DB Multiverse
DBM Universo "do Futuro": Twin Pain
Escrito por Foenidis
Adaptado por Henrique, Felipe & comunidade
No mundo alternativo conhecido como "do futuro", do qual Trunks veio a bordo de uma máquina do tempo, todos os nossos heróis foram mortos por ciborgues... Esta história dá os detalhes, ela conta uma parte da história comum aos universos 12 e 14.
123456789101112131415161718192021222324252627282930Traduzido por Henrique
Revisão por Carinha
“Eu não tenho nada a oferecer além de sangue, trabalho, suor e lágrimas.”
Winston Churchill
O velho olhou ao seu redor.
Ele não entendia nada.
Para onde quer que seus olhos se voltassem, não havia nada além de escombros fumegantes cobertos por uma poeira irritante. Tudo era cinza. Um cinza triste e uniforme. Um cinza que se adequava à situação. Não importa o quão claro estava. Toda aquela poeira cinza fez ele esquecer o azul do céu de um verão agradável. Em certo momento, o cinza tinha apagado os brilhos felizes da vida que tinha enchido o ar não muito tempo atrás.
Sim, não há muito tempo tinha havido uma cidade neste lugar, uma dessas joviais e provinciais cidades pequenas. O tipo de cidade em que todos se envolviam uns com os outros, todos se conheciam e ajudavam uns aos outros.
Uma vez, havia uma cidade pequena e agradável… e agora não havia nada mais.
Nada a não ser aquela poeira cinza… e aquele silêncio.
A poeira cinza, o silêncio e algumas figuras emergindo dos escombros. O velho assustou-se. Aquelas sombras, ele não as reconhecia. Elas não faziam parte de seu mundo. Seu mundo tinha sido nesta pequena cidade com o seu bar, que estava aberto a qualquer hora do dia. Seu mundo tinha sido nesta pequena cidade com o barbeiro do outro lado da rua, que sempre tinha uma piada para contar, com o sorriso do merceeiro, com Jojo, o dono da garagem, e sua gargalhada, e com Alba. Um soluço morreu em sua garganta: "Alba."
Mais uma vez, o velho tentou afastar a enorme massa que estava esmagando a parte inferior de seu corpo. Ele cerrou seus dentes, suas mãos se fecharam, suas mãos que pareciam nada mais ser além de uma enorme ferida no concreto empoeirado. Ele gemeu enquanto reunia o resto de sua força… antes de deixar-se cair, mais uma vez, ofegante.
Ele fechou seus olhos, enquanto lágrimas volumosas diluiam o sangue e a poeira que endureciam as suas bochechas. Sua mão direita estava cheia daquela poeira cinza, aquela poeira ardente e gelada, aquela poeira… um vestígio solitário de sua antiga felicidade. Nunca mais ele veria o sorriso suave de Alba.
Várias décadas atrás e ela estava aqui, como no dia em que se conheceram: radiante com a beleza, aquecida pelo o brilho da juventude, usando o bonito vestido azul que graciosamente demarcava sua cintura fina. Ele sentiu seu coração batendo rápido, quando a viu se aproximando, mais brilhante do que uma jóia envolta em seus puros adornos de casamento. Ele a admirava, ela tinha sido radiante, seu filho recém-nascido em seus braços. Ele sentiu uma onda de felicidade, quando se lembrou do aroma tão reconfortante de sua saborosa culinária, e das carícias de suas mãos suaves em sua pele, em seu cabelo, seu perfume. É quase como se ele pudesse respirar aquilo, sentir aquilo de verdade.
Alba. Uma dor sem limites torceu seu estômago, antes de se mover assim causando um enorme nó em sua garganta. Ele nunca iria ver a sua doce Alba novamente, ele sabia disso. Esse pensamento reacendeu a dor que deixou seu corpo quebrado, que passou de sua coluna vertebral até sua cintura. Ele fez um esforço para engolir a saliva, mas foi o gosto de sangue que desceu em sua garganta, que a poeira secara.
O que tinha acontecido? Como poderia o seu mundo desabar em um piscar de olhos?
Ele olhou para cima e para as pessoas que se reuniram ao longe. Quem eram eles, aqueles estranhos no céu? Eles pareciam tão comuns… bem, exceto por um deles. Ainda assim, não era aquele com o corpo mais estranho que era o mais surpreendente. Oh, não.
Seria possível?
Mas não, não poderia ser. Caso contrário, não teria sido desta forma. Ele teria impedido tudo isso, essa tragédia, essa carnificina terrível. Um arcanjo teria parado esses demônios, antes que o impiedoso fogo do inferno engolisse a todos.
Por quê? Por quê, meu Deus? Por quê?
Mas então, quem poderia ser esse estranho misterioso?
Não tinha sido um sonho! Ele tinha o visto com seus próprios olhos. Preso sob a poeira cinza, ele sentiu o chão tremer e ar vibrar quando brilhou em torno daquela pessoa desconhecida uma luz dourada, a mesma aura que rodeava a cabeça dos santos e arcanjos no Evangelho. Ele tinha sentido bem no fundo o poder formidável que estava sendo, obviamente, emitido para lutar no momento.
Tal luz, tal força, tal energia só poderia ser assim divina, então como? Como é que a mão de Deus se mostrou ser tão inútil?
É claro que o ser desconhecido chegou após a tragédia, é claro que eles não podiam fazer nada mais para Alba e os outros; mas ver aqueles assassinos pagarem por seus crimes, o mal ser subjugado pelos justos… seria apenas justiça!
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