DB Multiverse

Capítulo 102

Traduzido por Virgílio212

— Então ele ainda está aqui?

Bujin demonstrou surpresa ao ver XXI outra vez. O velho não havia se mostrado desde o primeiro dia do torneio. A figura misteriosa havia se retirado logo após a chegada dos Universos 6 e 7. Bujin e seu grupo acreditavam que ele havia desistido da competição.

XXI carregava o semblante já de alguém bem velho. Para Bujin, era um absurdo imaginar que tal figura pudesse ser o mais forte em seu universo... Mas, baseado nas experiências até agora, este torneio revelou a ele que o impossível pode não existir neste torneio. Ele mesmo nunca teria apostado na existência de um grande marshmallow rosa!

Bujin estava relativamente próximo do famigerado XXI, mas não foi capaz de ouvi-lo pronunciar as breves palavras que acabara de sussurrar. Impulsionado por seu poder mágico, XXI voou em direção ao ringue. Lá, Vegetto já estava esperando por ele e, com um simples olhar, percebeu sua natureza:

"Um mago... Me parece um pouco tendencioso, meio injusto também. Minha melhor chance é eliminá-lo de uma só vez, sem dar-lhe o tempo necessário para fazer algo estranho."

É um fato que, em sua vida como patrulheiro intergaláctico (ainda que tenha sido apenas uma vez), Vegetto veio a conhecer todos os tipos de seres e criaturas. Até os mais poderosos guerreiros que ele veio a encontrar não apresentavam desafio algum para ele, e, mesmo quando veio a encontrar os inimigos poderosos pelos quais tanto ansiava... eles não lutavam!

O que Vegetto chamava de mago eram quaisquer adversários com poderes especiais que pudessem surpreendê-lo e até mesmo dar-lhes uma vitória fácil contra inimigos mais poderosos, caso estivessem despreparados. No passado, ele enfrentou feiticeiros que tentaram distorcer sua visão, sua noção de espaço, persuadi-lo através de magia e até mesmo tentaram hipnotiza-lo... Alguns foram capazes de colocá-lo para dormir por curtos períodos de tempo, tempo suficiente para prejudicá-lo em combate, mas não por mais de trinta segundos. Além disso, tentaram também criar alguns (defeituosos) clones dele e vasculhar sua memória para encontrar seus pontos fracos...

Dado tudo isso, ao enfrentar um oponente capaz de prever infinitas possibilidades, a única solução era atacar rapidamente para evitar qualquer truque sujo. Vegetto pretendia partir para a ofensiva imediatamente, sem enrolação alguma.

Assistindo abaixo, todo o Universo 16 parecia confiante. Vegetto era o herói de todos eles, o protetor de todo o universo. Alguém que nunca havia conhecido a derrota, ferido pela primeira vez um dia antes, contra Broly, o Lendário Super Saiyajin. Foi a primeira vez, em seus vinte anos de existência, que sofreu algo do tipo. Vegetto era uma celebridade tão grande que teve seu próprio desenho animado, transmitido em todo o seu universo. Não havia dúvidas quanto à sua vitória.

Para todos os milhares de espectadores ali presentes, Vegetto era uma aposta sem margem de erro devido à sua demonstração explosiva em sua luta anterior. Após sua vitória contra Broly, o louco do Universo 20, todos estavam ansiosos para ver sua performance contra XXI, alguém que ainda era completamente desconhecido por todos ali presentes. Para os outros competidores, esta luta permitiria analisar alguma falha em Vegetto para que pudessem explorá-la futuramente e, claro, mesmo que todas as apostas estivessem em Vegetto, descobrir um pouco mais sobre o famigerado XXI...

Vegetto já tinha seu ataque preparado (fazendo o mesmo que Son Goku na primeira rodada), quando XXI murmurou algo. Ninguém, nem mesmo os vargas com seus conjuntos de microfones ultrassofisticado, conseguiram ouvir uma única palavra dita.

Bra de repente ficou tensa:

— Eu me pergunto que tipo de poder ele... Hã?

Ela não tinha entendido o que tinha acontecido. Vegetto, um momento, estava de frente para XXI, e embora ela não tivesse piscado ou desviado o olhar por um momento, ele já não estava mais lá no outro. Ele tinha simplesmente desaparecido. XXI não havia atacado e nem Vegetto havia se teletransportado. Nenhum dos dois realizou um único movimento sequer. Ela olhou para Piccolo e Gohan, ambos tão confusos quanto ela.

— Vegetto desapareceu. Não conseguimos detectá-lo em lugar nenhum! — apontou um dos vargas presentes no centro de controle enquanto ele digitava em seu console.

— Maximize o alcance dos sensores! Executem uma varredura em todo o universo! — ordenou seu superior.

— Foi XXI quem fez isso. — um namekuseijin interveio. — Tenho certeza de que ele murmurou alguma coisa, algo que não fomos capazes de identificar mesmo aumentando o som das gravações ao máximo.

Entre os demais lutadores, estes questionavam-se:

— Hum, foi um golpe de sorte Vegetto ter o enfrentado antes de mim. — Buu do Universo sussurrou, sorrindo frente à situação.

— Para onde ele foi? Será que ele foi embora? — Trunks perguntou enquanto permanecia encarando o ringue, onde XXI ainda não havia se mexido nem um único centímetro sequer.

— Não sei dizer... Eu não entendi o que houve... — respondeu Uub.

Na percepção de Uub, Vegetto não havia se movido também. A mesma conclusão tinha sido atingida por seu mentor, Son Goku: nenhum dos dois havia se mexido.

— Vocês captaram alguma coisa? — Naurb perguntou a Eleim, que reproduzia as imagens pré-gravadas por sua armadura em seu visor.

— Nada! Ele simplesmente desapareceu! O único movimento captado, o único ruído gerado, é simplesmente do ar que se precipita no vazio formado pelo seu desaparecimento! Da forma que tudo aconteceu, seria possível concluir que Vegetto nunca esteve nem mesmo presente... que ele nunca existiu! Os únicos traços de sua existência são as marcas de seus passos deixadas no ringue.

Os trinta segundos que se seguiram foram os mais longos da história para todos presentes no Universo 16. Mas, ao final da contagem, Vegetto não tinha voltado.

— Eh... Já se passaram trinta segundos. XXI, uh... você ainda está consciente? — um Varga perguntou através dos alto-falantes.

— Mas é claro. — ele respondeu.

— Então... Você venceu.

A descrença geral tomou conta de toda a arena! Fossem os espectadores, os outros participantes ou até mesmo os organizadores, absolutamente ninguém esperava por tal fim para essa partida! Afinal, ela nem mesmo tinha começado!

Entre os espectadores, as reclamações voltavam a tomar conta. Muitas das partidas até agora não duraram muito ou, em outros casos, nem mesmo aconteceram. Estavam todos no limite da paciência. Mas, como alguém poderia prever tal acontecimento? Afinal, Vegetto havia participado de um combate de escala incomparável na rodada anterior.

Para os vargas, tinha sido outro fracasso. Todas as expectativas quanto a essa partida, supostamente uma das melhores, foram reduzidas a nada em questão de segundos!

Para os outros lutadores, tinha sido uma revelação: força física sem limites e um poder brutal não eram sinônimos de uma vitória garantida! Esta partida provou que Gast estava certo: poder não é tudo, magia e intelecto também são tão importantes quanto!

A surpresa e o espanto passaram, e Bra rapidamente se moveu para ficar dentro da área designada do Universo 5, seguida por Gohan. Depois de, aparentemente, sussurrar algo novamente, XXI voou lentamente de volta ao seu espaço, onde os dois saiyajins mestiços já o esperavam.

— O que você fez com seu oponente? — Gohan perguntou, com o punho cerrado.

— Os organizadores o trarão de volta no final deste torneio com as Esferas do Dragão. Por favor, deixem-me passar.

XXI permaneceu flutuando na frente deles. Quando Bra estava prestes a reformular a pergunta, Buu se aproximou à esquerda, entrando no meio da conversa:

— Não se preocupem, crianças, eu já entendi tudo.

Bra imediatamente respondeu:

— O que é que você quer dizer com “crianças”? Quero ver você dizer isso com meu punho na sua cara...

— Fique fora disso. — Gohan disse a Buu, interrompendo-a.

Enquanto XXI retornava ao seu apartamento, o Gênio respondeu a Gohan:

— Ei, estou do lado de vocês. Eu detectei uma distorção dimensional durante um único momento. Já digo que não foi algo fácil de perceber. De qualquer forma, Vegetto está preso. Tenho certeza de que ele não terá problemas para voltar, afinal, sei que ele sabe como sair dessa situação. Por agora, vamos esperar por ele.

— Distorção dimensional? — repetiram os dois filhos de Vegetto, juntos.

— Mas, se esse for o caso, talvez leve horas! — Bra exclamou.

— Quem sabe até mesmo dias! — Buu zombou de sua reação. — Pois bem... Quando ele voltar, pediremos uma revanche. Aquele não foi um movimento muito justo, não concordam?

— Com certeza! — Bra respondeu.

— Sua opinião sobre alguém muda muito rápido quando surge uma ideia que te agrada... — Gohan sussurrou para ela enquanto um pensamento determinado percorria sua mente: "Buu parece ter muita facilidade em te manipular, ou, quem sabe, estou apenas imaginando coisas?"

Memórias do dia anterior tomaram a mente de Gohan, quando Buu tentou absorver Broly. O Gênio era um oponente extremamente inteligente, poderoso e, acima de tudo, perigoso. Tratava-se de alguém que precisava ser vigiado e, em hipótese alguma, tratado como aliado, não importa o que viesse a acontecer. Com a ausência de Vegetto, cabia a ele manter tudo sob controle até seu eventual retorno. Também havia o ponto de que ele precisaria vigiar Bra... Os próximos minutos, horas ou até mesmo dias seriam bem cansativos para Gohan.

— Após essa estranha vitória, temos #18 do Universo 14 contra Arale do Universo 2! — um dos vargas anunciou pelos alto-falantes.

Goku, finalmente admitindo a derrota de Vegetto, disse:

— É, então é assim que acaba, Vegetto realmente foi eliminado. Isso nos dá uma chance de vencer, mas não posso mentir que estou um pouco desapontado.

Seu sentimento de decepção era visível a todos. Goku não era do tipo de abrir mão da chance de lutar com alguém mais forte que ele, principalmente em um torneio. Mas não lhe restava escolha nessa situação. Son Goku não se via vencendo tal combate hipotético, ou, no melhor dos casos, se via com chances mínimas de sucesso. Ele não tinha uma única vantagem se posto contra a força avassaladora de Vegetto. É verdade que ele havia melhorado nos últimos anos, e muito. Mas ele nunca se imaginou capaz de alcançar nem mesmo o poder de Vegetto na época em que enfrentaram Buu! O de hoje, então, do Universo 16, quão forte ele era? O quanto ele progrediu em todos esses anos?

— A vitória é nossa, isso aí! — exclamaram Goten e Trunks atrás dele.

Gotenks agora tinha um adversário e tanto a menos! Na cabeça deles, o único que lhes apresentava alguma ameaça era Buu. namekuseijins, saiyajins, ciborgues, gatos ou até mesmo humanos... Ninguém mais chegava perto do poder deles. Até Son Goku, usando o nível 3, não representava ameaça a fusão. Goten e Trunks tinham total certeza disso.

Já Cell, no espaço ao lado, estava reagindo a tudo de uma maneira totalmente diferente.

— Eu estou aliviado... Aliviado e ainda assim minha natureza Saiyajin implora pelo desafio! Eu me sinto um covarde! É insuportável. Ainda terei que melhorar muito durante esse torneio!

O olhar de Cell foi até o espaço reservado para o Universo 3.

— Tapion... não posso apenas vencê-lo. Preciso de um desafio... serei obrigado a deixá-lo tirar aquele monstro do bolso e só assim vencê-lo! E então... Kakarotto ou Vegeta? Kakarotto não mostrou um nível de poder maior que o de Son Gohan naquela época, ao contrário de Vegeta... Mas, não importa, qualquer um deles terá que melhorar muito para que eu tenha meu desafio!

No Universo 2, enquanto RoBo dançava, carregando uma aura estranhamente enérgetica, Senbei Norimaki enviou Arale para a batalha:

— Vá lá brincar de luta livre com a mocinha lá em cima!

— Hoyoyo?

— E então a traga até aqui, para que eu possa dar meus cuidados especiais a ela! — ele disse com um sorriso malicioso.

No espaço 9, por motivos mais nobres entretanto, outros interessados também ​​discutiam sobre a mesma pessoa:

— Você fez algum progresso com sua loira? — Kulilin perguntou a Yamcha.

— Nem um pouco. E pare de tirar sarro de mim, tenho certeza que você também se apaixonaria por ela.

Aproximando-se do amigo, com uma das mãos no casco de tartaruga que este carregava, curvando-se até sua altura, ele estendeu a mão à sua frente como se quisesse mostrar algo.

— Você a faria redescobrir sua humanidade, se recusaria a matá-la, e ela lhe daria um beijo na careca...

— Bobagem... De onde você tira essas ideias?

— Bem, acontece que, em outro universo, você realmente é casado com ela, vocês têm até uma filha. — Trunks interveio, aproximando-se dos dois mestres de artes marciais.

— Exatamente, peguei essa informação do pessoal do Universo 18... — Yamcha sorriu. — Esses dois ciborgues foram redimidos lá. Portanto, existe uma chance para esses aqui também....

— Ei? É verdade mesmo? — Trunks perguntou, surpreso. — Nosso Kulilin, casado?

— Hum, estou disposto a aceitar a possibilidade, mas não quero pensar muito nisso.

Voltando a analisar a cena de uma forma mais moral, Tenshinhan opinou filosoficamente:

— Essa luta poderá ser uma revelação para ela. Estamos diante de dois opostos: uma mulher que se tornou um ciborgue, extremamente cruel e que perdeu parte ou toda sua humanidade, diante de uma inocente e muito feliz garota que, apesar de ser totalmente artificial, parece muito mais humana que ela própria.

As duas crias da robótica agora se encaravam frente a frente no ringue.

— Será que ela fará o paralelo, encontrando na incerteza dessa situação a semente de esperança que lhe faltava?

— Vamos lá, garotinha, eu vou apagar esse sorriso bobo da sua cara! — gritou #18, cerrando os punhos.

Tenshinhan ficou sem palavras, Yamcha, entretanto, tentou confortá-lo:

— Não é tão fácil assim, hein?

No ringue, Arale avançou alegremente em direção a sua oponente, com os braços perpendiculares ao corpo e imitando o som de um motor de carro. #18 não se deixou distrair, acertando um chute em cheio na garota. Arale voou como uma bola de futebol pelos ares. A garota estava pasma. Foi #18 quem partiu para cima dessa vez, voando e aparecendo logo acima dela no ar para desferir um golpe poderoso com suas duas mãos unidas. Atingida em pleno voo, Arale foi arremessada em direção ao ringue, onde caiu com um estrondo.

— Quem diria, já acabou! — disse a ciborgue depois de alguns segundos.

Mas, contrariando as expectativas de #18, Arale saltou de dentro da cratera, como se nada tivesse acontecido. Então ela colocou suas palmas sob o ringue e...

"O impossível está acontecendo de novo!" Bujin pensou.

Em um instante, Arale ergueu todo o ringue acima de sua cabeça! Tratando-o como um simples balão abaixo de seus pés, ela o ergueu sem causar nenhum dano ao mesmo, desafiando completamente a gravidade artificial criada pelos vargas. Muitos, até parte dos competidores, se convenceram erroneamente de que aquilo se tratava de uma ilusão.

Arale arremessou o ringue acinzentado na direção de #18, que não foi capaz de se esquivar. Lançado com uma força incrível, o ringue atingiu uma das enormes esferas de gás que formavam o cenário artificial do torneio. No entanto, inexplicavelmente, a esfera tornou-se sólida pouco antes de ser atingida pelo ringue, prensando #18 entre ambos. Além disso, alguns espectadores juraram ter visto rostos aparecendo em ambas as esferas...

Buu estava surpreso:

— Isso é incrível! Ela é capaz de distorcer totalmente a realidade! É superior até que à minha própria magia... e ela está fazendo tudo isso inconscientemente! Eu... eu preciso absorvê-la! Com tanto poder... serei absolutamente invencível! Não... não, isso não iria funcionar... Algo me diz que eu não teria sucesso com essa ideia... O Universo 2 é muito diferente do restante... De onde é que ele surgiu?

Arale caiu de pé no chão, enquanto #18 se chocou contra o mesmo. Lentamente, o ringue também retornou ao seu lugar original (sem nenhuma explicação científica coerente...).

Cell se questionou:

— Ela também é uma humana artificial? Maldito seja sua falta de visão, Dr. Gero! Se você ao menos não fosse tão cabeça dura, teria me permitido absorver outros seres além dos ciborgues! Com tanto poder... eu não teria sido apenas o lutador mais forte do presente, eu também seria o do passado e do futuro também! Teria me tornado um ser além da perfeição!

— Você caiu para fora do ringue. Você perdeu, madame! — Arale disse à ciborgue que acabara de se levantar dolorosamente após a queda.

— Sua cretina! Você também está fora do ringue! Além disso, é permitido! — ela disse, corrigindo-a. — Eu vou arrancar sua cabeça!

— Assim?

Com um "clique", Arale pegou sua cabeça entre as mãos e simplesmente a ergueu! #18 caiu para trás, chocada.

— Você deve saber como fazer isso também! — exclamou a pequena depois de colocar sua cabeça de volta no lugar.

— Você é completamente maluca, não é? Desta vez eu vou acabar com você!

#18 avançou contra a pequena e, com força total, acertou um soco diretamente em seu estômago. O choque do golpe foi violento, mas sua oponente não se mexeu um centímetro sequer...

— Hein, você não quer brincar mais? — perguntou Arale, que parecia não ter sentido nada.

— Essa anãzinha, não consigo fazer nada contra ela... Então aquele cara estava certo? Minha energia não é infinita? Eu estou descarregando? — #18 se perguntou, olhando para o punho.

— Mas o que diabos você está fazendo?! — um grito energético veio de seu irmão gêmeo no Universo 14. — Acabe logo com ela!

— Eh, Senhor... — um Varga disse timidamente atrás de #17. — Você não pode ajudar outro competidor de qualquer forma que seja.

— Eu não estou ajudando ela, estou gritando com ela! Cretino de merda!

A resposta fez o Varga de cor azul recuar alguns metros, um pouco assustado.

Arale perguntou a #18:

— Oyoyo... Ficou sem energia? Eu também tenho esse problema com muita frequência. Além disso, já está na minha hora de recarregar. — disse Arale, mostrando uma mamadeira em sua mão esquerda.

Ela a levou até aos lábios... e então, a garrafa falou:

— Estou vazia!

Agora, assim como alguns minutos atrás, parte dos espectadores, e dos competidores também, estavam convencidos de que tinham visto um rosto na mamadeira.

Arale não se mexeu, permanecendo na exata mesma posição. #18 se aproximou, acenou com a mão na frente dos olhos da mesma e a empurrou. Fazendo-a cair de costas contra o chão.

— Arale não se moveu por trinta segundos. #18 é a vencedora!

— A garrafa estava vazia? Mas quem poderia... — Senbei se perguntou.

Atrás dele, RoBo, um robô presente entre os membros do Universo 2, continuou a dançar alegremente:

— Eu me sinto ótimo! Estou pronto para continuar replantando florestas por mais quatrocentos anos!

No Universo 18, Piccolo comentou:

— Sua derrota se deu por azar, mas seus poderes são incríveis! Ela com certeza poderia apresentar ameaça a inimigos muito mais poderosos! Se ela vivesse em nosso universo, ela poderia ter esmagado Cell! Ou até a mim mesmo, anteriormente, quando ameacei a Terra! Tudo teria sido diferente se ela estivesse lá...

— Na verdade, ela também existe em nosso universo! Eu a conheci há muito tempo.

— Co-Como é? Mas... Mas... Mas se ela estivesse na Terra, eu não teria perdido meu braço contra o Raditz! E... E nós teríamos derrotado Nappa e Vegeta com muito mais facilidade ao invés de todos serem mortos um por um! E... E então... em Namekusei ela teria resolvido tudo muito mais facilmente! E... E... você nem mesmo teria morrido contra o Cell! Então contra Majin Buu ela... Oh, céus, não podemos deixar Buu absorvê-la, de forma alguma!

— Ei, se acalma! Respira fundo! Afinal de contas, nós nos saímos muito bem sem a ajuda dela, não é?

Piccolo ficou em silêncio por um bom tempo, muito atordoado para responder qualquer coisa.