DB Multiverse

Dragon Ball Multiverse, o romance

Escrito por Loïc Solaris & Arctika

Adaptado por Virgílio212, Rafael & comunidade

Com muito mais detalhes, redescubra a história de DBM. Esta romantização é verificada por Salagir, ela também contém adições próprias, que não foram contadas no mangá, por isso é um verdadeiro anexo da HQ!

Este comic está em pausa. A continuação virá em breve...

Intro

Parte 0 :0
Parte 1 :12345

Round 1-1

Parte 2 :678910
Parte 3 :1112131415
Parte 4 :1617181920
Parte 5 :2122232425
Parte 6 :2627282930

Lunch

Parte 7 :3132333435

Round 1-2

Parte 8 :3637383940
Parte 9 :4142434445
Parte 10 :4647484950
Parte 11 :5152535455
Parte 12 :5657585960
Parte 13 :6162636465
Parte 14 :6667686970

Night 1

Parte 15 :7172737475
Parte 16 :7677787980
Parte 17 :8182838485
Parte 18 :8687888990

Round 2-1

Parte 19 :9192939495
Parte 20 :96979899100

Round 2-2

Parte 21 :101102103104105
Parte 22 :106107108109110
Parte 23 :111112113114115

Night 2

Parte 24 :116117118119120

Round 3

Parte 25 :121122123124125
[Chapter Cover]
Parte 20, Capítulo 98.

Capítulo 98

Traduzido por Virgílio212


Enquanto Cell retornava vitorioso ao espaço designado do Universo 17, os próximos dois lutadores se preparavam mentalmente. Eles eram Tapion, do Universo 3, e Kulilin, do Universo 9. Enquanto o primeiro ainda não havia tido a oportunidade de lutar devido à desistência geral do Universo 10, o segundo teve a chance de demonstrar um talento impressionante contra seu primeiro oponente, Sauza, do Universo 8.

Essa luta, que aconteceria logo após a de Cell contra o pirata espacial Bojack, determinaria não só o nível do músico Tapion, mas também permitiria ao Mestre das Tartarugas testar se ele exercia verdadeira força e determinação.

Tapion era plenamente consciente de suas limitações como guerreiro, assim como qualquer outro indivíduo. Ao lado de seu irmão mais novo, Minosha, ele enfrentou a ameaça imponente representada pela poderosa criatura conhecida como Hildegan. Durante essa jornada, Tapion teve a oportunidade de aprender uma lição valiosa: nem sempre a força física ou psíquica é o único fator determinante em um confronto. Ele descobriu que estratégia, astúcia e até mesmo uma vontade inabalável podem desequilibrar a balança do poder. Para neutralizar Hildegan, era necessário reunir uma ocarina que possuía o poder de uma misteriosa melodia, uma espada mágica e alguém poderoso o bastante para ser capaz de selar o demônio dentro de si. Esses artefatos, combinados com a coragem de Tapion e seu irmão, se tornaram a salvação de seu povo. Pelo ato heroico que realizaram, os irmãos foram aclamados e celebrados como verdadeiros heróis.

No entanto, surgiu um problema: nenhum dos dois irmãos foi capaz de conter em si a sua respectiva metade do monstro por muito tempo. Diante do perigo de liberação da criatura, ambos foram selados em caixas de música e lançados nas profundezas do espaço — separados em cantos distantes do universo, de forma a impedir que Hildegan fosse reunido novamente.

Hoje, Tapion estava livre de sua prisão eterna, lutando na esperança de alcançar seu desejo.

Kurilin, por outro lado, estava ali apenas pelo desafio. Desejo? Se quisesse, poderia fazer um usando as Esferas do Dragão de seu universo, embora não tivesse nada pelo que pedir. Seu único desejo era lutar contra diferentes guerreiros formidáveis. No entanto, ele permanecia vigilante. Com base em suas próprias experiências, sabia que havia seres abomináveis entre todos os universos presentes, terríveis adversários que ele e seus companheiros já haviam enfrentado. Quando os vargas vieram até seu planeta e explicaram o conceito do torneio multiverso, Kulilin, Yamcha e Tenshinhan relembraram suas batalhas anteriores. Uma grande parte da razão pela qual concordaram em participar era simplesmente para monitorar tais ameaças.

Acabou sendo uma boa decisão, afinal, muitos dos participantes eram antigos conhecidos seus, adversários de uma época passada. Os saiyajins do Universo 13, Coola e alguns membros de sua tropa, Dabura e Babidi do Universo 11 e #16 do Universo 12. Quanto a aliados, havia uma Videl tanto no Universo 16 quanto no 18. No entanto, o que era ainda mais surpreendente era a presença de outros dois ciborgues, #17 e #18, porém diferentes dos que eles conheciam. Kulilin sentia-se intrigado com esses universos nos quais a história havia se desviado completamente a partir de um único ponto em algum lugar da linha do tempo. Uma decisão, uma reação diferente, o acaso... qualquer coisa poderia levar dois universos semelhantes a se tornarem diferentes. É verdade que Kulilin já havia começado a aprender um pouco mais sobre os diferentes universos, mas muitas de suas perguntas ainda permaneciam sem respostas.

"Estou especialmente curioso sobre aquele saiyajin, Son Goku, que aparentemente me conhece muito bem."

— Convidamos Tapion do Universo 3 e Kulilin do Universo 9 a subirem ao ringue!

O anúncio despertou Kulilin de seus pensamentos. Ele recebeu encorajamentos de seus amigos e olhou para Tapion, que estava um pouco à sua esquerda. Este último solicitou a ajuda de um dos namekuseijins organizadores.

— Senhor organizador, você poderia me levar até lá?

O pedido foi recebido com hesitação pelo Namekuseijin, suas preocupações surgindo devido à gravidade atual do ringue, mas, eventualmente, ele decidiu acatar o pedido. Essa era a segunda vez desde o início do torneio que ele recebia um pedido como esse. A primeira participante que se mostrou incapaz de subir sozinha ao ringue foi Syd, do Universo 6 — uma das garotas pertencentes ao grupo do mesmo universo de Bojack, mas que de forma alguma era sua aliada. Syd pereceu diante de Vegeta do Universo 13, que se mostrou muito mais poderoso que sua adversária.

Agora, era Tapion quem estava pedindo por ajuda. Isso veio como uma grande surpresa para muitos, inclusive para os espectadores. Poucos ainda apostavam no Universo 3 e, com essa demonstração de fraqueza por parte do músico, aqueles que ainda mantinham alguma convicção diminuíram ainda mais em número. A menos que fosse uma farsa, uma estratégia para enganar seu oponente e fazê-lo baixar a guarda, fazendo-o acreditar que estava enfrentando alguém incapaz de voar.

Caso fosse esse o plano, Kulilin não seria enganado. Ele tinha um dom quando o assunto era ser cuidadoso, mantendo-se sempre atento. O namekuseijin ergueu Tapion gentilmente pelo pulso, levando-o até o ringue. O músico pôde perceber que ele, assim como os demais membros da plateia, encontravam-se ansiosos frente a prospecção de outro combate como o que haviam acabado de presenciar. A poucos metros da superfície, o organizador sentiu o imenso e repentino aumento da gravidade, dez vezes maior do que na rodada anterior e cem vezes maior do que a original. A súbita pressão exercida sobre seu corpo o fez incapaz de suportar o peso do competidor, que caiu imediatamente de cabeça no chão.

O namekuseijin rapidamente quis se desculpar. A pressão da gravidade acabou sendo um pouco demais até mesmo para ele. Mesmo se esforçando para controlar seu vôo, devido à sua fraqueza, ele acabou derrubando Tapion.

"Mesmo eu sendo um namekuseijin guerreiro de alto nível, essa gravidade é imensa até para mim. Enquanto para eles, parece não fazer diferença alguma!"

Ao olhar para cima, ele testemunhou a entrada do anão com uma carapaça de tartaruga. A figura saltou de dentro do seu espaço no Universo 9 e agora estava se preparando para pousar... ou melhor, para cair, e não em pé! Kulilin caiu de uma vez só no ringue, próximo a Tapion e ao namekuseijin que o havia levado até a arena, este último ainda de bruços no chão.

— Urgh, estou pesando uma tonelada! — Tapion disse, tentando em vão se levantar.

— Pela tartaruga reumática! — exclamou Kulilin, seus pés balançando pendurados sob sua casca, incapazes de alcançar o chão.

— Envolve-me com sua aura... — sussurrou o músico de repente.

— Bem, então... Kaioh-ken nível um. — disse Kulilin logo em seguida, interrompendo o balanço dos pés.

Ambos os lutadores foram subitamente fortalecidos. Uma aura vermelha brilhou ao redor do humano, enquanto outra, roxa, apareceu ao redor de Tapion. Ambos se levantaram como se a gravidade tivesse voltado ao normal. Então, seus olhares se encontraram.

— Sinta-se à vontade para desistir, se quiser. — e foi Tapion quem iniciou a conversa.

— Que gentileza da sua parte, mas não me sentiria bem se tivesse vindo até aqui à toa. — respondeu o anão barbudo.

Tapion brandiu a espada e segurou-a à sua frente. A mesma lâmina empunhada por qualquer pessoa comum não valeria nada. No entanto, envolta pela misteriosa aura de seu usuário, o valor da arma aumentava significativamente. Kulilin sabia disso. O Ki por si só havia se provado repetidamente mais poderoso do que qualquer arma física, seja ela feita à mão ou por máquinas. Mas, se Tapion possuía uma ferramenta para amplificar seus ataques, Kulilin carregava nas costas a melhor defesa possível: uma carapaça feita de kachin, o metal mais denso e resistente de todo o universo. No entanto, não eram esses objetos que determinariam quem ficaria na posição de ataque ou defesa. Com a espada firmemente segura em sua mão direita e o punho esquerdo pronto para atacar, Tapion assumiu uma postura defensiva. Era óbvio que ele não pretendia atacar primeiro. Kulilin permaneceu parado, embora atento. Sua falta de qualquer pose não revelava suas intenções, nem se pretendia atacar seu adversário e nem se pretendia se defender. Apesar de sua idade, Kulilin era extremamente perspicaz. Uma fração de segundo era mais do que suficiente para ele desviar de ataques à queima-roupa.

Usando esse tempo para avaliar seu oponente, o anão tentou identificar a natureza do Ki que emanava de Tapion, a fim de medir sua força. No entanto, ele não obteve sucesso...

Havia um aspecto extremamente misterioso em relação ao seu poder. Sozinho, Tapion parecia incapaz de suportar a gravidade cem vezes maior do que a considerada normal. No entanto, algumas poucas palavras revelaram esse estranho poder, permitindo que ele se levantasse com facilidade. Era algo semelhante ao kaioh-ken, embora diferisse um pouco em aparência. Seria um poder hereditário? Talvez uma manipulação genética? Ou seria um poder místico proveniente de algum objeto em sua posse, como sua ocarina ou sua espada? Em meio a todas essas perguntas, uma se destacava: quanto tempo duraria esse poder?

"Ele está em posição defensiva... Não é uma boa ideia usar o kaioh-ken por muito tempo, tenho que atacar."

De repente, ele disparou em direção ao oponente a toda velocidade, deixando cair a bengala que segurava na mão direita. Com a outra mão, deslizou o casco de katchin sobre o ombro para usá-lo como escudo. Tapion reagiu rapidamente, executando seu contra-ataque previamente preparado. Movendo sua espada para cima, desceu-a em um movimento rápido e preciso. O careca se protegeu atrás do casco, algo com o qual Tapion não se importou, imaginando que o objeto acabaria cortado ao meio. Porém, para sua surpresa, a espada ricocheteou contra o objeto. A onda de choque vibrou pela lâmina, machucando os pulsos do músico. A surpresa o impediu de reagir rápido o bastante. Aproveitando a abertura, Kulilin acertou uma cotovelada em seu estômago. Antes mesmo de verificar se seu golpe surtiu o efeito desejado, o anão usou sua velocidade para aparecer atrás de Tapion. Finalizando sua sequência de golpes com um chute poderoso, que não apenas lançou seu oponente voando através do ringue, mas também deixou um rastro na superfície, a medida que o músico recuperava o equilíbrio.

Kulilin permaneceu parado por um momento, esperando pela reação de Tapion. Surpreendentemente, o músico se levantou logo em seguida, aparentemente ileso.

"Que resistência! Parece que ele possui algum tipo de escudo. Vou ter que me esforçar se quiser ultrapassá-lo. Colocar mais força por trás de cada ataque deve resolver este problema..."

Tapion guardou sua espada, pois havia compreendido que seria inútil utilizá-la.

"Ele é rápido demais para mim... não consigo nem mesmo tocá-lo. Ele não me dá nem mesmo tempo de reagir... E esse casco, parece indestrutível."

— Desculpe. Neste caso, terei que ser um pouco mais violento. — disse Tapion ao adversário.

"Mais violento? Mas ele nem mesmo me tocou!" Kulilin se perguntou ao ouvir as palavras do músico. "O que ele quer dizer com "mais" violento?"

Tapion colocou a mão esquerda sobre seu pulso direito, cujo punho estava fechado, gritando:

— Saia e lute por mim!

Imediatamente, Kulilin entendeu a origem da aura e do poder de Tapion: ambos concedidos por uma criatura que, momentos depois, se manifestou próxima ao músico... algo que não foi considerado como critério de desclassificação. Agora seriam dois oponentes para vencer ao mesmo tempo.

A aura ao redor de Tapion cresceu em tamanho e intensidade, girando freneticamente enquanto a besta era libertada. Uma rajada furiosa açoitou o rosto de Kulilin. Dos tornados, uma fumaça espessa aos poucos tomou forma, até finalmente se materializar em carne e osso. A criatura era tão perigosa quanto feia.

Tão grande quanto um Oozaru, ou até um pouco maior, a criatura possuía duas patas robustas com garras, cada uma sustentando suas pernas em ângulos retos. Se esticadas, provavelmente seria duas vezes mais alto! Seu peito era imponente, extremamente largo. Dois braços musculosos com mãos grandes e garras afiadas complementavam seu corpo. Por fim, sua cabeça era digna das mais medonhas histórias fantasmagóricas, parecendo ter saído dos piores pesadelos que assombram as crianças... Além disso, possuía uma longa cauda com uma lança pontiaguda na ponta.

Diante de Kulilin, que já era normalmente pequeno, o monstro era um verdadeiro gigante.

— Bem... isso certamente é inesperado!

Ele já havia lutado contra um Oozaru antes. Naquela época, tinha sido uma das suas batalhas mais terríveis. No entanto, agora, ao lado desse monstro, um Oozaru parecia ser nada mais do que uma pelúcia amigável.

Entre os espectadores do torneio, surgiram exclamações de alegria. Entre os lutadores, as reações foram diversas e variadas, dependendo se eles conheciam ou não Tapion. Vegetto sorriu, lembrando que, em seu universo, Tapion foi incapaz de conter completamente Hildegan. Goku, por outro lado, ficou chocado ao descobrir que Tapion e o demônio se tornaram aliados de alguma forma.

O que ele ainda não sabia era que Tapion não havia se tornado aliado de Hildegan, mas sim de Raichi. Graças ao seu talento científico, Tapion conseguiu manter Hildegan sob seu controle e fazer com que ele obedecesse às suas ordens.

— Ataque. — ordenou Tapion.

O monstro rugiu, virando-se em direção ao pequeno anão que ainda estava pensando em como poderia começar a enfrentar uma criatura tão imponente, e tentou esmagá-lo sob seus pés.

Para um monstro de tamanho tão imponente e sob tal gravidade, ele se movia surpreendentemente rápido. Sempre ágil, Kulilin conseguiu escapar por pouco do pé gigante, saltando para trás e criando uma distância segura entre ele e a criatura.

— Desculpe, estou aqui apenas pelo desejo. — disse Tapion, mais para si mesmo do que para Kulilin. Seu tom de voz estava carregado de vergonha, um sentimento nascido de sua incapacidade de lutar sua própria batalha, mas ele sabia que, para alcançar seu objetivo, não poderia lutar de forma justa.

No entanto, seu oponente não admitiria a derrota. Colocando as mãos em uma posição familiar, ele começou a concentrar seu Ki:

— Kame... Hame... Ha!

O raio de energia atingiu a pata de Hildegan, que quase esmagou o pequeno careca... e simplesmente ricocheteou, perdendo-se no ar.

— Oh... — disse Kulilin, surpreso.

O contra-ataque do monstro não demorou. De sua boca, um enorme jato de chamas foi expelido.

— Kaioh-ken, próximo nível! — Kulilin gritou, apressando-se para escapar das chamas a tempo. — Kienzan! — mesmo enquanto fugia do rastro de fogo, ele não perdeu a oportunidade de contra-atacar.

Um disco de energia espiral foi formado instantaneamente acima da palma de Kulilin. Então, com um único gesto claro e preciso, ele lançou seu ataque diretamente no pescoço do mastodonte.

No entanto, em vez de um impacto, nada aconteceu. Como se o monstro tivesse se transformado em um enorme tornado, ele parecia desaparecer, deixando o disco de energia voar diretamente como se nunca tivesse existido. O ataque continuou seu curso até atingir o escudo invisível que protegia o público.

— Nada funciona contra ele! Está claro que não é ele quem eu devo atacar...

A fumaça se aproximava dele, quase pronta para se rematerializar, mas Kulilin agiu rapidamente. Disparando em direção ao chão, voou baixo, mirando diretamente em Tapion. Ainda faltavam cerca de dez metros quando percebeu o movimento da cauda afiada do monstro em sua direção. Kulilin mal conseguiu desviar do golpe mais uma vez, deixando escapar um suspiro de surpresa.

Mas o monstro ainda não tinha terminado. Ele bateu com o punho no chão, acertando o ar vazio onde Kulilin acabara de passar. O lutador escapou para o ar, ganhando altitude rapidamente. No entanto, teve que lidar novamente com a cauda afiada do monstro, que quase o alcançou por duas vezes. Sem fôlego, Kulilin pousou no ringue, encarando o monstro mais uma vez.

"Finalmente ele está ficando cansado... Está quase acabado." pensou Tapion.

O monstro demorou a atacar. Isso deu a Kulilin tempo suficiente para estabelecer uma estratégia eficaz.

A criatura era ágil e poderosa. Nenhum ataque parecia capaz de atingi-la: ou o ataque era fraco demais e ricocheteava em seu corpo, ou o monstro se desmaterializava em fumaça para desviar do golpe. O monstro era controlado por Tapion, que dava as ordens. A questão era se neutralizar Tapion faria Hildegan desaparecer ou não... No entanto, seria necessário se aproximar o suficiente do músico, a quem seu monstro protegia efetivamente!

Kulilin teve uma ideia. Ele ergueu os braços para o céu. Hildegan atacou com o punho, mas Kulilin saltou para trás, esquivando-se do golpe que quebrou o ringue. Em seguida, estendeu os braços em direção a Hildegan. Um feixe de energia escapou dele, mas passou raspando o ombro esquerdo do monstro.

Yamcha, na área reservada para o Universo 9, como sempre com sua atitude sarcástica, não hesitou em rir da bala perdida:

— É isso, demorou mais do que eu esperava! Ele não consegue mais mirar! São os problemas da idade... Acho que não vou sofrer com esse tipo de coisa!

— Idiota — Videl xingou o companheiro, entendendo exatamente do que se tratava o ataque. — É o Kakusan Kienzan!

— Minha última tentativa! — Kulilin disse, fazendo com que sua explosão de energia detonasse logo atrás de Hildegan.

Desta explosão surgiram diversos Kienzan que giraram em direção ao gigante de diferentes ângulos. Como antes e como Kulilin esperava, Hildegan transformou-se em tornados outra vez. Son Gohan lembrou-se de algo, uma sensação de déjà vu. Ele tinha apenas cinco anos na época, mas Piccolo lembrava-se muito bem:

— É a mesma técnica que ele usou contra os Saibamen e os saiyajins.

— Boa técnica — confessou Vegeta. — Mas ela não me ajudou em nada naquela época. Se me lembro bem, o Kienzan quase derrotou o Nappa. Se Kulilin tivesse usado essa variação do ataque naquele momento, somente eu teria conseguido escapar.

— É raro ouvir elogios seus, Vegeta — disse Son Gohan, sorrindo.

— O anão é inventivo, admito isso — acrescentou o príncipe.

— É verdade — concordou Piccolo. — Em poucos meses, ele inventou várias técnicas. Neste universo, ele não apenas progrediu como um todo, mas também teve a oportunidade de aprimorá-las e combiná-las.

Piccolo também se lembrou do primeiro torneio em que participou para eliminar Son Goku e, posteriormente, conquistar a Terra. Ele enfrentou Kulilin e este lhe causou um pouco de dificuldade. Já naquela época, ele havia compreendido que conquistar a Terra não seria algo fácil. Hoje em dia, isso é algo que ele nem mesmo consideraria...

Ao contrário das encarnações anteriores da técnica que envolviam esferas ou explosões de energia, esses Kienzan pareciam ser autônomos. Depois de cortarem em vão o tornado na forma de Hildegan, eles fizeram meia-volta para atacar novamente. A perseguição contínua manteve o demônio em seu estado de vapor, não permitindo que ele se materializasse novamente.

Algo que Tapion também compreendeu rapidamente:

Ele irá aproveitar o fato de Hildengan estar em estado de fumaça para me atacar. Preciso agir...

— Kaioh-ken máximo!

Antes mesmo que o músico pudesse conceber um plano, Kulilin já estava em ação. Ele utilizou todos os recursos à sua disposição para ser o mais rápido possível. Sua velocidade era tão alta que Tapion sequer o viu se aproximar. O golpe que o atingiu no estômago veio com toda a força do anão e, apesar da aura que o protegia, ele engasgou e caiu no chão.

— Faça um favor a nós dois e permaneça assim por trinta segundos. — disse Kulilin. Embora as regras oficiais do torneio afirmassem que a pessoa teria que ficar inconsciente por trinta segundos, nem sempre era esse o caso. A #18 do Universo 14 havia sido apenas imobilizada por Yamcha quando os vargas decidiram iniciar a contagem regressiva.

"Eu não tenho experiência para esse tipo de luta..." Tapion pensou, com muita dor para se mexer. Ele engasgou, tentando recuperar o fôlego e voltar à luta antes que a contagem regressiva terminasse.

Felizmente, ele ainda podia contar com Hildegan. Subitamente, um pequeno redemoinho se materializou atrás de Kulilin, e a cauda afiada da criatura avançou em sua direção. Mesmo mantendo o mesmo nível de Kaioh-ken, o anão mal conseguiu se esquivar. Assim que o fez, mais um de seus Kienzan aproximou-se da cauda, forçando-a a se transformar novamente em fumaça.

Logo atrás dele, outro tornado se formou e um imenso punho emergiu dele. Depositando sua fé de que seu Kaioh-ken máximo seria capaz de suportar a pressão do golpe, Kulilin girou e bloqueou o soco. Seus braços absorveram o impacto, causando uma dor inexplicável e lançando-o para o alto. O próximo golpe, que veio diretamente atrás dele, finalmente o pegou desprevenido. O humano teve escassos segundos para forçar seu Kaioh-ken além dos limites habituais, pouco antes do impacto. Essa reação acabou por salvar sua vida, pois de outra forma o golpe teria sido instantaneamente fatal.

Lançado em direção ao ringue, Kulilin conseguiu recuperar o controle de seu corpo pouco antes do impacto. No entanto, outro dos imensos punhos de Hildegan estava se dirigindo em sua direção. Ele esquivou-se do golpe no último segundo, o que mais uma vez resultou em parte da arena sendo destruída.

O tempo em que ele podia manter o Kaioh-ken era curto, e o desgaste já afetava sua visão. Desta vez, quando a cauda de Hildegan se materializou atrás dele, ele sequer conseguiu vê-la. A cauda afiada atingiu-o com força nas costas, jogando-o contra o ringue, mas não o matando.

Com sua vontade de continuar lutando completamente esgotada, Kulilin finalmente caiu inconsciente. Enquanto Tapion estava em um estado terrível, ele permaneceu consciente. Um dos vargas confirmou o resultado da luta:

— Vitória de Tapion do Universo 3!

Apesar da vitória, o músico ainda estava decepcionado consigo mesmo.

"Essa foi por muito pouco, preciso encontrar uma estratégia mais eficaz...'

De fato, esse era apenas o seu primeiro adversário. Havia uma alta probabilidade de que as batalhas seguintes fossem mais difíceis... Começando por Cell, um ser capaz de regenerar partes do seu corpo como um lagarto.

Inconsciente, Kulilin foi cuidadosamente levado de volta ao espaço do Universo 9 por um organizador namekuseijin. Seus amigos o cercaram enquanto o namekuseijin concentrava sua mágia de cura. Em questão de segundos, seus ferimentos desapareceram e ele acordou.

Diferentemente de Tapion, ele estava realmente muito feliz com seu desempenho, apesar de sua derrota. Ele deu tudo de si no combate, apenas falhou em aproveitar uma oportunidade para inclinar a balança a seu favor. Kulilin não viu isso como um fracasso.

A partir de agora, Tenshinhan era o último competidor do Universo 9, que estaria enfrentando Buu do Universo 4...

Desenhado por:

BK-81       64 65

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