DB Multiverse

DBM Universo 4: Buu

Escrito por Arctika

Adaptado por Shadow the Hedgehog

Este comic está em pausa. A continuação virá em breve...


Parte 1 :0
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Parte 4 :14151617181920
[Chapter Cover]
Parte 4, Capítulo 16.

Capítulo 16

Traduzido por Shadow the Hedgehog


Ao mesmo tempo, no Kaioh-shin-kai…


O velho decano dos Kaioh-shins observava atentamente um grupo de jovens feiticeiros praticando na frente dele, empregando o feitiço de confinamento com o objetivo de trancar o Majin sombrio em sua prisão escura, por toda a eternidade. Ele estava pensativo e ansioso.

Desde que foi libertada do seu selo, a divindade se viu diretamente envolvida em uma situação aterrorizante: uma das maiores ameaças do Universo, Majin Buu, estava mais uma vez à solta e estava completamente fora de controle. Ele tinha conhecido uma ameaça significativa antes, quando ainda era o Kaioh-shin do Universo, mas este Majin Buu tinha se mostrado insano e perigoso para toda a vida da criação. Este monstro era tão terrível e poderoso que ele havia feito muitos sacrifícios para lutar contra ele, já que ao mal sair da espada sagrada: ele revelou todo o potencial do Son Gohan através dos seus poderes mágicos; modificou os Potalas para criar um guerreiro absurdamente imbatível, mesmo que isso significasse violar as leis da natureza; sacrificou até mesmo a sua própria vida para permitir que o Son Goku voltasse para a Terra!

Mas todos esses esforços foram reduzidos a nada quando o Majin Buu apreendeu o Vegeta e depois o Son Goku. O Gênio havia se tornado literalmente invencível e ninguém poderia pará-lo. Para piorar o pesadelo, o Buu havia absorvido seu jovem colega e adquirido teletransporte para todos os mundos possíveis, bem como uma imensa quantidade de conhecimento e novos poderes. Agora, embora parecesse que os seus absortos estavam impactando as ações do Buu e restringindo-o ao mínimo, ele ainda era a maior das ameaças.

Ele o observou de perto desde que deixou a Terra, e as ações do Gênio confirmaram seus medos: ele era um verdadeiro desequilíbrio para o universo. Agindo como desejava, matando excessivamente e absorvendo toda a vida como bem entendia, o velho Kaioh-shin não deu uma longa expectativa de vida à população de mortais das galáxias. O Buu era muito imprevisível e poderoso. Era absolutamente necessário se livrar dele.

Foi por isso que ele fez contato com uma irmandade de magos mortais que operavam em um mundo obscuro. Ele havia negociado a passagem deles para o paraíso no final das suas vidas, se eles concordassem em selar o monstro na sua antiga prisão. Mas ele e os bruxos não tinham conhecimento do feitiço que o Babidi e seu pai usaram. Eles tiveram que viajar para Icarion, o mundo do conhecimento, no qual uma imensa quantidade de dados repousou por milhões de anos. Graças aos testemunhos arquivados e coleções de magia, o velho Kaioh-shin, que se fundiu com uma bruxa do passado, foi capaz de recompor a magia de aprisionamento do Gênio da melhor maneira possível.


Por vários meses, ele e os magos trabalharam e otimizaram esse feitiço para que o Majin Buu nunca pudesse se livrar dele, apesar de todos os poderes que ele adquiriu. Esta criatura era mágica por natureza e, portanto, apenas um obstáculo místico seria capaz de se livrar dele para sempre. Claro que era possível destruir o Gênio de uma vez por todas, mas apenas o Vegetto tinha tal potencial. Ninguém no universo tinha a capacidade de machucá-lo mais, muito menos de aniquilá-lo. Mas pelo que o seu jovem companheiro lhe disse, o Majin Buu tinha apenas uma fraqueza, e é em parte por isso que ele se livrou do Babidi: ele não podia fazer nada contra essa fórmula que o selava irreparavelmente nesta cela enfeitiçada à qual ele estava limitado por natureza.


Depois de se certificar de que os magos sabiam a fórmula mágica de cor e podiam entoá-la rapidamente sem bifurcar, o velho Kaioh-shin decidiu preparar o ataque ao Buu. Seus mercenários eram sete bruxos veteranos que deveriam pegar o Gênio de surpresa. Normalmente, apenas um feiticeiro deveria fazer o trabalho de selar este monstro. Mas ele não queria correr nenhum risco. Sete magos, era a garantia de que o Buu, surpreso e confuso, não saberia o que fazer e, portanto, não poderia escapar.

E, na pior das hipóteses, se descobrisse que o Gênio sobreviveu milagrosamente a esse ataque, o velho Kaioh-shin havia previsto duas coisas: se um mago fosse feito prisioneiro ou tivesse que acabar sendo absorvido, o seu cérebro se autodestruiria automaticamente, para que o Majin Buu não o descubra. A outra era mais uma solução de remediação: durante este ano, ele havia recrutado magos novatos, a quem havia prometido glória por ter selado o monstro, bem como muitos poderes mágicos, com a condição de que, por sua vez, preparassem-se seriamente para isso e conseguissem prendê-lo com sucesso.

O velho Kaioh-shin realmente não gostava dessa opção. Confiar o destino do universo a magos inescrupulosos, com a perspectiva de recompensas para isso. Mas era a única opção disponível para ele. Ele tinha que neutralizar o Majin Buu a todo custo, antes que ele ficasse muito poderoso e fora de controle. Se ele não agisse, estaria quebrando o seu juramento de zelar por um universo equilibrado e pacífico. Ele duvidava que pudesse libertar aqueles que o Buu havia absorvido. Mas depois de o ter selado definitivamente, a vida retomaria o seu curso natural e ordenado…

O decano dos deuses suspirou enquanto colocava sua bola de cristal na grama. Ele se sentou à sombra de uma árvore, no alto de uma colina, para se isolar e observar os acontecimentos. Ele olhou desiludido para os vinte jovens bruxos em treinamento abaixo. Entusiasmados em ajudar a salvar os mundos mortais, eles riam entre si e praticavam esse feitiço - tão difícil de dominar, mas emocionante!

O velho Kaioh-shin não sabia se devia sorrir ou lamentar por sua atitude imprudente. Ele havia testemunhado a alguns momentos atrás o massacre dos bruxos que eles enviaram para prender o Majin Buu. Este último não apenas conseguiu escapar do escopo dos feitiços conjuntos no último minuto, mas agora estava louco de raiva, e não havia dúvida de que a sua raiva transbordaria em mundos habitados por pessoas inocentes. Ele fechou os olhos, dirigindo uma oração de lamentação aos mortais que estavam prestes a sofrer com a sua ira, silenciosamente prometendo que livraria o universo deste flagelo.

Pelo menos aqui, no Kaioh-shin-kai, a terra sagrada dos deuses, não há risco nenhum do Majin Buu pensar em procurar seus inimigos. Ele nunca tinha vindo e parecia ter se esquecido até mesmo da sua existência. Os bruxos estavam mortos, o Gênio não conseguia mais encontrar o seu rastro. Ele teria bastante tempo para planejar um outro ataque mais elaborado…


— Quanto a isso, eu duvido muito, meu caro — veio uma voz doce e suave na sua orelha.


Aterrorizado, o velho Kaioh-shin se virou e viu com profundo terror o Majin Buu, de cabeça para baixo, pendurado sob um galho de árvore como um morcego. Com os braços cruzados, ele exibia um sorriso cruel e maquiavélico.


— Quem teria acreditado? — continuou o Gênio, mantendo o seu sorriso. — E pensar que ainda havia um Kaioh-shin miserável, sempre motivado a se livrar de mim. Francamente, esse é o único objetivo da sua vida? Tentar destruir a minha? Em cinco milhões de anos, o senhor ainda não teve vontade de encontrar algum outro hobby?


Antes que a divindade pudesse responder qualquer coisa, o Buu esticou o braço e pressionou a palma da mão contra a boca do velho, silenciando-o enquanto o envolvia em seus braços, impedindo-o de se mover. O Buu fechou os olhos e suspirou cansado.


— Sinceramente…eu esperava que já tivesse superado isso. Depois de ter absorvido os guerreiros terráqueos, mas ainda assim ter mostrado magnanimidade em poupar os habitantes daquele planeta, bem como de outros mundos…Pensei, contudo, que tinha mostrado que eu sabia exercer a moderação, que já não era mais um destruidor cego, mas não…era necessário…que o senhor…conspirasse…de novo…CONTRA…MIM!


O Buu pronunciou essas últimas palavras em um tom cheio de rancor e ressentimento, causando espasmos de pânico no velho Kaioh-shin. O Gênio não precisava ler a sua mente para ver que este velho patético estava em desespero e não tinha solução de socorro. Isso transpareceu no seu rosto. Como diabos ele poderia ter sido pego por aquele lixo? Ele havia negligenciado esse Kaioh-shin, tão focado na sua aventura e suas descobertas que não imaginou por um único momento que permaneceria sendo uma ameaça para ele, e não menos importante, ele quase havia retornado à sua jaula mágica. Por culpa dele.


Com este pensamento, o Buu olhou morro abaixo, contemplando os bruxos novatos praticando, que ainda não tinham percebido a sua presença. Voltando os seus olhos para o Kaioh-shin que de repente parou de se contorcer, ele sorriu com profunda crueldade antes de levantar o braço no ar. Imediatamente, uma onda de Ki surgiu da palma da sua mão aberta para alcançar os céus, antes de cair em uma chuva de raios roxos que caíram em um clarão sobre os pobres indivíduos que não tinham visto seu fim chegar. Em segundos, as figuras encapuzadas caíram no chão, os peitos perfurados, diante dos olhos horrorizados do velho Kaioh-shin que o Buu estava forçando a olhar.


Com desprezo, o Buu retirou sua mão dos lábios da divindade, mantendo um nó rosa em volta dos seus braços, impedindo-o de mostrar o menor movimento. O decano dos Kaioh-shins não disse uma palavra, tremendo de raiva e desespero.

— Antes de terminar com isso, tenho uma pergunta para o senhor, antigo ancestral — disse o Buu sério. — Por que tanta insistência? Certamente, fui um monstro a maior parte da minha vida e cometi crimes que são sem dúvida imperdoáveis ​​para pessoas de boa virtude como o senhor. Mas eu não tinha consciência, sob o jugo de feiticeiros. Ao triunfar na Terra, adquiri esses valores, essa humanidade que vocês Kaioh-shins parecem defender. Pude mostrar bondade, controle e até modéstia. Não tenho nenhum desejo de destruir este universo, pelo contrário. Então, por que me tratar como o pior criminoso, cuja única solução é ser trancafiado?

— …

— O silêncio não lhe servirá de nada — o Buu zombou. — Vou arrancar seus pensamentos à força se o senhor persistir. Estou lhe dando a chance de se explicar com as suas próprias palavras. Diga-me, por quê?

— Você não faz nem ideia, demônio? — amaldiçoou o velho Kaioh-shin, despejando a sua raiva. — Você não deveria existir, é apenas uma criação mágica perversa que condensou tanto o mal dos seres vivos que você é a sua pura personificação! Não importa quanta luz você possa adquirir por meio das suas absorções, você continua sendo uma entidade de puro mal, que desestabiliza o equilíbrio do universo e ameaça os inocentes que apenas aspiram a uma vida tranquila. Você é uma perturbação da ordem natural das coisas e, faça o que fizer, nunca mudará a sua própria natureza! Você está programado para destruir e fazer o mal, e tirar minha vida apenas confirmará o que estou dizendo aqui! Se você tivesse mudado tanto quanto afirma, você devolveria o Goku e os outros para as suas famílias! Você é ainda pior do que —


Mais uma vez, o velho Kaioh-shin foi amordaçado, silenciado pelo Buu que o observava com um misto de tédio e descontentamento. Não importava o que ele dissesse, ele não se importava. Mais uma vez, a sua própria existência foi questionada por um desses deuses desprezíveis. No final das contas, embora o Bibidi e seu filho tivessem o conduzido pelo caminho do mal, esses deuses teimosos não eram muito melhores. Eles se recusaram a compreender o que ele havia se tornado, entendê-lo…aceitá-lo. Os únicos que realmente demonstraram compreensão e afeição por ele eram realmente os mortais, simples, porém bons. O garotinho cego, o Son Goku que tentou fazê-lo ouvir a razão, o cachorrinho, o Satan…Que se danem o bem e o mal, demônios e deuses. O universo não era propriedade deles e não deveria ser ditado pelas suas regras desatualizadas. O Buu faria o que quisesse, como uma criatura viva e mortal. E ele traria os mundos mortais para cima…ou para baixo.


Ele esboçou um sorriso malicioso para o velho Kaioh-shin que se debatia. E disse com deleite:

— Certamente, gosto muito de espalhar o medo e a destruição ao meu redor. Mas o inverso também é verdade. Não recusarei a minha ajuda aos povos oprimidos, às pobres almas desamparadas, caso valerem a pena. Os mortais possuem uma riqueza interior única em suas próprias maneiras. Claro, também existem seres desprezíveis, canalhas vis que só merecem a morte. Mas o tempo dos deuses já acabou, Kaioh-shin. Das alturas celestiais, você julga sem se molhar. Você toma decisões para mudar os mundos inferiores como desejar. É hora de renunciar. Não sei se farei as coisas melhor do que você, mas uma coisa é certa: não farei pior. Agora você vai me servir como um poço de conhecimento e sabedoria, e quem sabe…você pode temperar meus impulsos malignos, ao seu modo.


Com essas palavras, o nó que segurava o deus imobilizado se enrijeceu para cobrir o velho desamparado e horrorizado, que entendeu o pesadelo que era o destino que se abatia sobre ele sem que ele pudesse escapar. Foi com um grito abafado que o último dos Kaioh-shins desapareceu para dar lugar a uma massa rosada deformada, que se juntou ao Buu com um gesto mecânico da parte dele. Imediatamente, o Buu sentiu a sua mente subir a novas alturas. Novos conhecimentos, poderes místicos que ele nunca imaginou! Já não era apenas o conhecimento dos últimos milênios e dos cinco milhões de anos anteriores que enchiam a sua memória…foi uma época muito anterior!

O Buu ficou tonto com a soma colossal de velhas memórias e dados que acabou de adquirir. Como se isso não bastasse, novas linhas foram adicionadas e preenchidas à sua biblioteca mental. Feitiços, espécies desconhecidas ou extintas…o Buu estava intoxicado pela mudança nele. O Gênio esperava ganhar acrimônia e caprichos malucos, mas longe disso: ele realmente sentiu aquela sabedoria e aquela longa experiência que ele havia contado alguns minutos antes. Isso o deixou atordoado.

Ele levou um momento para recuperar os sentidos, deitando-se na grama para olhar o céu arroxeado. Ele agora sentia uma sensação de plenitude, de satisfação. A ameaça foi neutralizada, ele tinha certeza de que ninguém poderia vir atrás dele novamente. Contudo…

Depois de alguns instantes, o Buu se endireitou, respirando fundo antes de olhar para o céu, com uma expressão determinada.


Ele era vulnerável.


Ele até poderia ser o mais poderoso do universo, mas ele tinha um ponto fraco crucial. E era possível que houvesse mais outros. E todas essas aberturas seriam, sem dúvida, exploradas por inimigos obstinados e motivados a eliminá-lo.

Ele tinha que consertar isto e se certificar de que era completamente intocável. Do contrário, sempre haveria seres prontos para vir atrás dele, mesmo que apenas por sua presença maligna ou perturbadora.

Em primeiro lugar, ele tinha que resolver este grande problema: magia. Embora uma onda de energia fizesse pouco mais do que uma carícia nele, qualquer feitiço desses bruxos traiçoeiros poderia afetá-lo e assumir proporções horríveis.


O Buu se lembrou de algo de um daqueles bruxos vis. Liderados pelo Kaioh-shin, eles viajaram para o planeta Icarion, para conduzir pesquisas diligentes sobre fórmulas mágicas.

E agora, ele até viu as memórias dos livros que o Kaioh-shin consultou no local.

Assim sendo, o Buu manteve o seu novo destino. A magia estava longe de ser uma área de interesse para ele, ele era muito mais motivado pela ciência e pelos fenômenos naturais do espaço. No entanto, ele tinha que se proteger contra essa ameaça mística e superar qualquer mago que pudesse aparecer no futuro. No final das contas, fazia parte do seu objetivo final estar no topo em todas as áreas.

Primeiro, ele tinha que descobrir o que os bruxos haviam encontrado, quais livros, quais arquivos. As memórias do velho Kaioh-shin, bem como do mago absorto, eram uma base de conhecimento, mas ele queria mergulhar nessa pesquisa por conta própria.

O Buu usou a habilidade dos Kaioh-shins para navegar pelos mundos debaixo e encontrar a localização de Icarion, e colocou dois dedos na sua testa. Ele estava motivado ao máximo e animado para pensar em tudo o que poderia aprender por lá!

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