DB Multiverse
DBM Universo 4: Buu
Escrito por Arctika
Adaptado por Shadow the Hedgehog
Este comic está em pausa. A continuação virá em breve...
Parte 1 :0
Parte 2 :123456
Parte 3 :78910111213
Parte 4 :14151617181920
CAPÍTULO 3
Traduzido por João Vitor
Majin Buu se atirou sobre os deuses rindo sadicamente, em um estado de êxtase. Os deuses assumiram uma posição de combate. O Grande Kaioh-shin deu um passo para trás e cruzou os braços, sem vontade de se envolver.
Os do Sul, Leste e Oeste avançaram sobre Majin Buu, colidindo com o Gênio em uma forte onda de choque. No entanto, mesmo três contra um, apenas o Kaioh-shin do Sul conseguiu enfrentar o monstro. Os outros dois foram empurrados para trás pelo impulso do confronto, rolando sobre si mesmos várias vezes, espatifando-se no chão. A deusa do Oeste estava muito enfraquecida para ter esperanças de suportar o choque. E mesmo no seu melhor, ela também teria sido jogada como um galho na tempestade.
O deus do Sul, longe de se intimidar, agarrou Majin Buu pelos ombros e deu uma violenta cabeçada no Gênio que lançou um jato de saliva caindo para trás. Mas, longe de ser nocauteado, ele respondeu, usando sua crista como um chicote para dar um forte tapa em seu oponente, que perdeu o equilíbrio. Estendendo a mão, Majin Buu jogou um Kikoha forte que atingiu o colosso de frente, enviando-o valsando para o outro lado do Kaioh-shin-kai.
O Kaioh-shin do Leste tentou atacá-lo, mas Majin Buu o recebeu com um chute forte no abdômen, que deixou a divindade sem fôlego. No espaço de um segundo, o Gênio desferiu dezenas de golpes rápidos no corpo do deus antes de enviá-lo com uma cabeçada em uma rocha próxima, que se espatifou.
Enquanto ele o perseguia, os do Norte e Oeste entraram em cena e novamente tentaram uma combinação de equipe. O deus do Norte lançou sua espada contra Majin Buu, que mudou seu corpo para deixar um buraco no peito, por onde a espada deslizou. A Kaioh-shin do Oeste então assumiu o controle da arma e repentinamente a puxou de volta. Pego de surpresa, Majin Buu foi decapitado, com a cabeça caindo no chão. Ele pareceu surpreso enquanto seu corpo tentava tocar na cabeça perdida, acima dos ombros.
–Está na hora! Vamos lá! gritou a Kaioh-shin do Oeste .
Os dois deuses correram em direção ao monstro, canalizando todo o seu poder para pulverizar o corpo de Majin Buu. Foi então que a cabeça do Gênio no chão sorriu antes de abrir sua boca, enviando um poderoso feixe de energia que perfurou o peito da Kaioh-shin do Oeste. Ela se balançou para trás, um fio de sangue voando pelo ar. O Kaioh-shin do Norte mal teve tempo de desviar o olhar horrorizado com a perda de sua camarada, quando o corpo de Majin Buu estava acima dele, com as mãos cruzadas para baixo. Sem esperar, o corpo rosa enviou uma onda de energia a curta distância que pulverizou o Deus do Norte, sem deixar rastros.
Quando ele conseguiu sair dos escombros, o jovem Kaioh-shin do Leste viu Majin Buu reformar sua cabeça de volta sobre os ombros, antes de estender a mão para a Deusa do Oeste e desintegrá-la de vez.
–Não! gritou o jovem deus, desesperado.
Bibidi se aproximou de seu escravo, muito feliz. Um pouco mais adiante, o Grande Kaioh-shin estava quieto e silencioso. Seu rosto denunciava grande raiva, mas também apreensão. O líder dos Deuses nunca se envolveu numa luta. Ele sempre depositou sua confiança em seus companheiros.
Não que ele fosse incapaz de lutar, mas isso não estava em sua natureza nem em seu papel. Durante essas centenas de milênios, os Kaioh-shins não enfrentaram ameaças sérias e não estavam excessivamente preocupados com os perigos do mundo debaixo. Ele próprio se dedicava principalmente à tomada de decisões, mas nunca havia investido pessoalmente em nenhum projeto ou luta. Ele estava apenas administrando. Essa era a alçada do líder dos deuses.
E agora seus companheiros estavam morrendo um a um, e ele estava se amaldiçoando por dentro. O maior perigo do universo estava vagando livremente pelo reino sagrado dos deuses e prestes a acabar com tudo. Ele precisava encontrar rapidamente uma maneira de neutralizar o Majin Buu.
–E então, Kaioh-shin? Bibidi apostrofou em tom de deboche. O que você vai fazer? Meu escravo é muito mais forte do que você. Você já me atrapalhou o suficiente! Majin Buu, acabe com aquele magricela!
O Gênio olhou na direção do Kaioh-shin do Leste, trêmulo. No entanto, Majin Buu preferiu virar para o outro lado e voou para longe. Bibidi gritou, chocado:
–Ei, o que está fazendo, idiota? Vá matá-lo, obedeça, droga!
Não.
Ele não quis.
Ele havia guardado o melhor para o final.
Era hora da sobremesa.
Uma sobremesa de força bruta.
Em um clarão, o Kaioh-shin do Sul apareceu, correndo em direção a Majin Buu, que se preparou para recebê-lo. O deus tinha sido atirado para longe pelo ataque do monstro, e sentiu as energias de seus companheiros morrer. Ele estava furioso e ia fazer Majin Buu sofrer por seus crimes. Com o cotovelo para frente, ele investiu contra o corpo do Gênio, que foi varrido pelo ímpeto de seu inimigo. Enquanto voava pelo ar como uma folha de papel dobrada ao meio por um forte galho, ele gritou em um tom de dor fingida:
–Buu!
O Kaioh-shin do Sul bateu com ele em uma pedra imponente que desabou com o choque, o barulho ecoando por todo o vasto mundo divino.
Bibidi esbugalhou os olhos assustados. Por quase trinta segundos, nada aconteceu. O Grande Kaioh-shin aproveitou a oportunidade para ajudar o jovem Kaioh-shin do Leste a sair debaixo das pedras. Eles olharam para o monte de entulho, preocupados. De repente, os dois lutadores saíram, explodindo as pedras espalhadas. O som de seus punhos se chocando ecoaram pelo mundo divino. A luta foi incrivelmente violenta. Na velocidade da luz, o Kaioh-shin do Sul e o Majin Buu travaram uma disputa frenética. O corpo do garoto rosa estava deformado de uma forma burlesca, mas isso não o impediu de responder golpe por golpe. O deus colossal, por outro lado, estava começando a sangrar em seu rosto e suas roupas estavam rasgando. No entanto, após três minutos de luta intensa, nenhum dos dois havia perdido força ou resistência.
Jogado para trás por um chute, Majin Buu esticou o corpo como um parapente para pousar, as marcas do confronto se dissipando em seus músculos. Ele agarrou seu ombro direito com a mão esquerda e torceu o braço, esmagando os músculos do pescoço, enquanto caminhava para frente de forma relaxada, rindo maliciosamente.
Quanto ao Kaioh-shin, embora não parecesse cansado, não sabia bem o que fazer. Ele era sem dúvida o ser mais forte do Universo. E, no entanto, esse garoto não foi afetado por seus ataques e respondeu com igual força. Ele não havia perdido nada de energia! O deus cerrou os dentes, tentando pensar em uma estratégia.
Foi então que a voz do Bibidi os alcançou:
–Pare de se divertir, Majin Buu! Vá direto ao ponto, mate-o agora!
–Q...Quê? exclama o Kaioh-shin, espantado.
Divertir? Foi apenas um aquecimento?
Antes mesmo de saber o que estava acontecendo, o deus recebeu um chute surpreendente de seu oponente. Ele não tinha como prever isto. O corpo do Kaioh-shin voou para o alto, mas ele conseguiu se recompor. Mais adiante, Majin Buu fez um gesto grosseiro, com a perna plantada no chão. Este monstro era um verdadeiro gênio do combate, e seus ataques imprevisíveis e grotescos provaram ser extremamente eficazes...e perigosos.
–Criatura vil! amaldiçoou o Kaioh-shin do Sul, avançando contra ele. Eu vou destruí-lo!
Formando um Kikoha em sua mão direita, ele viu seu inimigo plantar sua perna no chão com um movimento rápido. Com seu braço esquerdo, ele atingiu Majin Buu, que evitou o ataque, enquanto bloqueava o pé do Gênio emergindo do chão. No entanto, o monstro também formou um Kikoha na palma da mão livre. Ambos os oponentes simultaneamente estenderam a mão e atacaram. Uma grande bola de ki se formou entre eles, separando-os por vários metros, as pernas firmemente plantadas no solo que haviam acabado de cavar. Cada um trouxe seu segundo braço para obter mais energia. Agora era uma questão de dominação.
Nenhum deles cedeu um centímetro. As suas energias foram continuamente chegando, construindo-se mais e mais pressão. Mas a diferença estava sendo sentida. O Kaioh-shin estava suando e tremendo, enquanto Majin Buu estava em êxtase.
Isso é o que ele estava procurando!
Um verdadeiro confronto!
O prazer de lutar! A alegria da verdadeira resistência!
O poder empregado pelos dois guerreiros foi tal que todo o planeta dos Kaioh-shins foi violentamente abalado. Bibidi se isolou em seu escudo em pânico enquanto o Grande Kaioh-shin e o do Leste se esforçavam para se equilibrar. Raios brilharam no céu agora escuro da terra sagrada.
Majin Buu estava se divertindo muito, mas estava começando a ficar entediado. O inimigo titânico não queria deixá-lo ir. Ele gostava disso, mas queria vê-lo sofrer, e perecer sob seus ataques. Era hora desse inseto entender seu lugar. Utilizando sua força total, a onda de energia de Majin Buu gradualmente engoliu a de seu oponente e o atingiu de frente. O assustado Kaioh-shin mal teve tempo de converter sua energia em um escudo defensivo e cruzar os braços na frente dele.
A onda de Ki voou para o céu e se perdeu no espaço. O Grande Kaioh-shin protegeu o jovem deus atrás dele enquanto Bibidi voava na esteira do ataque, soltando gritinhos assustados.
Lentamente, a paisagem se revelou depois do ataque, mostrando o Kaioh-shin do Sul, um joelho no chão, suas roupas carbonizadas, seu corpo coberto de sangue. Ele cuspiu um jato de líquido vermelho com o olho esquerdo semifechado.
–Cof…, ele tossiu. Não achei que ele pudesse ser tão forte. Mas ei...Eu também, eu posso fazer isso…
Majin Buu avançou novamente, parecendo alegre. Bibidi foi empurrado para longe, mas isso não era problema dele. Agora ele iria torturar este brinquedo e torná-lo seu lanche. Do seu ponto de vista, estava tudo acabado e nada mais poderia se opor a ele.
Foi então que o Kaioh-shin do Sul trouxe sua aura ao máximo. Majin Buu fechou uma pálpebra, intrigado. Este homem ainda poderia trazer-lhe dificuldade?
O deus cruzou as mãos à sua frente, os dedos dobrados de forma que quase ficaram grudados uns nos outros. Uma intensa bola de Ki cercada por raios de repente se formou entre eles. Majin Buu foi imediatamente dominado por arrepios.
O que...O que foi?
Essa sensação?
Este ataque...Ele podia sentir isso, era…
Perigoso!
–Hehe…, disse o Kaioh-shin, concentrando-se apesar do sangue escorrendo em seus olhos. Desta vez é tudo ou nada. Vou mandar tudo o que me resta!
–Não faça isso! exclamou o Grande Kaioh-shin à distância. Neste seu estado, você pode morrer!
–N...Não! acrescentou o ainda fraco Kaioh-shin do Leste. Já perdemos muitos dos nossos!
–Não tenho escolha, respondeu o deus do Sul enquanto sorria. Se eu não o impedir, o universo estaria condenado. Conto com vocês para cuidar dele. Treine, Kaioh-shin do Leste. Proteja-o!
Com isso, ele soltou um grito feroz ao enviar seu ataque final. A onda de energia foi direto para Majin Buu, que estava paralisado.
Não era possível!
Não, ele não poderia ser mais forte!
Se este era o caso...Se ele havia realmente sido superado…
ELE TERIA QUE LEVAR TUDO!
Algo aconteceu em Majin Buu, sob o efeito dessa nova emoção de medo. A fórmula que o criou nunca levou em conta esse sentimento desnecessário, porque Bibidi não precisava de um soldado sensível ao pânico. Mas algo explodiu em Majin Buu. Algo comum a todos os seres que respiram e têm pensamentos, mesmo os insanos.
O instinto de sobrevivência.
No momento em que o ataque entrou em contato com ele, ele se dispersou em centenas de pequenas partículas rosas. Os Kaioh-shins ficaram pasmos. Enquanto muitos dos pedaços do Gênio foram desintegrados pelo ataque, os restantes voaram rapidamente para o Kaioh-shin que, exaurido de sua força e ímpeto, viu-se incapaz de pensar, muito menos de reagir. Os fragmentos de Majin Buu cobriram seu corpo e o esconderam da vista de seus companheiros. O Kaioh-shin do Leste, aterrorizado, disse:
–O que ele está...tentando fazer?
–Não pode ser..., o Grande Kaioh-shin sussurrou, incapaz de encontrar suas palavras.
Gradualmente, o corpo do monstro tomou forma. Mas não a do garoto neurótico que ele era a um minuto atrás. Ele havia se tornado um verdadeiro mastodonte de músculos sobrepostos, do mesmo tamanho do Kaioh-shin que acabou de destruir. Seu rosto ainda tinha uma expressão um pouco confusa, mas ele parecia menos...selvagem. Sua crista havia crescido também, e não apenas um pouco.
Bibidi reapareceu com as roupas amarrotadas. Quando ele viu o Majin Buu, ficou surpreso e maravilhado.
–Majin Buu? É você ? Inacreditável ! Você parece tão forte! O que você fez ?
–Mestre…Bibidi? disse o colosso, olhando para o mestre e depois para as suas mãos.
–Você...você fala? Respondeu Bibidi, chocado.
Mais adiante, o Grande Kaioh-shin estava pensando a toda velocidade. Este Majin Buu era definitivamente uma criatura de tirar o fôlego. O reflexo de sobrevivência que ele sentiu o fez absorver seu oponente. E aparentemente o resultado foi incrível. O Gênio havia herdado as características do Kaioh-shin. Sua força havia aumentado, seu físico se adaptou de acordo e ele parecia ter ganhado intelecto, sendo capaz de falar agora.
O líder dos deuses viu nele um potencial ilimitado de evolução. Em seu estágio atual, Majin Buu era claramente invencível. A única maneira de o dete era fazê-lo regredir. Torná-lo uma boa pessoa.
E só havia uma maneira de fazer isso.
Enquanto Bibidi pulava de alegria com a evolução de seu servo, este estava bastante dividido. Ele fixou seus olhos escuros no mago, que parou, confuso.
–Eu quero...lutar. Eu não tenho nenhuma intenção...de lhe obedecer.
–O que disse? Indagou Bibidi, indignado com as palavras de Majin Buu. Eu o criei, agora que você entende o que estou dizendo, vai fazer o que eu digo! Se você se opuser a mim, vou selá-lo no globo onde você nasceu! É isso que você quer ?
Majin Buu se lembrou da escuridão onde ele estava na primeira vez que acordou e da sua incapacidade de fazer qualquer coisa, e isso o deixou em profundo terror. No entanto, seus instintos assassinos eram onipresentes em sua mente. Ele tinha acabado de adquirir um poder incomensurável e tudo o que queria era desabafar.
Um choque veio incomodá-lo pelas costas, fazendo-o cambalear ligeiramente. Irritado, ele se virou e viu esse Kaioh-shin gorducho, com a mão estendida em sua direção. Atrás dele, um inseto se sentou com dificuldade, em um estado lamentável.
–Se você quer lutar, criatura, eu sou seu adversário! Aproxime-se! exclamou o gordinho.
–O que está fazendo, Grande Kaioh-shin? Questionou o Kaioh-shin do Leste, assustado.
“Escute-me.”
O jovem Kaioh-shin parou de se agitar, interpelado pela telepatia de seu líder. Enquanto Bibidi gritava para Majin Buu correr direto para eles, o Grande Kaioh-shin disse:
“Vou tentar alguma coisa. Não sei se isso vai dar certo, mas se funcionar, Majin Buu não será mais uma ameaça e será possível vencê-lo. Confio o restante a você. Aconteça o que acontecer, eu confio em você.”
“O que você está dizendo? Não está planejando se sacrificar, está?”
O Grande Kaioh-shin exibiu um último sorriso radiante para seu companheiro antes de se virar, enfrentando seu destino, imperturbável apesar dos apelos do jovem Kaioh-shin. Enquanto Majin Buu corria como uma besta furiosa em sua direção, ele abriu a boca e criou uma grade de Ki que colidiu com Majin Buu, cortando-o em milhares de pedaços sem esforço.
Mais uma vez, o instinto de sobrevivência tomou conta da mente do monstro.
A morte havia se aproximado dele novamente.
Não era um grande poder, mas se ele não tomasse cuidado, poderia morrer facilmente.
Ele envolveu seu corpo gelatinoso ao redor do gordo, sem deixá-lo escapar. O Kaioh-shin do Leste gritou:
–Não!!
“Adeus.”
Esta última palavra proferida por seu líder quebrou a conexão mental com ele, desaparecendo abruptamente. Aconteceu um segundo antes de Majin Buu o absorver. Portanto, o Grande Kaioh-shin havia feito algo antes. E o Kaioh-shin sabia disso, podendo concluir que: o Grande Kaioh-shin havia destruído seu próprio cérebro.
Devastado, ele conseguiu se esconder sob os escombros enquanto Majin Buu passava por uma nova transformação. Bibidi havia esquecido totalmente que ainda havia um último sobrevivente. Ele estava completamente obcecado com o que estava acontecendo na frente de seus olhos perplexos.
Gradualmente, Majin Buu assumiu uma nova aparência. Vestido com luvas brancas e uma grande capa roxa, sua robustez aumentou dez vezes, semelhante a um enorme balão. Seu rosto rechonchudo denunciava uma alegria juvenil indisfarçável. Sua crista havia voltado ao tamanho correto, mas não era o psicopata sanguinário de uma hora atrás.
–Buuu! gritou o novo ser feliz, saltando no ar.
Enquanto ele se divertia posando, Bibidi ficou pasmo. Onde estava seu monstro com fome de carnificina devastadora?
–É...é você Majin Buu? Eu mal o reconheço!
Majin Buu se empinou de cabeça para baixo com sua mão tocando o solo, em seguida, caiu de bunda, tremendo a terra próxima. Bibidi se sentiu sacudido por todas as partes.
–Está quase na hora de comer! Eu estou com fome! Majin Buu exclamou, olhando para Bibidi de maneira ingênua e jovial.
–Hã? O mago se perguntou, cada vez mais confuso. Bem...devo ter alguns bolos espalhados pela minha casa, mas…
–Bolos? Isso é bom ? Majin Buu perguntou com entusiasmo.
–É...sim! Bibidi respondeu, entrando no jogo. Tenho certeza de que você vai adorar! São comidas deliciosas!
–Nham! aplaudiu o Gênio, lambendo os lábios.
–Vou lhe dar cinco bolos por refeição, meu caro Majin Buu. Em troca, você terá que fazer absolutamente tudo que eu disser. Entendido?
–Sim! ele respondeu, curvando-se, um sorriso babado nos lábios.
O inocente Gênio começou a correr, brincalhão. Ele não viu o sorriso doentio no rosto do mago. Este último estava certo de uma coisa: a energia maligna que havia criado seu escravo ainda estava presente nele. Sua força não parecia ter diminuído muito, ele ainda era extremamente formidável. Ao invés de ter uma criança desobediente na maior parte do tempo, ele agora tinha uma criança sem cérebro, mais inocente, mas acima de tudo mais facilmente controlável. Ele não achava que um deus tão importante como o Grande Kaioh-shin produziria tal efeito de burrice. No final das contas, isso prova que essas divindades eram realmente burras. Literalmente.
Invocando um círculo de teletransporte, Bibidi desapareceu com seu escravo, na direção de algum outro planeta. Esquecendo completamente o Kaioh-shin do Leste escondido atrás de uma rocha. Em lágrimas. Lamentando sua impotência e seu desespero.
Quatro anos depois.
Bibidi acabou de fazer uma parada em um pequeno planeta quase todo coberto de água, escondendo sua nave da vista dos primatas que habitam este mundo.
Durante os últimos meses, ele só conquistou e subjugou mundos um após o outro, com a ajuda de seu servo. Majin Buu era incrivelmente eficiente enquanto era alimentado. A ascensão de Bibidi foi tal que ele produziu vários clones de si mesmo para administrar vários mundos que se submeteram a ele. Seus clones eram muito menos poderosos do que ele e não possuíam todo o seu conhecimento. Mas isso era uma coisa boa: assim nenhum deles pensaria em derrubá-lo.
Desde a queda dos Kaioh-shins, o feiticeiro tem cumprido os desejos do seu coração. No entanto, ele estava começando a se cansar um pouco. Na verdade, Majin Buu estava ficando cada vez mais irritante e exigente. Aos poucos, ele foi agindo por conta própria, da mesma forma que antes. Transformou populações inteiras em guloseimas, reduziu capitais desenvolvidas cinzas quando tinham grande potencial tecnológico e, por vezes, até se recusou a obedecer às ordens do Bibidi, a pretexto de que queria se divertir, ou mesmo de que só não queria.
É por isso que Bibidi veio a este planeta, habitado por uma espécie fraca e pouco evoluída, neste sistema planetário perdido da galáxia do Norte. Pois aquele descanso que estava prestes a realizar, expondo-o assim ao perigo, não seria encontrado por nenhum inimigo.
Ele explicou detalhadamente a Majin Buu que possuía um feitiço capaz de o selar na esfera que serviu para sua criação. O Gênio não entendeu imediatamente. Ele não tinha ideia de que o que se seguiria causaria um trauma real nele. O monstro que ele foi no passado pode não ter ficado indevidamente chocado com sua prisão forçada, mas Majin Buu se tornou uma criança brincalhona e curiosa, sensível e emotiva. E ele iria passar por uma situação horrível: solidão, silêncio. A escuridão.
Quando Bibidi invocou seu feitiço, Majin Buu se viu imediatamente selado. Por alguns momentos, ele olhou em volta, mas não viu nada além de escuridão. Aos poucos, as perguntas deram lugar à dúvida, depois ao medo. Ele não conseguia se mover, como se estivesse paralisado. Não ouvindo nada, ele entrou em pânico e gritou. Ele chamou Bibidi, seu mestre que estava cuidando bem dele, para salvá-lo e tirá-lo dali. Por horas, depois dias, ele ficou lá gritando e gemendo. Finalmente, exausto, adormeceu, mas não sem guardar um certo ressentimento por quem o abandonou...
Depois que Bibidi selou Majin Buu, o mago sentou-se por um momento em uma rocha próxima, olhando cansado para a bola mágica.
–Desculpe, Majin Buu, mas eu preciso de um pouco de fôlego. Vou ficar neste mundo para descansar um pouco, vou liberar você em algumas semanas. Até então, você vai dorm-
Sua frase interrompida. Uma mão de repente o agarrou pela garganta e o ergueu no ar. Olhando para baixo dolorosamente, ele reconheceu um daqueles odiosos Kaioh-shins. Impossível! Sobrou um sobrevivente?
Atrás do Kaioh-shin estava um gigante de corpo vermelho e longos cabelos brancos, vestindo o mesmo traje divino. Ele supervisionou a prisão do Majin Buu com desconfiança.
–Minha informação era confiável, Mestre Kaioh-shin. O mágico prendeu o monstro, como tínhamos ouvido.
–Perfeito, respondeu o Kaioh-shin do Leste, olhando furiosamente para Bibidi. Você nunca deveria ter selado seu escravo, bruxo. Eu me livrei de todos os seus clones. Só sobrou você. Acabou!
–N… Não…, Bibidi disse enquanto o ar se recusava a entrar em seus pulmões.
Ele não conseguia falar, muito menos recitar a fórmula de libertação de Majin Buu. Este foi realmente o fim de seu reinado?
Não...Ele podia perceber, sua dinastia ainda não estava extinta...Seu último clone, seu filho...Recém-nascido em seu covil…
Ele deu um último sorriso provocador ao seu carrasco que, tomado com uma fúria intensa, decapitou Bibidi e pulverizou seu corpo decepado sem aviso.
O Kaioh-shin recuperou a compostura após alguns momentos, saboreando a realização de sua vingança. Embora o rancor não fosse da natureza dos deuses, parecia doce naquela hora. Ele se virou para Kibito, seu servo. Este último nasceu logo após a morte de sua família, como um sinal de que o universo veio dar uma mão ao último dos Kaioh-shins. Tornando-se seu aprendiz, Kibito era capaz de se teletransportar para qualquer um dos mundos debaixo e também curar os feridos. Seu papel era servir ao Kaioh-shin do Leste e também zelar pelo universo.
Os dois deuses olharam para a esfera de Majin Buu, da qual um enorme poder negativo ainda emanava.
–O que faremos com ele? Perguntou Kibito. Devemos tentar destruí-lo?
–Não necessariamente, disse o Kaioh-shin após uma breve reflexão. Não acho que conseguiríamos. Arriscaríamos também libertá-lo e nós morreríamos. Não, temos que garantir que ele permaneça em sua bola, para sempre. Vamos deixá-lo neste mundo. Os humanos que vivem aqui não conseguem nem andar sobre duas pernas. Não há risco de eles o encontrarem.
–Neste caso, temos que escondê-lo onde nunca poderão achá-lo.
–Exatamente.
Foi assim que o Kibito e o Kaioh-shin do Leste esconderam o casulo do Majin Buu dentro de uma alta montanha, onde os homens nunca o encontrariam, não pouco astutos como eram. Bibidi era o único que sabia abrir o casulo, então não havia risco de deixar Majin Buu trancado aqui. Pelo menos, é isso que os deuses acreditavam.
Cinco milhões de anos depois, o Kaioh-shin do Leste entenderia a gravidade do seu erro, ignorante do fato de que Bibidi tinha um filho, e que este nunca deixaria a morte de seu pai sem punição, e que ele também encontraria o casulo, iria escondê-lo em sua nave oculta para abri-lo novamente, e liberar a criatura mais forte de toda a criação no mundo...
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