DB Multiverse
DBM Universo 4: Buu
Escrito por Arctika
Adaptado por Shadow the Hedgehog
Este comic está em pausa. A continuação virá em breve...
Parte 1 :0
Parte 2 :123456
Parte 3 :78910111213
Parte 4 :14151617181920
Capítulo 19
Traduzido por Shadow the Hedgehog
— Mais rápido! Pare de confiar nos seus olhos, tente sentir os meus movimentos!
— Argh!
O Thorn desabou no chão, sem fôlego, exaurido pelo seu mestre, que não estava poupando o seu jovem aprendiz.
— Você está progredindo, isso é bom. Mas se não conseguir me acompanhar nessa velocidade, não vai conseguir nem assistir a uma luta maior, muito menos participar.
O Buu sorriu enquanto lecionava o seu aluno. Para um intelectual que mal entrou na idade adulta, o Thorn foi capaz de seguir os conselhos do Gênio e, no geral, dominou o seu Ki. Em poucos meses, ele soube alçar voo e criar alguns Kikohas.
— Muito bem, vamos fazer uma pausa — disse o Buu, agarrando o ombro do Thorn. — Estou morrendo de fome! Vamos ver o que está nos sendo preparado para hoje.
Seis meses se passaram desde que o Buu chegou a este mundo chamado Icarion. Os habitantes locais e os viajantes a princípio tiveram uma atitude temerosa e suspeita em relação ao Gênio, que eles certamente reconheceram. Na verdade, as suas ações do ano anterior não passaram despercebidas nos vários sistemas que ele visitou. E o boato de que o feiticeiro Babidi havia decidido libertar a terrível criação do seu pai foi confirmado ao avistarem o Buu.
No entanto, ele não era o destruidor horrível dos mitos ancestrais, movido apenas pelo desejo de matar. O Buu se comportou como um perfeito cavalheiro e levantou a mão apenas uma vez: um ladrão do espaço veio saquear a biblioteca de Icarion, mas foi impedido pelo Buu, que o esmagou no chão com um simples chute. Desde então, o Gênio foi visto com gentileza. As pessoas às vezes o viam treinando nos céus da cidade com o Thorn, e o espetáculo diário era reconfortante.
Nesses seis meses, o Buu passou a maior parte do tempo se perdendo nas inúmeras obras da monumental biblioteca deste planeta. Auxiliado pelo seu aprendiz e pelos sábios que concordaram em informá-lo sobre conhecimentos incompreensíveis, o Gênio acumulou uma grande quantidade de dados na sua mente. Ele estava surpreso com a sua habilidade de memorizar cada pequena coisa sem dificuldade. Assim que ele sabia de um fato, ficava gravado na sua memória. A imagem que ele tinha da sua mente, a de uma torre circular titânica com estantes vazias, agora estava repleta de uma riqueza de informações que ele não poderia se esquecer.
Para acelerar a sua busca, o Buu praticou se dividir em várias partes de si mesmo. Em combate, esses pedaços agem instintivamente e em conjunto. Mas a atividade intelectual exigia dele concentração total. Assim, em seis meses, o Buu aprendeu a manejar uma dúzia de cabeças flutuantes que folheavam as obras ao seu lado. Mas ele perdia o controle dessa técnica a partir de uma certa distância. Se ele deixasse a cidade, as cabeças desapareceriam naturalmente.
Com a sua outra resolução em mente, o Buu passava as noites em busca de um treinamento intensivo. Exercícios básicos, defesas mentais, esquiva, velocidade, o Buu não economizou em nenhum aspecto. Ele queria ser imbatível e invulnerável. Ele tinha ficado muito seguro de si mesmo após a sua vitória na Terra, e pensava que havia se tornado o lutador perfeito. Mas ao decidir se tornar o ser ideal em todos os sentidos, ele havia se esquecido desse detalhe: ele nunca alcançaria a perfeição, e o combate não era exceção.
No decorrer da sua pesquisa, o Buu fez uma promessa solene a si mesmo: nunca tocar na temporalidade. O seu pesadelo o fez perceber que não adiantava nada agir sobre isso. A magia já era uma provação por si só a se descobrir, e ele não queria perder tempo tentando entender a tecnologia que a mente brilhante da Bulma poderia ter desenvolvido. Além disso, era para ele um sinal de respeito pela sua história e pelos viventes que cruzaram o seu caminho: ele considerava os seus absortos definitivamente mortos e não procuraria vê-los de forma alguma. Eles eram seus, eles eram suas joias. Cada indivíduo que ele adquiriu foi mais uma ferramenta na sua jornada para a perfeição e a grandeza. Eles não tinham motivo para voltar, porque ainda existiam. Dentro dele.
Com todas essas ocupações, o Buu decidiu deixar de lado sua exploração espacial por enquanto. Ele tinha tanto para investir na sua pesquisa que ele não poderia mais se dedicar à separação e ao domínio do seu corpo dividido. Afinal, ele tinha feito a escolha de se proteger antes contra todos os perigos, e particularmente a magia. O seu treinamento e medo o levaram a trabalhar os seus poderes e faculdades mágicas, e ele ficou surpreso com o quanto ele poderia realizar com um pouco de trabalho duro. Guiado pelos seus absorvidos e pelos livros da biblioteca, o Buu conseguiu transformar vários objetos e coisas vivas no que ele queria; ele poderia consertar um edifício condenado; fechar fendas; apaziguar desastres naturais; transmitir os seus pensamentos; alterar a memória das outras pessoas. Entre muitas outras coisas. O Buu ainda estava intoxicado por essa onda de habilidades, e ele estava se esforçando para listar tudo o que podia fazer. Apesar disso, ele estava frustrado porque ainda não entendia o que era magia e como ela funcionava. Saber fazer não significava dominar. E o domínio viria através da compreensão.
Então, depois de seis meses neste mundo, o Buu se sentiu perfeitamente à vontade. Mesmo tendo apenas arranhado a superfície do conhecimento que este mundo possuía, ele estava confiante sobre o seu futuro. Não importava as surpresas e o inesperado, ele estaria pronto para enfrentar qualquer coisa e esmagar qualquer ameaça. Ele seria eterno. Invulnerável.
Foi com esses pensamentos que ele navegou tranquilamente, já que agora se encontrava com o Thorn ao redor de uma mesa circular na cantina da cidade dos sábios. Obcecado por essas ideias e suas buscas, ele mal ouviu o que o seu aluno estava lhe contando.
— …difícil de o acompanhar, mestre. Este treino é muito duro, você é tão rápido! Mas não poderia esperar um professor melhor…sou muito grato ao senhor, mestre! Mestre?
Surpreso, o Buu de repente saiu dos seus pensamentos.
— Desculpe, Thorn, a minha atenção estava em outro lugar — disse ele. — Você mostra grande destreza, de fato. Ainda há um longo caminho a percorrer, mas em breve você deverá ser capaz de proteger o seu planeta de inimigos, digamos…relativamente fortes em uma escala de universo.
— Obrigado, mestre! — o Thorn se alegra. — Ah se o senhor soubesse…ser capaz de me sentir útil ao meu povo, e ser capaz de enfrentar monstros para defendê-los…esse era o meu maior desejo. Graças ao senhor, isso se tornou realidade!
O Thorn terminou o seu prato com entusiasmo e percebeu que o Buu estava completamente estoico, silencioso. O Gênio parecia ter sido atingido por um raio.
— Mestre? O que está acontecendo? — ele se preocupou.
— Mas é claro…os desejos… — sussurrou o Buu com um brilho malicioso nos olhos.
Ele mal havia prestado atenção nisso desde que deixou a Terra pela primeira vez. Ele partiu para a sua odisseia no espaço e encontrou objetivos tão incríveis para si mesmo que esse detalhe parecia trivial para ele. Mesmo quando voltou para ver os terráqueos doze meses depois, ele não havia se formalizado para além da medida. Ele até segurou uma em suas mãos, sem perceber o extraordinário potencial que se abriu para ele.
As Dragon Balls.
Essa magia namekuseijin era capaz de realizar qualquer desejo, dentro dos limites dos poderes do seu criador.
Essas bolas que iniciaram a aventura dos terráqueos. Que os levou a serem excepcionalmente poderosos. Que os trouxeram até ele.
Ele absolutamente tinha que colocar as suas mãos nessa magia. Graças a ela, ele entenderia a natureza dessa arte mística. Ele não poderia perder esta oportunidade. E além disso…bolas que invocam um dragão que concede desejos…é possível achar algo mais insano e incrível do que isso?
O Buu se levantou abruptamente, sacudindo a mesa e espirrando comida nas pessoas que comiam. Embora estivesse acostumado com o hábito do Buu de reagir assim a certos pensamentos próprios, o Thorn não pôde deixar de se preocupar.
— Qual é o seu problema, mestre? — exigiu ele.
— Acho que devo ficar fora por alguns dias — respondeu o Gênio com um largo sorriso. — Não tenha medo, eu voltarei. Se eu estiver certo, você vai conseguir me ver o tempo todo, sem que eu esteja realmente aqui! Durante a minha viagem, continue os seus exercícios!
Com essas palavras misteriosas, o Buu desapareceu de repente, deixando o Thorn confuso e contemplando o assento agora vago do seu mestre. O que ele quis dizer com isso?
No instante seguinte, o Buu reapareceu no novo mundo dos namekuseijins. Ajudado pelas memórias do Son Goku, que veio buscar o Dende aqui, e através do poder do Kibitoshin, ele facilmente foi capaz de encontrar o rastro deste mundo pacífico. Foi necessária a ajuda do mestre Kaioh para o saiyajin localizar os namekuseijins na época. O Buu se parabenizou por ter esse poder tão prático e capaz de ir a qualquer lugar sem problemas, desde que se conhecesse a localização de cada mundo. Ele teve uma sensação de nostalgia ao se lembrar do mestre Kaioh, que certamente estava vagando e meditando no outro mundo. Ele iria visitá-lo, qualquer dia desses.
O Buu olhou em volta e sorriu ao ver esta paisagem familiar. Ele havia se teletransportado para perto da vila do Muri, o Grande Chefe dos namekuseijins. Ele não queria perder tempo coletando as Dragon Balls. Essa magia originou-se, a princípio, deste povo, e ele não podia se ver voltando à Terra para invocar a pálida cópia do Porunga. Os terráqueos podiam manter as suas Dragon Balls, afinal, não podiam ameaçá-lo. Sem mencionar que uma deles provavelmente estava flutuando no outro extremo do universo.
Enquanto caminhava para frente, o Buu refletiu sobre os seus três objetivos, correspondendo aos três desejos do dragão: entender o que era magia; determinar a natureza das Dragon Balls; aprender a se separar em várias partes independentes, mas conectadas, e a uma distância desproporcional. Ele sabia que iria chegar lá com a prática, mas se um desejo pudesse resolver esses pontos rapidamente, ele poderia cobrir o universo em apenas alguns meses!
Ele entrou na aldeia, captando o olhar dos moradores que cuidavam dos seus afazeres diários. Os namekuseijins se amedrontaram ao vê-lo, mas não fugiram.
O Buu chegou no centro da aldeia, onde rapidamente se encontrou com o Muri, ambos foram observados pelos namekuseijins que haviam formado um círculo ao redor deles.
— Hehe, parece que não estou os assustando, que surpresa agradável — disse o Buu, encantado. — Presumo que o senhor saiba quem eu sou?
— Certamente — respondeu o Muri, franzindo a testa. — Nós o conhecemos, Buu. O Dende nos contatou e nos explicou o que aconteceu na Terra, e o que aconteceu com você. Não sentimos nenhuma hostilidade da sua parte, acho que não veio para nos perseguir. O que você quer?
— Hin — o Gênio se alegrou cruzando os braços. — É verdade, não é a minha intenção machucá-los. Isso desagradaria muito ao deus da Terra. Mas tudo depende de vocês. Eu gostaria de reunir as Dragon Balls e convocar o Porunga.
— O que? — perguntou o decano dos namekuseijins. — Eu esperava que você me pedisse um conselho, mas isso certamente não. Os seus poderes excedem em muito o que o Porunga, o deus dos sonhos, é capaz! Por que você deseja obtê-las?
— Não pretendo desejar nada enfadonho como imortalidade — retrucou o Buu, sorrindo. — O que eu desejo não é muito da sua conta. No entanto, para tranquilizá-lo, quero lhe explicar: quero entender como funcionam as Dragon Balls. O que o dragão é, a maneira como ele realiza os desejos. É um mistério que eu pretendo resolver totalmente.
Os namekuseijins sussurravam entre si, enquanto o decano encarava o Buu com a intenção de sondar as suas palavras. Com certeza, ele não sentiu nenhum pensamento negativo no Gênio, muito menos qualquer sinal de ameaça. O Buu se apresentou a eles de maneira humilde e não tinha ambições diabólicas.
— …nós sabemos o que você fez durante suas viagens, Buu — disse ele finalmente. — Você matou muita gente, absorveu muitas pessoas inocentes. No entanto, você não é um ser puramente maligno. As suas ações provaram que você sabe ser bom e valoroso. Trazer os terráqueos de volta à vida e proteger o Dende e os outros são uma prova da sua boa fé.
— Eu o agradeço, decano — o Buu se curvou. — Então o senhor aceita me dar as Dragon Balls?
— Não posso dá-las a você assim tão facilmente — respondeu o Muri com um pequeno sorriso. — Nós as daremos para você caso consiga passar nos testes que os chefes das aldeias irão submetê-lo, dos quais eu permito que você participe. Cabe a eles julgar se você é digno de recebê-las.
— Parece que já ouvi falar disso, de fato — o Buu se lembrou das memórias do Son Gohan. — Cada um deles deve avaliar a sabedoria e a força de quem se apresentar e devem discutir os méritos de quaisquer desejos que pretendam solicitar. Quem for reconhecido como digno e honrado terá o direito de receber as Dragon Balls. É isso mesmo?
— Absolutamente. Se você as quiser, cabe a você provar a si mesmo. Temos uma nesta aldeia. Mas eu sugiro que você comece com outra. Eu serei capaz de julgar por mim mesmo o seu caráter. Você deve estar ciente disso, mas vou relembrá-lo: nenhum sinal de violência será tolerado. Aja precipitadamente e as Dragon Balls ficarão permanentemente fora do seu alcance.
O Buu riu por dentro, pensando que eles não poderiam impedi-lo. Se ele quisesse fazer os seus desejos, ele poderia fazê-los sem pedir. Com o Piccolo, ele podia falar namekuseijin sem qualquer dificuldade. Mas ele foi guiado por uma vontade pacifista, e queria adquirir essas bolas dentro das regras. Além disso, divertia-o muito se submeter a esses testes. Quem sabe ele aprenderia mais sobre si mesmo!
— Está entendido, decano — disse o Buu. — Eu, Buu, apresento-me diante de vocês hoje, a fim de superar os seus desafios e obter as Dragon Balls!
Uma hora depois, o Buu já havia visitado duas vilas namekuseijins e passou em seus testes com sucesso.
Os namekuseijins foram avisados por telepatia da chegada do Buu em cada aldeia que tinha uma Dragon Ball. Nenhum deles recusou a presença do Gênio, que foi aceita pelo Muri, o seu grande líder. Se ele reconheceu a sua participação, então eles não tinham motivo para ter hostilidades com ele.
Inspirados por antigas tradições herdadas da sua cultura durante o último milênio, costumes estes que foram perdidos ao longo dos séculos, os namekuseijins desconheciam o seu significado profundo: para obter este artefato, os pretendentes deveriam demonstrar autocontrole e humildade, bem como intenções sinceras em sua ações e pensamentos. O objetivo não era necessariamente vencer todos os eventos, mas mostrar qualidades puras e reconhecidas pelos líderes namekuseijins.
O primeiro teste teve como foco o cultivo do solo e a importância de se valorizar a terra que acolheu os seres vivos, independentemente do mundo. Com base nas suas experiências na Terra e no mundo das areias, o Buu usou o seu conhecimento para aconselhar a aldeia sobre o cultivo das suas plantas e o fornecimento de terras cultiváveis. Conhecendo o modo de vida namekuseijin, o Buu não forneceu nenhum suporte tecnológico e demonstrou sabedoria na sua experiência e palavras. O chefe da primeira aldeia ficou encantado com a cortesia e premiou o Buu com a Dragon Ball de três estrelas.
Na segunda aldeia, o Buu teve que resolver uma série de quebra-cabeças que foram soletrados em máximas que eram basicamente sem sentido para a maioria das pessoas. Mas o Buu, que havia se beneficiado dos sábios conselhos do mestre Kame e do Dende, e tinha mentes muito sábias dentro de si, conseguiu compreender as observações filosóficas que lhe foram dirigidas a fim de apresentar um argumento destinado a defender as ações que ele realizou ao longo da sua existência.
Tocado pelo talento oratório do Gênio, o teste terminou com um dueto feito pelo chefe da vila, um grande amante da música, que queria ouvir o que o Buu havia aprendido durante a sua odisseia. Depois de ouvir o atípico instrumento namekuseijin, o Gênio soube qual instrumento escolher para acompanhar o seu companheiro de pele verde, e cantou um aubade que encantou os corações dos moradores.
Satisfeito, o chefe ofereceu ao pretendente a Dragon Ball de seis estrelas. Foi com grande alegria que o Buu chegou ao povoado seguinte, ansioso para se submeter a outra provação. Até agora, ele havia enfrentado exercícios surpreendentemente agradáveis, e que mostravam grande sabedoria e paz de espírito por parte do povo namekuseijin. Não foram testes intransponíveis em que ele teve que lutar para ganhar o seu prêmio. Ele nem queria vencer cada evento assim com as mãos nas costas!
Ele apenas tinha que responder com honestidade e naturalidade, mostrar humildade e obter o reconhecimento de cada líder que o considerasse digno de receber o tesouro do seu povo. O Buu gostou desse interlúdio sem violência ou perigo. Ele já havia obtido duas Dragon Balls, que telecinizou com ele. Ele não tinha dúvidas de que venceria as outras facilmente.
O chefe da terceira aldeia saudou o Buu com amizade, e o Gênio foi rapidamente cercado por crianças namekuseijins que soltaram exclamações de surpresa para este recém-chegado. Para avaliar a sua reação, o chefe pediu a esses jovens namekuseijins que dessem ao Buu uma recepção inocente e excessivamente jovial. Ele sabia que o Gênio era perigoso, mas o Muri havia garantido a todos os habitantes que o Buu se submeteria às provações com a promessa de que ele não se entregaria a nenhum surto de raiva. O objetivo era sondar o coração do Buu e ver se ele poderia ser tocado por tanta inocência. Tendo ouvido falar das suas aventuras espaciais, eles sabiam que ele era capaz de ter empatia e, portanto, queriam testar a mudança da sua natureza maligna por si próprios.
Os namekuseijins e o chefe da terceira aldeia não tiveram suas expectativas desapontadas. O Buu não só não ficou desestabilizado com essa abordagem inesperada, para dizer o mínimo, mas também respondeu às crianças com um sorriso mais jovial do que o delas, sentando-se no centro do grupo para lhes dizer o que ele estava fazendo lá e respondendo todas as perguntas que lhe fizeram. Não havia a menor animosidade no Gênio, apenas pura alegria. O líder dos namekuseijins sondou a mente do Buu, que expôs os seus pensamentos de coração aberto, e ele sentiu uma influência desconhecida guiando o Gênio em suas ações e intenções. Será que foram esses famosos seres aprisionados por essa criatura ancestral? O Buu era capaz de sentir empatia por si mesmo, ou ele estava fazendo isso apenas por meio dos sentimentos das almas bondosas seladas dentro dele?
O chefe namekuseijin rapidamente dissipou as suas dúvidas e aceitou o Gênio para a terceira prova. Ele pediu ao Buu para que ficasse à beira de um lago e colocou uma pequena e rúptil estatueta em uma frágil jangada. Para esta provação, o Buu teria que transportar a jangada através do lago em um movimento de sua escolha, sem quebrar o pequeno barco ou a estatueta. Ele conhecia a força extraordinária do Buu e queria ver se ele sabia como se controlar e mostrar alguma sutileza.
O Buu sorriu e fechou os olhos, entregando-se a uma paz sem a menor perturbação na sua mente. Ele se lembrou de tudo o que identificou como compaixão e calma, e soltou um suspiro suave, cujo sopro acariciou a vela da jangada. Mas embora leve e impotente, essa respiração durou muito tempo. O suficiente para acompanhar o frágil esquife até o seu destino. A estatueta se balançou um pouco, mas não caiu e não mostrou a menor rachadura.
Satisfeito, o chefe da aldeia lhe concedeu de bom grado a Dragon Ball de cinco estrelas. Foi com o coração leve que o Buu viajou para a quarta vila. Enquanto ele voava silenciosamente na sua direção, o Gênio não pôde deixar de sentir uma sensação de serenidade: ele tinha um bom aluno, inocente e entusiasmado; ele sabia o que queria e o futuro prometia grandes coisas; os namekuseijins reconheceram as suas qualidades e sabedoria, e o confirmaram no mérito da sua existência.
Ele tinha o direito de viver como todo os outros e não era um monstro! Se ele não o era aos olhos das pessoas mais sábias e pacíficas da galáxia…significava que ele finalmente estava obtendo o reconhecimento que tanto desejava. O que poderia dar errado?
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