DB Multiverse

DBM Universo 16: A fusão de duas vidas.

Escrito por Syl & Salagir

Adaptado por Virgílio212 & comunidade

No momento em que Vegetto entrou no corpo de Buu, ele fez uma escolha: manter o escudo (U16) ou desfazê-lo (U18). Esta é a história do que aconteceu depois… Embora Vegetto tenha salvado o Universo, Son Goku e Vegeta, eles definitivamente desapareceram...


Parte 1 :12345678
Parte 2 :91011121314
[Chapter Cover]
Parte 2, Capítulo 13.

Capítulo 12: Colhemos o que plantamos

Traduzido por Virgílio212


Gohan encontrava-se totalmente em pânico. O que ele deveria fazer? Ele estava prestes a colocar seu pai nos ombros quando sentiu as energias de Kulilin, Goten e Trunks se aproximando. Próximos o bastante, ele viu que #18 os acompanhava também.

— Algum problema, Gohan?! — Kulilin perguntou ao pousar.

— Não sei ao certo, era para ser apenas uma luta amigável contra meu pai...

— Vocês lutaram?! — Goten exclamou, pânico tomando seu olhar. — Então foi definitivamente a sua energia que a gente sentiu!

— Apenas treinamos um pouco, só isso... — respondeu Gohan, seu olhar distante.

— Ajudem-me a carregá-lo! — ordenou #18. — Devemos levá-lo de volta ao acampamento imediatamente!

— Droga, pensar que ainda faltam duas semanas para a colheita... — Kulilin lamentou, apoiando um dos braços de seu velho amigo sobre os ombros.

O grupo rapidamente seguiu o caminho de volta ao acampamento. Gohan, em sua cabeça, remoía um único pensamento:

"Isso é tudo culpa minha, eu não soube dizer não. Ele está assim por minha causa, pressionou-se demais mesmo estando com tanta fome. Eu deveria saber que isso iria acontecer, meu pai também era assim, deveria ter previsto que algo assim pudesse acontecer... Mas por que eu peguei tão pesado? Por que eu quis tanto pressioná-lo daquela forma? O que eu estava tentando provar? Normalmente eu não tenho gosto nenhum pela luta... Por que contra o papai eu levei aquela luta tão a sério? Por que..."

Ele escondeu seu rosto atrás de suas mãos. Se algo ruim acontecesse, ele nunca se perdoaria. Como ele poderia? No acampamento, foram todos recebidos por gritos de preocupação.

— O que aconteceu?

#18 olhou para Gohan de soslaio, dizendo:

— Aparentemente, sua pressão caiu, Bulma. Não acho que seja sério. Imagino que ele precise só de um bom descanso e de uma boa refeição.

Vegetto gemeu:

— Não, chega de descansos...

— Você tem que começar a pensar duas... não, três vezes antes de decidir ir trabalhar como uma formiga nesse estado! — Chichi repreendeu-o, dirigindo-se à cozinha.

Kulilin e #18 apoiaram o peso de Vegetto até que levassem-o de volta à sua cama.

— Aguenta firme, meu irmão! — disse o anão, encorajando aquele que vinha sendo seu amigo desde a infância antes de retirar-se do cômodo.

Assim que todos haviam se retirado, Chichi explodiu, gritando:

— O que diabos aconteceu?! Por que ele está nesse estado?! Explique-se!

Gohan abaixou a cabeça e disse, gaguejando:

— Er... A culpa é minha... Nós lutamos...

Houve um segundo de silêncio, seguido por outro, por outro e por outros... Até que, finalmente, Bulma decidiu encerrar o abismo da quietude sem fim, através de um elegante:

— COMO É?

— Acabei cruzando com ele treinando e... Ele me pediu por uma pequena disputa e... Eu não pude dizer não.

Os ombros de Gohan pesavam com o sentimento de culpa. A vergonha tomou-lhe conta ao saber que ele aceitou lutar com seu pai mesmo ele estando em um estado como aquele; tudo que ele queria era ir para bem longe e meditar, como fez algumas vezes com Piccolo, e outras também com seu pai.

Pensando em Piccolo, uma sensação de nostalgia tomou-lhe conta. Quando partiram, Piccolo fez questão de ficar para trás em caso de surgimento de algum perigo e, caso a situação mostrasse-se necessária, com o propósito de adquirir informações sobre o inimigo e avisá-los. Depois de quase um ano longe da Terra, ele percebeu que sentia uma falta verdadeira dela. Sua mente voou até a época em que seu pai ainda era Goku. Naquela época, o mundo era mais simples. Sua mãe fazia questão de que ele fizesse a lição de casa enquanto seu pai fazia questão de levá-lo para passear todos os dias. Os dois viam as estrelas juntos às vezes. Era a época que Gohan mais sentia-se mal por ter aproveitado pouco. Goku, vítima de sua inocência e falta de conhecimento neste tipo de coisa, inventava dezenas de nomes para as inúmeras constelações enquanto apontava para cada uma delas, o que divertia muito Gohan, que sabia o nome correto de cada uma.

Tudo era mais simplificado naquela época, sim. Naquele momento, Gohan foi levado às suas memórias de Bulma e Vegeta discutindo entre si coisas simples como sim ou não; algo que, contra todas as expectativas, tirou-lhe um pequeno sorriso. Ele lembrou de que, após ver aquela cena, pensou que ambos dariam certo juntos. E então, o nascimento de Trunks veio para fortalecer ainda mais aquela sensação. O pequeno rapaz, ou melhor, uma versão sua havia salvado seu pai da morte (bem, até que surgisse outra causa para tal) e, portanto, também permitiu que seu irmão viesse ao mundo. Gohan respirou fundo. Remoer o passado não era algo que lhe acontecia com frequência, mas quando tudo voltava, ele era tomado por uma vontade de chorar. Em meio a tudo, ele sentiu uma mão em seu ombro. Videl encarou-o, a preocupação tomando conta de seu olhar. Gohan deu a ela um sorriso fraco, porém tranquilizador.

— Não é culpa sua, Gohan. — disse ela.

O comentário relaxou Gohan. Videl parecia possuir a estranha habilidade de ler seus pensamentos e interpretar cada um de seus comportamentos conforme. Ninguém tratou-o com tamanha empatia antes. Exceto talvez por seu pai (exceto durante a luta contra Cell. Isso, entretanto, é outra história). Os dois voaram para longe, juntos. Goten pretendia segui-los, levantando voo ele mesmo, apenas para ter seu pé agarrado por Trunks.

— Deixe-os, Goten. Esse é um assunto que não nos diz respeito.

O comentário surpreendemente maduro de Trunks fez Goten franzir a testa. Às vezes, vendo-se ao lado do amigo, ele se sentia apenas um garoto bobo. Assim que o amigo voltou ao chão Trunks colocou a mão em seu ombro, sorrindo enquanto dizia:

— Vamos brincar com nosso novo dinossauro, que tal?

Goten abriu o sorriso de forma a exibir todos os dentes antes ambos seguirem caminho, seguidos por Marron.

Assim que Videl e Gohan pousaram, Gohan esbravejou:

— Sou tão irresponsável! Se eu tivesse senso comum, eu teria simplesmente recusado o pedido...!

— Gohan, o que está feito está feito. Não adianta ficar remoendo o passado! Agora devemos nos concentrar nas próximas duas semanas. Serão as semanas decisivéis a saúde de seu pai!

— Eu sei que você está certa, mas, mesmo assim, não consigo deixar de me culpar por tudo isso...

— Pare de pensar assim! — Videl ordenou, sua voz tomada por tom autoritário incomum.

A atitude pegou o meio-saiyajin deprevinido, fazendo-o recuar alguns passos até que, então, ele olhou diretamente para seus olhos. Como uma mulher agindo de tal forma era capaz de não só confortá-lo, mas fazê-lo se sentir tão bem? Sem dúvidas, era esse exato tipo de sentimento que seu pai deve ter sentido em relação à mãe. Sorrindo outra vez mais ele pegou a mão dela, seguindo juntos para outro passeio.

Na semana seguinte, a condição de Vegetto havia atingido uma situação ainda mais crítica. Ele havia perdido pelo menos cinco quilos, apesar da quantidade monstruosa de alimentos que Chichi e Bulma cozinhavam para ele, ambas perdendo todo seus dias fazendo isso, enquanto o resto do grupo trabalhava duro para cuidar dos campos.

Apesar de sua evidente fraqueza, o saiyajin ainda sentia a necessidade de se manter em forma. Sua tentativa de fazê-lo, entretanto, mostrou-se em vão: após caminhar cinquenta metros, ele desmaiou de forma repentina. Bulma, tomada pelo desespero, pediu aos céus que seu marido ficasse bem ao colocá-lo de volta em sua cama, embora ela genuinamente conhecesse não só um, mas diversos deuses e tivesse total noção de que nenhum deles era capaz de ajudá-los naquela situação. Os dias pareciam cada vez mais longos e, à medida que seguiam-se um após o outro, Vegetto ficava cada vez pior. Cinco dias depois, ele já não era capaz de fazer o mínimo esforço para parecer saudável. Ele passava todo o tempo de seus dias deitado na cama, comendo sem parar como se sua vida dependesse disso, coisa que realmente dependia. Gohan passou os dias encarando os brotos esperançosos. E finalmente, após uma espera que pareceu uma eternidade, os primeiros Senzus começaram a nascer. Ele pegou um punhado deles e voou a toda velocidade de volta para o acampamento. Ele pousou perto da cabeceira do pai e colocou os dez Senzus que havia coletado em uma mesinha de cabeceira feita de madeira que ficava ao lado da cama do pai, colocando um na boca do pai que, até aquele ponto, respirava com dificuldades, seus olhos incapazes de serem abertos e seu rosto demonstrando dor, como se estivesse enfrentando mil mortes de uma só vez. Gohan disse a ele:

— Pai, coma isso, rápido! Estes são os primeiros Senzus.

Vegetto engoliu o feijão com certa dificuldade. Outros cinco logo seguiram o primeiro. Dando-lhe forças o bastante para abrir os olhos e se sentar. Ele virou a cabeça para os outros ali presentes, que reuniram-se próximos, e deu-lhes um sorriso. Algo que foi seguido por comemorações de alegria.

Finalmente, Vegetto estava livre do perigo!!

Enquanto isso, no domínio dos deuses, Kibitoshin encontrava-se de pé junto de Roh Dai Kaioh-shin, ambos assistindo o desenrolar e dizendo, finalmente mais leves:

— Ele sobreviveu, ainda bem.

— Você pretende entrar em contato com ele agora?

— Vamos esperar mais um pouco. Talvez mais alguns meses. Preciso ter certeza de que ele vai ficar bem...

A fusão respirou fundo, sentou-se próximo dali, fechou os olhos e retomou sua meditação, algo que via-se incapaz de fazer normalmente já tinha um tempo.


Aqui termina a história do Universo 16 escrita por Sly.

O restante da história será escrita pelo próprio Salagir e publicada de forma aleatória.

Desenhado por:

Eiki       45

PoF       14

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Página 2415
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