal ter uma preferência nacional. A população está do meu lado, mesmo que ela não se atreva a admitir. Mas não tenho medo de mostrar minha sanidade em face do politicamente correto!

— Achei que tivéssemos evoluído para além do egoísmo, mas vejo que você é do passado. O seu discurso me lembra dos momentos mais nauseantes da nossa história.

— Quando os esgotos transbordaram a 25 anos atrás?

Um som estridente interrompeu os tsufurujins em seu debate acalorado.

— Olha só, é isso que este botão faz — disse falsamente atônito um holograma roxo no qual mal conseguia se encontrar os olhos. E quando você pensar que os tinha encontrado, eles eram narinas.

Todos se voltaram para ele. Exceto o robô, que não tinha modos.

— Caros tsufurujins. Sua discussão animada demonstra suas preocupações saudáveis ​​e o perigo que os assedia. Certamente os senhores são muito civilizados e é um prazer ouvi-los. Eu vi suas criações, ouvi sua música. É tudo magnífico. Eu e todas as pessoas que os conheceram de perto ou de longe reconhecemos suas qualidades.

Um a cada dois tsufurujins ficaram vermelhos.

— Mas se há outra coisa que é certa, e é para crédito do seu povo, que está em paz por tanto tempo, é que os senhores não sabem como fazer guerra.

Ele deixou o silêncio se instalar.

— A guerra é suja, traiçoeira e injusta. Ela não conhece um vencedor.

Chiin-Lee abriu a boca para responder e a fechou logo em seguida. Ela entendeu que mesmo se eles salvassem seu planeta e matassem os demônios do frio, suas perdas seriam tais que eles teriam dificuldade em se considerarem vitoriosos.

— Portanto, continuem explicando todas as suas opções. E cuidaremos do plano de batalha. Dê-nos tudo. Nosso objetivo é o seu: sua sobrevivência e a morte deles. Mas para fazer isso… haverá sangue.

Desenhado por:

Asura      

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