DB Multiverse

Traduzido por Henrique

Revisão por Virgílio212

O charme não durou… Ele nunca durava.

A dura realidade varreu tudo para longe em um segundo quando a voz de 17 soou.

“Fim do intervalo!”

Kulilin e Yamcha pensavam. Intervalo?! Será que as provações nunca chegariam ao fim? Ei! Mas depois de tudo, ainda tinham tempo… esperança… vida… ainda… Embora, com esses psicopatas, eles tinham que estar prontos para qualquer coisa. Eles poderiam exclamar uma pausa e ainda matar um deles no próximo segundo. Era melhor não correr qualquer risco.

Sem consultar o outro, tendo aparentemente o mesmo raciocínio, os dois amigos decolaram juntos sem qualquer aviso. Os gêmeos olharam-nos indo mais alto do que onde eles estavam.

Eles tiveram que criar distância, não podiam deixá-los chegar muito perto, esta era a melhor coisa a fazer se quisessem sobreviver. Nem Kulilin, nem Yamcha estavam em posição de continuar com um combate tão duro. Mas com alguma distância entre eles, poderiam ser capazes de prever seus ataques, ficar perto um do outro e adicionar uma força em comum às suas defesas.

Eles não poderiam estar mais errados! Mas tinham eles alguma outra escolha sobrando?

Provavelmente não. O fato é que em breve, os dois amigos terão que enfrentar o real fogo do inferno. Muitas esferas explosivas apareceram em torno deles, não havia como escapar do ataque. Mas, ainda assim, era impossível para que permanecessem no meio deste inferno. Mesmo se eles se unissem, eles não tinham energia suficiente para fazer um escudo eficiente!

Eles rebateram, se esquivaram, e fizeram o seu caminho através das explosões até seren capazes de se esgueirar para fora da armadilha letal. Yamcha não teve tempo de procurar seu amigo, uma série de golpes o atingiu antes mesmo dele entender que estava sob ataque.

17 estava esperando por ele do lado de fora e, desta vez, ele decidiu não ser alguém a se preocupar com sutilezas.

Yamcha sentiu seus órgãos explodir, seus ossos racharem sob a avalanche impiedosa de golpes. Um último golpe o fez mais uma vez bater no chão em uma explosão de gotas vermelhas.

A fumaça das inúmeras explosões mal se dissipou que Kulilin já teve um vislumbre da sangrenta queda de seu amigo. Ele correu atrás dele, mas seu caminho foi cortado por 18. Surpreso, Kulilin encarou com espanto o rosto travesso à sua frente, um rosto que significava beco sem saída! Novamente preso por uma barragem loira... ele estava revivendo a cena que quase custou a vida de Yamcha e Piccolo. De repente, percebeu com horror que eles estavam prestes a reproduzir o mesmo cenário... é isso!

Eles queriam ouví-lo implorar de novo! Provavelmente já era o que eles queriam antes, quando mataram Gyumao na frente de seus olhos!

Ele gritou cheio de raiva… Isso era insuportável!

18 sorriu: ela sabe que ele sabe.

Kulilin estava confuso. Para engolir seu orgulho não era um grande problema para ele, mas seria o suficiente?

Derrotado… ele baixou sua cabeça e murmurou:

"Por favor… não o mate… por favor."

17 sacudiu a cabeça enquanto ele fazia um movimento em direção a Yamcha que estava tentando se levantar, gemendo. Ele falou com o elogio em sua voz, como se fosse nada além de uma piada.

"É muito cedo… muito cedo…"

O coração de Kulilin parou de bater mais uma vez. Essa máquina suja teve a intenção de torturar novamente seu amigo que já foi gravemente ferido! O quão cruel poderia ser? O velho Vegeta era um verdadeiro anjo ao lado desse monstro!

Vegeta… Sobre ele… Ele nunca estava por perto quando precisavam dele!

A raiva subiu mais uma vez no intestino do lutador. Estava fora de cogitação que esse garoto maluco encostasse outro dedo em Yamcha!

Ele cerrou os dentes e conseguiu segurar um grunhido de raiva. Ele teve que procurar na profundidade de seus recursos para encontrar força suficiente para pegar aqueles dois monstros de surpresa…

O esforço foi tão sobre-humano que sentiu como se estivesse sugando a si mesmo a partir do interior! A carne de sua mão foi dolorosamente picada pelo fluxo de energia, sentia como se seu dedos estivessem em chamas. Um pouco mais. Ele não podia perder a chance.

Felizmente, o outro tomou seu tempo para descer, para provocá-lo, torturá-lo mentalmente… Que ser desprezível de primeira classe! Ele tinha tanta certeza de tê-lo visto chegar aos seus limites… Apenas espere, eu vou te pegar!

O pequeno lutador calmamente colocou as mãos para trás de si, de forma que os ciborgues não notassem a luz da energia que estava começando a concentrar nelas.

Só mais um pouco…

De repente, ele gritou! Gritou para liberar sua raiva reprimida, gritou para implantar sua energia vital, para desviar a atenção de suas mãos cuja luz estava lentamente aumentando e expandindo sobre elas.